YearZ - Há uma Esperança

O Traidor

Já faz um mês dês de que tudo começou e tanto eu quando Kut não fazemos ideia de por onde começar a desenvolver uma cura, isso se ainda houver alguém curável por ai. Ashley está doente e eu não faço ideia do que fazer, então chamo meu pai e peço para ele examina-la.

- Será que eles tem algo semelhante à uma Sonda Transdutora por aqui? Disse meu pai.

"Sonda transdutora = Maquina de Ultrassom :D"

- Kut, vá perguntar à Hellen se há alguma sonda transdutora por aqui. Pedi para Kutbërg que foi correndo em direção à escada.

Ashley não parava de tossir nem por um minuto, ela tossia e tossia sem parar e cada vez mais forte, então fui até um armário na enfermaria onde estávamos e peguei um antialérgico em xarope, coloquei 5ml em um copinho medidor e dei para Ashley tomar. Ela tomou e em seguida fez uma careta expressando o gosto ruim do remédio.

- Vai ficar tudo bem, ok? Disse para ela.

- Papai, promete que não vai me deixar morrer?

Aquela pergunta foi como uma facada nas costas, só de imaginar que uma criança já temia tal coisa, aquilo foi como um choque de realidade, por mais que eu tenha esperanças de que possa viver normalmente, estamos no meio de um apocalipse, nada está e nem estará normal até o dia em que o mundo seja curado. Então escolho as palavras e a respondo:

- Eu prometo filha, eu prometo.

Então Kut entra na sala com um enorme aparelho que quase não passa pela porta, ele só conseguiu traze-lo devido a ele ter rodas embaixo.

Então eu e ele saímos e deixamos Ashley nas mãos de meu pai. Logo em seguida corri em direção à tabela de escalação para explorações. Era meu dia de explorar. Minha equipe era formada apenas por conhecidos, o que me aliviou. Nela estavam Max, Ed, Kutbërg, Natasha, Vivian e ... HELLEN? Como assim colocaram Hellen no lugar de tio Hank? Hellen fazia parte da exploração e a partir de agora teríamos de lidar com seu comportamento controlador, afinal, ela era a Líder de toda a corporação Gen.

O relógio digital mostrava 8:00 AM, era a hora do grupo de exploração partir à procura de comida e armamentos. O dia estava nublado, mas parecia que não ia chover. Todos estavam armados com pistolas e vestidos com coletes a prova de balas, caso encontrássemos algo além de zumbis. Tínhamos também facas colocadas na cintura apenas por precaução. Lentamente fomos percorrendo cada rua, cada quarteirão em busca de sobreviventes ou até mesmo zumbis com mochilas, bolsas e etc. Lá estavam, três zumbis sobre o corpo de um homem, ele aparentava estar morto, mas demonstrou o contrário quando um dos zumbis tentou morde-lo e ele rapidamente deu uma rasteira derrubando os três para trás, então ele deu um golpe de faca na cabeça de cada um e limpou o liquido preto da faca. Ele se abaixou e começou a revistar a mochila de um dos zumbis. Logo em seguida um "corredor", nome dado aos zumbis evoluídos que correm sobre quatro patas, apareceu à uns 10 metros de distância dele. Ele nem percebeu que o corredor ia rapidamente em sua direção. Então, quando vi que ele corria perigo, saquei a arma da cintura e dei um tiro, certeiro no topo da cabeça do zumbi, que caiu ao lado do homem tinha um cabelo enorme, preto e espetado, ele aparentava ter em torno de 48 anos e tinha um físico um tanto quanto elevado.

- Quem é você? Perguntei

- Sou Wayne, eu era vocalista de uma banda antes disso tudo acontecer e vim aqui a procura dos outros integrantes de minha banda, eu tinha esperança de que eles estivessem vivos, três deles moravam nesta cidade, mas infelizmente eu acabei de mata-los, mas e vocês quem são?

"Homenagem a Wayne Static, Vocalista da Banda Static X, que faleceu há dois anos."

- Eu sou Alex, esses são Maxwell, Edward, Natasha, Samuel, Vivian e Hellen, vamos te levar à um lugar seguro, mas antes terminaremos a exploração que estamos fazendo, se quiser pode vir conosco.

- Está ficando louco Dr Le ... Alex! Acabamos de encontrar esse cara e você já quer que ele nos acompanhe? Disse Hellen.

- Eu também não confio nele, mas pensando pelo lado de Alex, não podemos apenas deixa-lo aqui para buscar depois! Disse Vivian enquanto colocava a mão no ombro de Hellen. Ela tirou a mão de Vivian de seu ombro e disse:

- Ok, façamos o seguinte, Maxwell e Vivian voltam com o homem e nós prosseguimos a exploração.

- Tudo bem para vocês? Perguntei.

- Sem problemas, caso algo aconteça nós chamaremos pelo rádio.

Então eles, junto com Wayne, foram em direção à GenLab. Por precaução, tomamos a faca do homem antes que partissem, para evitar futuros problemas. Nela havia um S de um lado e um X de outro, provavelmente as iniciais de alguma coisa.

- Tem um supermercado aqui perto, o que acham de darmos uma olhada?

- Me parece uma boa ideia, mas teremos que tomar muito mais cuidado, a quantidade de zumbis lá dentro deve ser imensa, qualquer barulho e nós acabaremos mortos. Disse Edward

- Concordo com Eddie, é melhor usarmos apenas facas, evitando atirar para não causar alvoroços. Disse Tasha.

Então fomos até o supermercado, as portas estavam abertas e aparentemente não havia um zumbi sequer. Quando estávamos perto da entrada eu recebi uma chamada no rádio.

- Lewis, na escuta? Era a voz de Maxwell.

- Na excuta Max, o que houve?

- Wayne, ele nos enganou, ele tinha uma faca, usou-a para atacar Vivian e roubar suas armas e suprimentos enquanto eu procurava por algo dentro de um carro abandonado, ele esfaqueou ela na perna e a fez tirar o colete, pegou a arma e a faca dela, nós estamos na GenLab, seu pai irá tratar dela, cambio e desligo.

- O que houve? Disse Natasha.

- Wayne esfaqueou Vivian e levou suas armas. Respondi.

- Acho melhor voltarmos para GenLab, não conseguiremos muito mais suprimentos sem eles aqui. Disse Hellen. Então eu peguei uma mochila com comida enlatada que encontrei próximo à porta do supermercado e coloquei nas costas, então voltamos para o laboratório.