Capítulo Dezessete.

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O sol estava glorioso no céu limpo de Constantine, o silêncio que pairava sobre o reino era agoniante, a ponto de que eu era capaz de ouvir cada batida do meu coração, o ar saindo das minhas narinas e ganhando a atmosfera exterior, meus olhos vagam pelo horizonte, eu procurava respostas para os sentimentos que borbulhavam dentro de mim, a cada segundo o julgamento de Michel estava próximo e isso estava me deixando nervosa, aflita e até mesmo preocupada ― inspiro o ar devagar e o libero lentamente, buscando paz dentro de mim, tentando aquietar meus pensamentos que não paravam de gritar em torno de mim. ― Matar ou não matar Michel? ― a pergunta estava grafada em meus neurônios e eu só queria que o conselho resolvesse isso por mim, não seria capaz de comungar com a morte de alguém, sabendo que fiz parte de uma decisão dessa magnitude.

A minha noite de amor com Saymon foi avassaladora ― minhas mãos passeiam por minha pele e posso sentir seu toque másculo sobre cada sentimento de

pele que eu possuo, seus beijos decididos e quentes ― o sussurrar de sua voz rouca e profunda ― Eu queria fechar a cortina novamente e me entregar aos seus braços, deixar toda essa áurea de julgamento para longe de nós, já estávamos unidos de todas as maneiras físicas e emocionais, agora precisávamos simbolizar todo esse nosso sentimento ― meu corpo estremece quando o pensamento se intensifica dentro de mim, derrubando todas as barreiras que minha mente tentava impor, bloqueando a ideia que crescia a todo o vapor, posso sentir minhas entranhas remoendo e planejando todo o resto ― Constantine teria duas surpresas em um só dia.

Giro meu peso sobre meus calcanhares e desço as escadas da torre em silêncio, apenas os ecos dos meus pés sobre as pedras centenárias enchiam o ambiente ― Eu estava descendo decidida, com um único foco ― Oficializar minha felicidade, ao lado do homem que eu amo.

______________

― Meu amor ― ouço a voz de Saymon me chamar, quando entro no enorme salão de refeições.

― Bom dia meu amor ― respondo com um largo sorriso, me acento na cabeceira da mesa e logo os criados me servem, uma porção média de frutas com um creme especial preparado pelas criadas do castelo.

― Onde estava? ― ele pergunta.

― Na torre ― eu respondo.

― O que fazia lá tão cedo?

― Refletindo sobre algumas coisas.

― Posso saber quais são suas reflexões matinais? ― ele pergunta com um curto sorriso iluminando seu rosto.

― São tantas coisas ― eu pauso por um momento ― Mas você sempre está nas minhas reflexões ― eu deixo que minhas palavras soem tranquilas e leves.

― Você também sempre esta em meus pensamentos ― ele sorri.

Isso me enerva, saber que ele também pensa sobre mim, sobre nosso futuro, o que a vida tem reservado para nós dois.

Eu levo uma colher de frutas a boca, e o sabor adocicado da mistura me deixam extasiada.

― Pensamos um no outro mutualmente, tenho certeza disso ― eu murmuro para ele, meus olhos expressando o sentimento que existe entre nós.

― Se não tivéssemos um dia tão cheio, podíamos preparar algo para fazermos juntos, a corte esta agitada com o julgamento ― Saymon fecha sua expressão por um instante ― Ele odeia o fato de que Michel ainda atrapalhe nossos planos, e pensar que ele ameaçou de alguma forma o nosso futuro.

― Temos a vida inteira pela frente, e você não ficara livre de mim tão cedo ― eu digo sorrindo, numa tentativa de quebrar o clima frio sobre o julgamento.

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⏰ Última atualização: Oct 04, 2015 ⏰

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