A Descoberta

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Após explicar todo o acontecimento para minha família e ser apedrejado por comentários negativos e xingamentos do mais baixo nível eu finalmente consigo subir até meu quarto. Abro uma gaveta e pego um frasco com uma amostra de sangue e outro com a vacina, coloco ambos em uma pequena lâmina de vidro e observo a reação com um microscópio. Um dos organismos existentes na vacina avança até um glóbulo vermelho e quando entra em contato com ele, simplesmente o mata e se aloja em seu interior, mas isso me trouxe algo a tona, eu nunca coloquei nenhum organismo vivo na vacina. A resposta me veio na cabeça como um raio. Fui sabotado! Rápidamente pego as chaves do carro, desço as escadas e chamo Max para vir comigo, Hank e Ed vem logo atrás. Todos entraran no carro exceto eu, pois queria verificar a situação dos corpos no porta-malas. Estavam como deixei, o que me fez pensar que o virús não envelhece. Entro no carro e tiro dois revólveres do porta-luvas, entrego-os para Ed e Max e dou partida. Meia hora após sairmos de casa nós chegamos em um campo de capim seco, eu tiro uma pilha de capim e revelo uma escotilha. Todos descem e ao examinar o local se entreolham boquiabertos. Era um gigantesco laboratório de pesquisas, milhares de cientistas andam desesperados de un lado para outro, quando de repente Kutbërg sobe as escadas correndo em minha direção.
- Dr. Lewis, você precisa ver isso!
Disse o rapaz que em seguida corre na direção da sala de pesquisa de vacinas, me puxando com muita força pelo braço. Quando chegamos lá e examinamos os exames feitos nas cobaias, percebemos que todas foram bem sucedidas, exceto a que fizemos em um chimpanzé. O animal morreu e em poucos minutos voltou a vida e tentou quebrar a gaiola, mas desistiu ao não conseguir.
- Por que me trouxe aqui? Me mostram mais sobre como meu trabalho deu errado? Disse eu num tom irônico, porem firme.
- Não Dr. o vírus apenas reagiu de maneira ruim com seres de organismo semelhante ao humano, ou seja, ele precisa de um hospedeiro com um nível de inteligência maior para sobreviver, e quanto maior a inteligência, mais perigoso o hospedeiro fica.
- Está me dizendo que pode haver zumbis mais habilidosos do que o normal?
- Infelizmente sim.
Eu fiquei em silêncio por alguns segundos e mandei Max, Ed e tio Hank buscarem os corpos no porta-malas para eu e Kutbërg estudarmos melhor o funcionamento do vírus. Eles trouxeram os corpos e os levamos para a ala de alto risco do laboratório, onde ficavam as experiências que deram errado.
- Veja isso na nuca dela Kut, é uma espécie de órgão digestivo que se alimenta dos glóbulos vermelhos do hospedeiro até que não sobre mais sangue. Percebi também que eles funcionam melhor sob a luz solar.
- Então o melhor horário para sairmos daqui é durante a noite. Me respondeu Kutbërg com uma expressão que me preocupava.
- Por que sair daqui? É o lugar mais seguro da California! Temos armas, comida, camas, tudo o que precisamos para sobreviver. Disse Edward olhando fixamente para Kutbërg, que respondeu:
- O exército sabe nossa localização, vão querer tomar posse do laboratório, então é melhor deixá-los ficar com ele por bem do que termos ele tomado por mal.
- Eu concordo. Mas para onde iremos? E como ficará a nossa família? Perguntou tio Hank enquanto tirava e colocava o pente descarregado de sua arma.
- Voltaremos com mais carros e levaremos apenas os que quiserem vir. Alguem discorda? Perguntei eu. Todos se entreolharam rapidamente, mas negaram balançando a cabeça.
- Sigam-me. Disse Kutbërg.
Ele nos leva até um helicóptero militar e logo assumiu o controle. Apertei um botão na parede e o solo acima de nós se abre e entramos no helicóptero e fomos em direção à minha casa.
Chegamos rapidamente e eu fui o primeiro a descer, fui correndo em direção à porta e quando cheguei lá havia um zumbi, sozinho no centro da sala, mas eu podia ouvir alguns passos no andar superior. Rapidamente peguei o ultimo taco de beisebol que sobrou e, com um golpe no queixo, fiz a cabeça do morto-vivo voar e bater no teto. Pude ouvir todos gritarem assustados. Subi as escadas e bati na porta.
- Gente, sou eu Alex, eu trouxe ajuda.
- Vá embora logo, tudo isso é culpa sua, ninguém irá com você!
Pude reconhecer a voz de tia Lilith, que nunca gostou de mim, então não era pra menos ela ser a primeira a me responder.
- Eu vou! Felizmente reconheci essa voz, era Vivian, fiquei realmente menos preocupado agora.
- Nós também! Então saíram meus pais e tia Maggie, esposa de tio Hank.
- Mais alguém? Perguntou Vivian com a voz mais suave de todas.
- Vão logo embora! Vocês são uma ameaça à família! Gritou tia Lilith, novamente em um tom agressivo.
Então descemos rápidamente as escadas e fomos até o galpão onde tranquei Gwen e Lydia.
Peguei 2 Fuzis que tio Hank deixava lá pra emergências, e essa era a maior emergência de todas. Subimos no helicóptero, tio Hank e Edward abraçaram tia Maggie e eu sentei ao lado de Vivian. Max estava no banco do co-piloto, mas se levantou assim que viu Vivian, eles se beijaram, mas meu pai os interrompeu com apenas um olhar, então Max voltou ao seu lugar. Tio Hank fechou a porta e partimos em direção ao centro da Califórnia.

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