Por Um Acaso

Capítulo 7 - Jantar em família

Guilherme Miller

Eu nao sabia quando nem como fui me apaixonar por ela talvez doi naquele dia no restaurante na primeira vez que a vi mas eu só tive serteza mesmo quando a vi me ignorar e prefirir ir embora com Maurício do que comigo , mas eu estava à sua frente me declarando, coisa que nunca fiz com mulher alguma, ela me olhava com uma expressão confusa e amedrontada.

"Você... você o quê? "Ela gagueja

"Eu te amo Luíza. "Eu repito. "Você não sabe como eu estava morrendo de ciúmes quando disse que aquele merda do Maurício ia te levar para casa. "Começo a tagarelar sem parar. "E confesso que segui vocês dois ontem até seu apartamento, vi ele te dar um bei... "Ela se levanta um pouco e me cala com um beijo, assim como fiz noite passada, se afastando de mim sem fôlego ela me olha surpresa com o que acaba de fazer e se afasta mais.

"Por que fez isso? "Peço olhando em seus olhos buscando respostas.

"Eu não sei. "Ela diz. "É que você não parava de falar e... "Para no meio da frase.

"E o que? "Incentivo ela a continuar.

"Me desculpe. "Indo em direção à porta Luíza a abre e sai correndo da sala.

"Luíza espera! "Eu tento impedila de ir mas meu irmão me segura pelo braço com força, me fazendo parar. "Me solta Gustavo. "

"Deixa ela cara. "Ele diz. "Ela precisa de espaço para pensar. "O olho de cara feia sabendo quê está certo, puxo meu braço de seu aperto e volto para minha sala.
Ela é a primeira mulher para quem me declaro e olha o que acontece, dou um soco na mesa frustrado. "Calma Guilherme! "

"Não me manda ficar calmo droga!" Grito passando as mãos no rosto.

"O que você disse para ela que a fez sair daqui assim? "

"Não te interessa tá legal, me deixa sozinho. "O peço.

"Tudo bem não vou forçar você a me dizer nada. "Ele caminha em direção a porta e se vira novamente. "Se precisar vou estar na minha sala. "

"Ta bom, só me deixa. "Ele sai e fecha a porta atrás de si.

Pego minhas coisas e resolvo ir mais cedo para me enfiar no meu apartamento e não sair de lá nunca mais, eu estava com muita, muita raiva de mim mesmo, e dela também por me deixar assim. A quem eu estou enganando eu não consigo nem mesmo ficar com raiva dela.
Chego em casa e vou direto para meu mini bar, pego um copo, gelo e uma garrafa de whisky, afrocho a gravata tiro o terno e o deixo em qualquer lugar jogo os sapatos por aí e me deixo cair no sofá tomando a bebida no gargalo. Ela estava tão linda hoje, vestida naquela roupa social seus cabelos soltos, e aqueles lábios, como eu estava morrendo de vontade de beijalos novamente, enterrar minhas mãos em seus cabelos e... Hugh! Bebo outro gole sentindo a raiva e a bebida queimar novamente.
Passo o resto da manhã e tarde, jogado no sofá com uma garrafa de bebida do lado, bebendo até apagar de vez. Acordo de repente com um balde de água.

"Acorda, seu bebum imprestável. "

"Gustavo seu bastardo imbecil. "Eu levanto de uma vez para pegalo mas sinto uma tontura e caio de volta no sofá.

"Bebeu tanto que não se aguenta em pé boneca? "Ele zomba.

"Cala boca seu merda. "

"Por que bebeu tanto? "Pede ele sério agora.

"Não interessa, some da minha casa e me deixa em paz. "Eu o expulso, tentando empurralo sem sucesso. "Aliás quem te deu a chave do meu apartamento? "

"Eu fiz uma cópia. "Diz ele todo calmo se jogando no sofá à meu lado. "E então vai contar ou não? "Desistindo passo a mão em meus cabelos agora molhados.

"Eu me declarei para ela. "Digo e olho em seu rosto esperando ele zombar de mim.

"E o que ela disse? "Olho para ele com um olhar confuso. Pensei que iria zombar de mim assim que contasse que estava apaixonado por aquela megera.

"Nada! Ela não disse nada. "Eu tampo meu rosto com as mãos.

"Por isso ela saiu correndo daquele jeito? "Aceno com a cabeça que sim. "Ela deve estar confusa, dá um tempo a ela. "Eu o olho surpreso por ele ter razão. "O quê? Eu sempre tenho razão mano. "Eu sorrio com seu comentário. "Tá legal agora vai tomar banho, a mamãe convidou a gente para jantar em casa. "Me levanto e corro para o banheiro tomar um banho gelado.

Chegamos a casa de meus pais atrasados alguns minutos, e eu só queria saber por que esse bastardo do Gustavo veio comigo no meu carro se ele estava com o dele. "Eu já te disse que não tava afim de deixar você vir sozinho, não com você sofrendo assim maninho. "Tava demorando para tirar uma com a minha cara.

"Cala a boca! "Tento pegalo.

"Ah eu sabia que eram vocês meus meninos. "Minha mãe vem em nossa direção nos abraçando e nos beijando.

"Claro quem não vai saber que são esses dois idiotas que estão chegando? Da para ouvir os gritos de denrto da casa. "Minha prima vem em minha direção me comprimentar.

"E aí priminho lindo? "Laura me abraça.

"Oi princesinha como vai? "Eu peço.

"Eu estou bem! Você que não está com uma cara muito boa. " Outra agora. "O que você tem? "

"Não é nada. "Digo.

"Não vai me cumprimentar Laura?"Pede Gustavo.

"Oi. "Ela diz seca, olho surpreso com seu tom de voz e volto minha atenção para Gustavo que desvia seu olhar. Opa! Aí tem.

"Vamos entrar crianças. "Chama dona Mara.

Assim que entro dou de cara com Maurício sentado no sofá tomando um drink e conversando com meu pai, ô falta de sorte, logo quem eu menos queria ver.

"Papai. "O comprimento.

"Oi filho. "

"Oi Guilherme.."Passo reto deixando Maurício no vaco. Vou direto para cozinha para onde minha mãe foi.

"Oh querido, sua prima tem razão você não está muito bem. "Ela fala assim que entro em seu campo de visão. "O que aconteceu? "Pede com preocupação na voz, quando não respondo ela fala. "É a Luíza não é? "A olho perplexo. "Não me olha desse jeito, eu sou mãe, sei das coisas." Ela dá de ombros.

"Aquele maldito Gustavo. "

"Ouvi meu nome. O que eu fiz agora?"Como uma assombração ele surge do nada.

"Nada querido. "Ela o responde. "Não foi ele quem me disse. "Mamãe se volta para mim. "Só um cego não perceberia os olhares que você lançava para ela, os sorrisinhos que dava. "

"Mamãe eu... "Eu paro de falar assim que Maurício entra na cozinha.

"Não parem por minha causa. "Ele diz pegando uma maçã do cesto.

"Depois continuamos mamãe. "Digo.

"Tá bem querido. "Me viro e começo a sair da cozinha mas paro na porta quando escuto Maurício falar.

"Ela vai ser minha Guilherme. "Me viro de vagar e olho para seu rosto, ele tinha um sorriso debochado nos lábios.

"O quê? "Pergunto.

"O que você ouviu, priminho querido."Vou para cima dele e lhe dou um soco na cara o fazendo cair no chão.

"Ela nunca vai ser sua! Me ouviu? Nunca! "Me viro e saio de perto dele.

"Está louco Guilherme. "Meu pai grita. Vou direto para meu carro sem parar para ouvir.

"Guilherme. "Gustavo grita correndo atrás de mim.

"Me deixa Gustavo! "Entro no carro e saio de lá o mais rápido que posso.