O Grupo Inimigo

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Acordo de madrugada com barulhos de batidas no portão do abrigo, então, rapidamente, pego o revólver .40 de tio Hank e vou até lá.
- Quem está ai ? Digo
- ABRA A PORTA E SAIA, OU IREMOS EXPLODI-LA!
- Calma, calma, podemos resolver isso de uma forma pacífica, digam o que querem que verei o que posso fazer por vocês.
- QUEREMOS O ABRIGO E TODOS OS SUPRIMENTOS QUE VOCÊS TEM, OU VOCÊ ABRE OU TOMAREMOS À FORÇA!
- Por favor não faça nenhuma loucura! Temos uma criança aqui, precisamos desse abrigo para sobreviver!
- NÃO IMPORTA, QUEREMOS O ABRIGO E QUEREMOS AGORA!
Estou sem saída, terei que entregar o abrigo para essas pessoas. Então ouço o barulho de uma porta atrás de mim. Era Ed saindo de seu quarto, então ele vem até mim e diz
- Eu vou acordar todos, deixaremos o abrigo com eles. Avise o homem do lado de fora e tente esconder algumas armas para não sairmos de mãos vazias.
Fiz com Ed mandou e então, após estarmos todos reunidos, abri a porta e deixei que os homens entrassem, eles estavam fortemente armados e um deles pilotava um tanque, eram mais ou menos 40 pessoas.
Vejo a porta se fechar atrás de nós e minha mãe começa a chorar e diz:
- O que faremos agora? Não temos comida nem onde dormir e tem milhares de monstros soltos por aí.
- Não se preocupe, vamos conseguir nos virar mãe. Disse Vivian, tentando acalma-la.
- Eu sei um lugar onde podemos ir, mas é bem mais próximo da cidade então teremos que tomar cuidado. Disse Kutbërg.
- Então o que estamos esperando? Vamos logo para esse lugar! Disse Max tentando encorajar ao grupo.
- Mas onde é exatamente esse lugar Kut? Perguntei.
- O lugar que você mais odeia, GenLab.
- O QUE ? VOCÊ FICOU LOUCO ? ELES NOS MATARIAM ASSIM QUE CHEGASSEMOS LÁ !
- Temos que arriscar, além do fato que eu tenho alguns contatos lá.
- Ahn ? Não entendi.
- Eu pretendia abandonar a MercyLab.
Quase voei no pescoço de Kut, mas fui impedido por Max e Ed.
- Espera, por que não vamos para a MercyLab ? Perguntou Tasha
- Porque lá todos conhecem tanto a mim quanto ao Dr Lewis, eles sim nos matariam, já no GenLab eles só conhecem o Dr Lewis pelo nome, só precisamos esconder a identidade dele e tudo dará certo.
- E quanto a você Kut? Eles não o matariam ?
- Eles me conhecem apenas por Samuel, não por Sam Kutbërg.
- Ok, embora seja loucura eu acho que dará certo, afinal, se não arriscarmos achar um abrigo em tal lugar, acabaremos morrendo pra alguma horda de monstros. Disse eu ainda com raiva de Kutbërg.
Então fomos em direção a van que estava escondida perto dali, todos entraram, ficou meio apertado, mas todos entraram, Ben, Josh e Zeke foram na frente junto com Max que dirigia e os outros foram atrás, eu e os outros fomos na parte de trás.
Foram aproximadamente 7 horas dirigindo até o laboratório, chegamos por volta das 13:00 e percebemos que tudo lá estava intacto e curiosamente não havia um monstro por perto, então provavelmente hospedeiro nenhum do vírus havia se movido para lá. Desci da van para olhar através da porta de vidro do enorme prédio e pude ver pessoas circulando tranquilamente como se nada estivesse acontecendo.
Entrei e fechei a porta enquanto fazia um sinal de espera para Vivian e os outros.
Fui em direção ao elevador e apertei o botão do último andar, onde ficava a sala do dono da GenLab. Ao chegar lá o elevador abre e posso ver a silhueta de uma mulher sentada em uma cadeira de couro pouco iluminada.
- Bem vindo a GenLab, sou Hellen, gerenciadora geral e dona dos Laboratórios GenLab.
- Muito prazer - embora não houvesse prazer algum - sou Alexander, acabaram de invadir e roubar meu abrigo e eu e mais 13 pessoas incluindo uma criança estamos sem comida nem ligar seguro para ficar.
- E quer que eu ceda lugar para vocês aqui na GenLab correto?
- S-Sim.
- Tudo bem, alguns funcionários meus acabaram morrendo em suas casas então há uns 8 ou 9 quartos livres. A maioria tem camas de casal então deve servir para todos.
- Muito obrigado Dra Hellen, seremos eternamente gratos e estaremos aqui para tudo o que precisar. Só que não. Pensei. Então desci e mandei Max estacionar a van e me encontrar na recepção para um dos cientistas nos levar até os quartos.
Todos escolheram e sobraram alguns com camas de solteiro e beliches, sobrou também um com 2 camas, uma de casal e uma de solteiro, esse ficou para mim, Tasha e Ashley.
- Não acha isso meio estranho? Perguntou Tasha num tom de voz baixo devido a Ashley estar dormindo na cama ao lado.
- O que ? Respondi no mesmo tom.
- Eu e você. No dia seguinte em que você nos encontramos nós começamos a ficar, sabe, bem próximos um do outro.
- Acredita em amor a primeira vista?
- Sim, mas você já me conhecia antes.
- E quem disse que eu não te amava antes?
Ela sorriu e se virou para dormir, eu a abracei e tentei dormir também.
Era por volta dar 8 horas da manhã quando alguém bateu na porta do meu quarto. Era Hellen, ela fez um sinal apontando para Tasha dizendo para não acorda-la e pediu para eu segui-lá. Ela me levou à uma sala onde havia uma mesa redonda, Kut estava lá.
- Sente-se, precisamos conversar senhor Alexander, ou melhor, Dr Alex Lewis.
Naquele momento eu simplesmente congelei. Ela puxou uma cadeira para mim e eu sentei.
- Dr, sei que tudo isso foi criado por você.
- Olha...
- Acalme-se, não vamos te expulsar nem te matar, sabem os que não foi sua intenção, mas tem algo que você não sabe, alguém sabotou sua vacina, e foi depois dela ser testada e aprovada.
- Como você sabe sobre isso?
- Que laboratório você acha que seu assistente escolheu para testar melhor o vírus?
Olhei para ele com vontade de voar em seu pescoço e com uma cara que não poderia expressar isso melhor.
- A Vacina funcionava perfeitamente, tanto em animais quanto em humanos.
- Mas a primeira pessoa a usar foi minha tia, e ela se transformou.
- Ai é que você se engana, a primeira cobaia humana fui eu!
- A Vacina foi alterada ao sair daqui ou ao chegar lá
Agora tudo estava claro. Alguém quis provocar isso. Mas quem poderia ser?
- Enfim, era isso, acorde sua família e os outros, Samuel os levará ao refeitório.

YearZ - Há uma EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora