Capítulo 43

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Anna

Acordei - quer dizer, me acordaram - sem nem um pingo de vontade e muito a contra gosto levantei, e só o fiz porque meu filho exigente começou a resmungar querendo mamar. Sentei-me com as costas encostada na cabeceira da cama com ele no colo.

Agora dar de mamar não era mais tão desagradável, ainda doía um pouquinho quando ele sugava com muita força, mas era só porque meu pequeno filho era um esfomeado, porem não era como nos primeiros dias. Eu podia ate dizer que era agradável.

Lembro-me que a primeira vez que amamentei a dor era tão forte que pensei seriamente em não amamentá-lo com o meu leite, mas claro que a Sra. Sandra Hastings não permitiu e ainda por cima me deu o maior sermão.

Fiquei olhando para ele feito boba enquanto o trocava. Vendo- o crescer tão lindo, tão saudável e esperto até me fazia esquecer os apuros que passei na gestação e o parto complicado. Porem em nenhum momento me arrependi de tê-lo trazido ao mundo, só a escolha do pai que eu deixei a desejar, mas isso por enquanto não tinha importância.

Sai do meu quarto e fui até o quarto da Bells, nem fiz questão de bater na porta já fui logo entrando no quarto, eu era a melhor amiga e mãe do afilhado dela, eu tinha essa liberdade. Não a encontrei lá, provavelmente já deveria ter descido para tomar café, em poucos minutos Alice viria para nos fazer provar os vestidos e ela ainda teria que ir para o balé. Nem acreditava que o casamento de Sam e Leah seriam dali a dois dias.

Assim que pisei na cozinha tive vontade de voltar para o quarto, mas claro que não pude porque fiquei rodeada por um monte de gente - só as mulheres na verdade - que vieram paparicar meu filho. Esse povo todo mimando Charlie não daria certo, o que eu faria quando voltasse para Phoenix?

Levei um susto quando realmente reparei as pessoas que estavam no cômodo. Tinha mais gente do que ontem ou era impressão minha. Além de Bella, as tias, as primas e a família sebosa, também estavam o que parecia ser os amigos de Stacy e Britanny da Califórnia. De alguns eu me lembrava como os trogloditas brochas, as gêmeas e a tal de Karen - elas pareciam irmãs gêmeas e perdidas da Hannah Montana. Ô povinho brega. Agora além deles tinha uma japonesa com o cabelo loiro com cara de retardada, e uma ruiva com cara e jeito de piranha

Leah permaneceu sentada, mas acenou simpaticamente para mim. Eu sabia como era difícil ficar de pé por muito tempo quando se está de quase sete meses, e no caso dela era pior porque eram dois.

-- Mamãe trás ele aqui? - Pediu Leah.

Sue pegou Charlie do meu colo e foi para o lado da filha com Claire no encalço paparicando-o. Claire simplesmente o adorava, não sabia se era porque ela queria muito ter outro filho e não podia mais, ou se era porque o bebê tinha o mesmo nome do seu irmão favorito.

Tanto ela quanto Arty me agradeceram muito pela homenagem, e viviam trazendo presentes para ele.

Mas não eram só os familiares e amigos que ele conquistava. Surpreendentemente o maracujá de gaveta com peruca e a Barbie velha siliconada também ficaram encantadas com ele. Até mesmo o clone mal feito e seboso da Paris Hilton - porem eu sempre evitava que elas ficassem muito perto dele. Mas também Charlie era um bebê lindo, calmo e apaixonante.

-- Anna sua mãe pediu para avisar que só voltará amanhã. - Disse Claire pegando meu bebê do colo de Sue. - Ela teve que viajar ontem à noite até Phoenix. Parece que houve um problema na floricultura, e eles não conseguiram mandar as flores. Então ela teve que ir pessoalmente para resolver.

-- Meu pai foi junto?

-- Não, ele está em La Push com os outros homens ajudando nos últimos preparativos.

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