Capítulo 15

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Estava encima de Stacy socando-a, puxando o cabelo dela, com a maior vontade que pude. Até ouvir alguém arfar.

-- O que está acontecendo aqui? - Me virei para ver a cara de uma Claire chocada.

Bella

-- Bella me explique o que está acontecendo? - Pediu minha tia.

Mas eu nada falei me levantei de cima da vaca loira, e fui para o meu quarto sem dizer uma única palavra.

Tia Claire me seguiu, ela fechou a porta do meu quarto. E ficou me encarando com os braços cruzados. Não consegui identificar sua expressão, ela não estava com raiva, mas parecia que ela não havia gostado nada de ter me encontrado espancando uma das amigas da sua filha.

-- Isabella, o que está havendo aqui? - Ela suspirou.

-- Stacy estava debochando do meu pai. Tia, olha, eu não ligo pelo fato delas falarem de mim pelas minhas costas, nem de ficarem tirando sarro da minha cara na escola. Mas eu não admito que falem do meu pai, muito menos que o ofendam.

-- Eu sei querida, mas você tem que superar isso. Você se lembra da ultima vez que explodiu assim. Phil por pouco não te violentou e...

-- Então você acha justo? - Eu a interrompi. - Então acha que devo ouvir e ficar calada? Não, eu não vou ficar. E ninguém fala mal do meu pai, muito menos uma lira oxigenada e sem cérebro como a Stacy Roberts, tia. Você conheceu meu pai.

Eu suspirei, nem tinha percebido que estava chorando.

-- Era verdade? O pai da Stacy conheceu Charlie?

-- Sim, eles foram colegas de faculdade. Mas ele não gostava muito do seu pai, acho que, por seu pai ser mais inteligente que ele.

-- Então por isso ele sai falando por ai, que meu pai era frouxo, que nunca viu um caso de câncer pós - corno?

Minha tia colocou a mão na boca e arfou, percebi que ela também chorava. Ela atravessou meu quarto e se sentou na cama ao meu lado.

-- Quem disse isso para você? - Ela perguntou com a voz fraca.

-- A Stacy fez questão de gritar isso na minha cara. Por que acha que eu a ataquei? Mas parecia que ela não sabia muita coisa até Britanny lhe dar algumas informações.

-- Ah, minha nossa. - Ela arfou. - Meu anjo, eu sei que deve ser difícil para você. - Ela me abraçou, e afagou meu cabelo.

Ficamos caladas por um tempo. Eu não me arrependia nem um pingo do que fiz, e faria de novo caso ela repetisse. Mas agora eu sabia que as coisas iam ficar mais difíceis para mim, principalmente na escola. A trupe da loira praticamente mandava na escola inteira. E apesar da minha prima ser a mais popular e chefe das lideres de torcida, só um idiota não percebia que Stacy a manipulava para fazer o que ela queria.

-- Eu estou disposta a pagar pelo que eu fiz tia. Só não me peça para ficar quieta caso isso venha acontecer de novo. - Pedi.

-- Sabe o que é o pior? - Ela perguntou rindo. - Não da para colocá-la de castigo, você tira toda a graça de ser autoritária. Iria mandar você melhorar as notas, mas suas notas já são as melhores. Proibir-te de sair de casa, ir a festas, sem chance você não sai mesmo. A não ser que... - Ela colocou a mão no queixo pensativa.

Ela se levantou e andou até o meu closet, remexeu por um tempo e pegou algo que eu não vi. Depois voltou e colocou algo em cima da cama. Eu me virei e pude ver o que era: minha roupa de balé, eu não sabia o que ela queria com isso, mas mesmo assim fiquei apreensiva.

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