A Quase Tragédia

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Já era meio dia quando saí da sala de Hellen ao lado de Kut, acordamos os outros, contamos a notícia e então fomos até o refeitório. Diferente do abrigo, lá tinha qualquer tipo de comida que quiséssemos, dês dos mais variados tipos até as mais variadas origens, havia comida japonesa, alemã, russa, árabe, até comida brasileira tinha lá! Meu pai foi o primeiro a pegar comida, o prato dele era tão brasileiro que ele parecia ter nascido lá. Comi mais coisas japonesas, sashimi, arroz, molho shoyu, e wasabi.
Após estar satisfeito fui novamente ,junto com Kut, conversar com Hellen. Ao entrar lá Ela conversava com um senhor de aparência japonesa.
- Olá novamente doutores, esse é Takeshi Akira, mas ele prefere que o chamem por seu primeiro nome Yuri.
- É um prazer conhece-los Dr Lewis e Dr Samuel. Disse o asiático no inglês mais perfeito que já ouvi.
- O prazer é todo nosso Dr Yuri. Meu assistente é um grande fã do senhor, ele disse que fez questão de deixa-lo testar a vacina. Respondi
- É realmente um enorme privilégio estar do lado do mais renomado cientista quando se trata de experiências genéticas.
Disse Kutbërg.
Olhei fixamente para sua cara expressando raiva, mas ele fingiu não notar, embora eu soubesse que ele captou a mensagem.
De repente uma voz sai de um pequeno alto falante na mesa de Hellen.
- Atenção, aviso urgente, todos que se encontram na recepção ou perto dela por favor se retire, há uma horda de zumbis vindo em direção ao local, eles parecem estar sendo atraídos pelo barulho do alarme de um dos carros no estacionamento, quem estiver no local, retire-se ou se esconda, eles não tentarão entrar se não os verem ou ouvirem.
Era realmente uma situação complicada, os guardas haviam saído para buscar suprimentos e caso algum zumbi entrasse o laboratório certamente se infestados de monstros rapidamente.
- Alex, desculpe a inconveniente pergunta, mas você e seu grupo sabem atirar ?
- É o que sabemos de melhor Hellen.
Ela fitou um olhar em mim e eu entendi, saquei a .40 da cintura, desci correndo pelas escadas e chamei os outros. Kut nos levou até uma sala cheia de armas.
Peguei um cinto para colocar a pistola e peguei uma escopeta de cano cerrado, carreguei e fui, junto comigo vieram Max, Ed, Tio Hank, Benjamin, Josh, Zeke, Kut e Tasha. Ficamos escondidos atrás de poltronas e de vasos. Um zumbi passou pela porta de vidro, quando vi, fiz um sinal para Benjamin, que usava uma .40 com silenciador. Ele entendeu e deu um tiro certeiro na cabeça do zumbi. Logo após o alarme parou, então a maioria dos zumbis foi embora, porém aproximadamente 18 zumbis entraram. Então as portas de emergência foram acionadas. Eram enormes portas fé ferro que fecharam todo o local, então todos saímos de trás das poltronas e começamos a atirar, era um caos, tiro daqui, gosta preta de lá, grunhido de cá, era realmente um massacre, mas eu nunca havia me sentido tão bem em minha vida, a adrenalina que circulava em meu corpo era tamanha que cada tiro que eu dava era um sorriso em meu rosto, quando voltei a mim eu percebi que tio Hank havia sido mordido. Então entrei em desespero, todas as lembranças dos verões que passei praticando tiro com tio Hank e Ed, as noites em que ficávamos em volta da é uma fogueira contando histórias semelhantes a que estamos vivendo, os aluviões doces que tomei no parque junto com ele é tia Maggie enquanto via Ed praticar Karatê, Tudo estava acabando ali, naquele momento.
Então um pensamento me veio na cabeça, cortar o local do ferimento. Ele foi mordido na mão esquerda, então rapidamente quebrei o vidro de uma caixa de emergência onde havia um machado, e corri em direção à tio Hank e o derrubei no chão, então, antes que alguém percebesse, dei o golpe em seu braço, arrancando-o quase instantaneamente, depois arranquei um pedaço de meu jaleco e enrole em seu braço para estancar o sangramento. Então Ed olhou para mim e sua primeira reação foi me dar um soco. Caí no chão e quanto levantei voei em cima dele, então fui imobilizado, ele me deu um mata-leão e disse:
- O que você estava tentando fazer? Matar meu pai?
Dei uma cabeçada nele e o empurrei.
- Pelo contrário, estava tentando salvá-lo, ele foi mordido, Então eu arranquei o membro infectado antes do vírus se espalhar! Estava estancando o sangranmento quando você me golpeou!
- Desculpa, eu entrei em pânico.
- Gente, que tal levarmos ele pra algum lugar onde possamos cuidar melhor disso ? Disse Max.
- Kut, vá chamar meu pai, diga para ele trazer todos os seus instrumentos médicos, afinal, eu decepei a mão do tio Hank.
Levamos tio Hank para o único quarto vazio que encontramos e deixamos meu pai cuidando dele.
- O que foi isso ? Me peguntou Max.
- O que ? Respondi.
- A felicidade em seu rosto enquanto destroçava os membros dos zumbis.
- Ah, sei lá, acho que a adrenalina me consumiu, eu estava tão enérgico que parecia que estava em uma montanha russa.
- Mas por que o sorriso não sumiu enquanto você arrancou a mão de Hank ?
- Eu não sei...
Então Kit nos interrompe dizendo:
- Dr, eu sei o que aconteceu.
- O que ?
- Alguém injetou algo no senhor enquanto dormia. Aparentemente uma espécie de soro, devido à demora para agir. Então me lembrei de acordar no meio da noite e encontrar algumas marcas de sangue em minha roupa.
- Acho melhor eu colher uma amostra de sangue do senhor para fazer alguns exames.
- Concordo.
Então eu dei um abraço e um tapa nas costas de Max e fui até o laboratório. Kit abriu uma embalagem onde havia uma seringa e uma agulha. Ele colheu um pouco do meu sangue e o colocou em uma lâmina de vidro, depois pôs a lâmina no microscópio.
- Dr, existem sinais de adrenalina e anfetamina em seu sangue.
- Tentaram me drogar ?
- Não sei, só sei que tentaram realmente estimular seu ódio, e sua agilidade.
- Como assim agilidade ?
- Eu vi a velocidade e força com que você cortou a mão de Hank.
- É mesmo, senti uma leveza em meu corpo, uma facilidade de me movimentar.
- Facilidade tamanha que quebrou o vidro da caixa de emergência com um soco.
- Tem algum suspeito?
- Apenas 3, Hellen, Tasha ou Dr Yuri.
- Eu também desconfio de Hellen e Yuri, mas Tasha ?
- Ela dormiu do seu lado, quem pode provar que não foi ela ?
- Ela é simplesmente o ser mais gentil e confiável que conheço, foi a única que nunca duvidou de mim desde que essa confusão começou e você fica tentando acusa-lá.
- Tudo bem, retiro a acusação, mas Yuri e Hellen ainda não saíram da minha lista.
Ele examinou um pouco mais o sangue e depois colheu mais um pouco e assim prosseguiu por uns cinco minutos, então colocou um esparadrapo no furo da agulha e disse para eu ir descansar um pouco para colher mais amostras depois e ver se a droga parou de agir ou se foi inibida pelo meu organismo.

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