O Abrigo e a Aliada

58 5 0
                                    

Ao sobrevoarmos a Califórnia pude reparar a dimensão do problema que eu criei. Abaixo de mim pude ver pessoas sendo devoradoras, carros acidentados, muitos gritos e buzinas, sons de disparos e tudo aquilo me deixava cada vez mais decepcionado comigo mesmo.

- Eu conheço um lugar perto daqui onde pode haver suprimentos. Mas só pode ser acessado a pé. Disse Roger Lewis, meu pai.

- Amor, é muito perigoso, viu o tanto de "monstros" lá embaixo? Não acho que seja possível chegarmos lá em plena luz do dia. Respondeu Mary Anne Lewis, minha mãe.

- Concordo com a tia Mary, devemos procurar por um abrigo antes, e eu conheço o lugar perfeito. Disse Ed num tom confiante.

- Então o que estamos esperando, guie Kut até lá o mais rápido possível. Disse eu enquanto apontava para a cabine, então Ed fez que sim com a cabeça e foi falar com Kutbërg.

Era por volta das 3 horas da tarde quando chegamos ao tal abrigo que Edward falou. Havia uma grande porta de ferro que ficava abaixo de uma montanha e estava trancada com um cadeado de uns 10 centímetros.

- E agora? Está trancado! Disse Vivian perdendo as esperanças.

- Não se preocupe Vivian, eu tenho a chave. Ganhei este local como "presente de aniversário" de um dos amigos do meu pai. Disse Ed enquanto abria a porta para que pudéssemos entrar.

Era um gigantesco salão com várias salas enumeradas e de 1-A até 10-Z . No final do salão havia uma espécie de refeitório. Fui correndo pra lá e felizmente havia estoque em comida enlatada para pelo menos 5 anos armazenados nele.

- Nossas preces foram atendidas, tem comida de sobra aqui. Disse minha mãe enquanto pulava de alegria.

- Não tem mais ninguém aqui? Parece grande demais para apenas 9 pessoas. Perguntou Kut, desconfiado.

- Não, o abrigo nunca foi aberto desde que eu o ganhei. Respondeu Ed

- Tem algum laboratório ou coisa parecida? Perguntei.

- Toda a ala D é um laboratório. Ele respondeu.

Fui em direção a uma grande porta de ferro semelhante a da entrada. Nela estava escrito com uma tinta vermelha D 1-10. Abri a porta e junto com ela abri minha boca. Era gigantesco e com tecnologia tão elevada quanto a do meu laboratório, era toda separada por alas: dissecação, fusão de elementos, despressurização e outros nomes difíceis de se pronunciar.

Algumas horas se passaram e, finalmente, a noite chegou. Eu, Max e Ed vestimos roupas pretas, pegamos alguns machados que eu achei em um armário e fomos em direção à porta por onde entramos.

Nós saímos e cortamos o encaixe do cadeado para que ela não pudesse ser trancada por fora. Tio Hank fechou a porta atrás de nós.

- Algum plano? Perguntou Max.

- Apenas não façam barulho e tentem não iluminar diretamente os olhos deles, eles são sensíveis à luz e som. Respondi.

Então partimos em direção à cidade e logo avistamos um posto policial, porém haviam três zumbis bloqueando nossa passagem.

- Um pra cada. Diz Ed, que partiu em disparada na direção de um dos zumbis e acertou uma voadora no peito dele, derrubando-o. Rapidamente ele se aproximou e deu um golpe certeiro com o machado no topo da cabeça do zumbi, que praticamente explodiu, espirrando viceras secas para todo o lado.

Ele voltou correndo deu um tapa no meu ombro e ficou atrás de nós, limpando a gosma em seu rosto.

Max foi em seguida. Partiu pra cima do morto-vivo e deu um golpe vertical com o machado na cabeça do zumbi, que partiu-se ao meio, sem nenhuma resistência.

Agora era minha vez, mas havia algo estranho naquele zumbi, algo que me fazia suar frio. De repente o zumbi colocou-se de mãos no chão como uma leoa ao se preparar para saltar sobre sua presa. Não demorou muito e ele deu um salto em minha direção, porém minha reação foi mais rápida.
Antes dele aterrissar em cima de mim eu acertei-o com um golpe no pescoço, ele caiu e começou a se contorcer e gritar como se sentisse dor.

Então eu, para evitar que ele atraí-se mais zumbis, acertei um golpe em sua mandibula, golpe esse que partiu sua cabeça ao meio.

Após matar mais 2 monstros nós chegamos ao posto policial. Todos lá já estavam mortos, então Ed ficou de vigia na porta e eu fui junto com Max procurar por armas.

Por sorte achamos revólveres, fuzis de assalto e submetralhadoras. Achei também munição para as armas. Fiz um sinal com a mão para Max, ele entendeu e fomos rumo ao abrigo.

Quando estavamos na metade do caminho ouvi o grito de uma garota. Era familiar, mas não conseguia identificar quem era.

- SOCORRO!

Fui correndo prestar socorro. A garota estava encurralada por 3 zumbis. Rapidamente corri na direção deles, derrubei-os no chão batendo com o machado nas pernas deles, então pisei na cabeça de um com toda a força e decepei a cabeça dos outros dois antes que eles se levantassem.

- Está tudo bem? Perguntei.

- Agora está... espera, eu conheço você de algum lugar. Seu nome é Dr. Lewis, você criou o vírus.

- Não é bem assim, era pra ser uma vacina, mas sofreu mutações por motivos desconhecidos e deu no que deu. E você? Qual seu nome?

- Natasha Belmont, mas pode me chamar de Tasha.

- Espera um pouco. Eu sabia que te conhecia! Sua mãe era professora de química na minha escola, e você era da minha sala!

- Alex! É você! E não é que realmente virou um renomado cientista?

- É, sua mãe era uma ótima professora, tudo que sei eu devo à ela.

-Bom é melhor sairmos daqui, eles podem nos ouvir, vamos depressa para o abrigo.

Então eu segurei na mão dela e retornamos para o abrigo, atentos para qualquer perigo que se aproximasse.

YearZ - Há uma EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora