Por Um Acaso

Capítulo 5 - Beijo

Guilherme Miller

Já fazia um bom tempo que ela havia ido ao toalete e ainda não voltara, estava comessando a me preocupar, desde que aquele repórter havia mencionado sua mãe ela estava aérea, distante. Estava prestes a entrar naquele banheiro quando a vi sair de cabeça baixa, como se sentisse que alguém a olhava ela levanta sua cabeça. Estava chorando!

"Sr. Miller, pelo que sei o banheiro dos homens e daquele lado ali. "Ela diz zombeteira apontando o banheiro do outro lado do salão, acho que está tentando desviar minha atenção.

"Srt. Andrade, eu sei muito bem onde fica o banheiro masculino. "Eu lhe respondo.

"Então o quê o Sr. faz aqui? "

"Bom eu... "Fico sem palavras para explicar.

"Já sei! "Ela exclama baixo. "Você veio ver se consegue olhar as mulheres lá dentro. Certo? "Ela diz toda debochada.

"Há há! Muito engraçado Srt. Andrade! "Me aproximo mais dela. "Muito engraçado mesmo. "Sussurro essas última palavra em seu ouvido vendo seus pelinhos da nuca se arrepiarem todos a cada palavra que pronuncio.

"Eh... certo, vamos voltar para a mesa. "Ela se vira e começa à andar, eu fico parado a olhando se afastar sorrindo como um idiota.
Quando se aproximava da mesa Maurício a para e começa a puxar papo com ela,passando a mão nela e chegando muito perto, notei que isso a incomodava, caminhei lentamente até onde os dois estavam parados, e envolvi meus braços em sua cintura.

"Maurício! Como vai? "Mala.

"Ah, Guilherme! "Ele fala com desdém. "Eu estou bem, mas será que você poderi... "Eu o corto

"Me desculpe Maurício, mas eu vou roubar 'minha' acompanhante agora. "Puxo Luíza para o jardim caminhando rapidamente entre os arbustos até parar em uma árvore enorme que estava mais afastada do salão.

"Obrigado Guilherme. "Ela me agradece. "Eu não aguentava mais ouvir aquele cara dizer que logo seria o presidente e que ele conduziria o nosso contrato e... "Eu não aguentei mais a puxei para meus braços coloquei minha mão em sua nunca puxando seus cabelos de leve a fazendo olhar para cima. "O... o quê você... "A beijo fazendo-a parar no meio da frase, seus lábios eram cálidos e dóceis, quando vi que ela exitava em corresponder aprofundei o beijo colocando a língua em sua boca ela soltou um pequeno gemido de satisfação e começou a me beijar de volta com a mesma força, levantando suas mãos ate minha nuca ela puxa meus cabelos me fazendo gemer.
Não sei quantos minutos ficamos assim provando um do outro, mas como se acordasse de um transe ela me afasta e me olha atônita e logo depois vejo medo em seus olhos ela se afasta mais um pouco e me esbofeteia no rosto. "Nunca mais faça isso! Me ouviu? Nunca! "Ela sai correndo de volta para o salão.

"Luíza! "A chamo correndo atrás dela. "Espera. "Droga! Que merda eu fiz. Fico lá fora um tempo antes de voltar para dentro, olho em volta a procurando e a encontro sentada a mesa conversando com minha mãe, fico de longe a observando até que meu irmão entra em minha frente, desviando minha atenção para ele.

"Quê cara de cachorro que caiu da mudança e essa mano? "

"Não torra Gustavo! "Tento olhar por cima de seus ombros mas ele continua na minha frente. Ele me olha desconfiado e vira sua atenção para onde estou olhando.

"Certo, me conta o que aconteceu. "O olho sem vontade de contar, mas ele está com um olhar que faz qualquer um falar.

"Tá legal. "Falo completamente derrotado. "Eu a beijei. "Digo de uma vez.

"Você o quê!? "Ele grita chamando atenção das pessoas que estavam próximas.

"Fala baixo idiota. "Eu o repreendo.

"Me desculpe. "Abaixo a cabeça e paço minhas mãos em meus cabelos os bagunçando. "Se você a beijou por que essa cara então? "

"Eu a beijei, pensei que ela estava gostando, mas depois, ela se afastou de repente e me esbofeteou. "Eu tento mais uma vez olhar para onde ela está sentada.

"É mano você tá ferrado. "Ele ri debochado.

"O que me chamou a atenção foi que ela me olhou com medo nos olhos, como se eu fosse fazer algo de ruim para ela. "Ele me olha confuso.

Luíza tem algo em seu olhar que me faz querer cuidar dela, protegela, mas eu sei muito bem, que pela sua personalidade ela não permite que ninguém faça isso por ela. Me aproximo da mesa em que ela está com minha mãe.

"Mamãe. " me agacho e dou um beijo em sua bochecha .

"Querido onde você estava? "Pede ela.

"Estava no jardim tomando um ar. "

"Acho melhor você levar Luíza para casa. "Minha mãe a olha com carinho. "Ela está um pouco pálida. "

"Não se preocupe dona Mara, eu estou bem, já vai passar. "

"Quer que eu te leve para casa? "Pergunto já preocupado.

"Não. "Ela me responde mais do quê depressa. "Eu já disse que estou bem. "Ela levanta a mão para chamar a atenção do garçom. "Por favor me traz uma água."

"Sim senhorita. "O garçom se vai.

Passamos o resto da festa assim, a cada vez que eu a olhava ela evitava encontrar meu olhar, ela conversava com todos à mesa até mesmo com o mala do Maurício menos comigo e isso estava me deixando louco, a cada vez que ela sorria para ele ou até mesmo o tocava me fazia sentir uma raiva imensa, e eu não sabia o por que isso só me deixava ainda mais irado.

"Calma mano. "Gustavo sussurra para mim. "Daqui a pouco você vai pular no pescoço do priminho, ou espumar pela boca.

"Não. Enche. Gustavo. "Falo pausadamente. Ele levanta suas mãos para o alto, em sinal de rendição.

"Tudo bem não está mais aqui quem falou." Ele se afasta.
Droga! O que essa mulher estava fazendo comigo. "Sabe mano isso que você está sentindo tem um nome. "Faz uma pausa dramática. "se chama C. I. Ú. M. E. S. "O quê? O olho confuso, não com certeza não é isso, não pode ser.
A festa ja estava para acabar quando resolvo puxar papo com ela.

"Você já quer ir Srt. Andrade.? "Ela me olha não mais com medo nos olhos.

"Não se preocupe Sr. Miller o Maurício irá me levar até em casa."

"Eu vou? "Pede Maurício.

"Sim você vai. "Ela olha para ele em um pedido silencioso.

"Não se preocupe priminho eu vou entrega-la em sua casa sã e salva. "Maldito!

Quando ela disse que esse bosta que estava ao seu lado iria levá-la em casa eu vi vermelho.

"Calma Guilherme. "Gustavo sussurra colocando sua mão em meu ombro.

"Eu estou calmo! Droga! "Certo! Isso com certeza era ciúmes.