Capítulo 5

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Assim que sai do quarto de Alistair, fui para o meu, onde então encontrei Natanael deitado em minha cama.

-Saia. - Ordenei.

-Estou aqui apenas lhe esperando. Todos sentimentos o cheiro de seu sangue.

-Aceitei me unir apenas com Alistair, ou seja, deve retirar-se. - Falei tirando o roupão que havia pegado emprestado e trocando para outro conjunto de roupas.

-Despindo-se em minha frente é como um convite para eu saciar minha sede. - Natanael disse vindo em minha direção.

-Você realmente prefere que eu chame por Alistair?

Natanael aproximou-se ainda mais de mim e sussurrou em meu ouvido.

-Não será preciso. - Então, desapareceu de meu quarto.

Deitei em minha cama e fechei meus olhos. Nos vampiros não sentimos sono, mas gostamos de fechar os olhos e nos deixar ser levado para outros mundos.

Eu estive tendo um sonho repetido vezes, nesse eu me encontro completamente sozinha, o sentimento é de pavor.

Estou assustada, passo em frente a um espelho, onde vejo que nesse sonho sou apenas uma criança humana. Os olhos arregalados, as mãos tremulas são muito perceptivas através desse espelho, minha visão foca agora ao chão que está coberto de sangue. Eu não gosto desse cheiro. É forte.

-Mãe? Pai? - Minha voz fraca acaba por saindo como um sussurro.

Tenho certeza que essa criança que vi no espelho era eu, mas desde que renasci não me lembro de meu passado, não me lembro de minha família. Apenas tinha memórias recentes e nessas nenhum familiar estava.

Meus passos lentos seguiam o rastro de sangue. Quando aproximei da porta para então abri-la escuto uma voz de um homem.

- Eles vão manda-la há um abrigo, assim que ela se tornar adulta poderemos encontra-la e explicar o que de fato aconteceu.

-Estou com tanto medo. - Sussurro encarando meu ursinho de pelúcia que estava em cima de minha cômoda.

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Abro meus olhos, eu queria saber se de fato é apenas um sonho, ou então meu

passado que fora apagado.

Levanto de minha cama e vou em direção ao quarto de Marcelo, antes que eu entre ouvi a voz de Alistair.

-O sangue dela é anormal. É tão poderemos que pensei que tivesse que parar de prova-lo. Senti todo o meu corpo fortificar com apenas as primeiras gotas.

-Quinn é realmente forte, precisamos mantê-la em nosso clã, caso contrario estaremos perdidos. - Agora a voz de Marcelo.

-Estarão perdidos? - Perguntei adentrando o quarto.

-Ouvindo conversas alheias. - Alistair falou.

-Conversas onde meu nome fora citado.

-Está certa, apenas estamos comentando o como seu sangue nos tornara ainda mais fortes. Por favor, aproveite Marcelo. - Alistair sorriu em minha direção e me deixou a sós com Marcelo.

-Não vim para isso. - Falei. Talvez eu tenha cometido o erro de me ligar a Alistair, mas não cometeria esse erro duas vezes. Eu sentia que eles estavam escondendo algo de mim e enquanto eu não descobrisse nenhum deles terão meu sangue.

-Por favor, sinta-se a vontade. O que deseja Quinn? - Perguntou Marcelo.

-Eu tenho tido um sonho repetidas vezes, você acha que esse possa ser uma lembrança de minha infância? - Perguntei.

-Como é esse sonho?

-Apenas me vejo procurando por meus pais. - Falei omitindo alguns fatores.

-Provavelmente.

-Obrigada. - Quando me virei para sair de seu quarto, Marcelo foi mais rápido e me deteve trancando a porta e ficando em minha frente. - O que foi? - Perguntei.

- Você acabou de perder a confiança em mim. O que Alistair disse era verdade. Ele apenas veio comentar o como seu sangue é poderoso. Imagina enfrentarmos o clã Viking sem seu poder? Estaríamos literalmente perdidos.

Assenti.

-Talvez não esteja mentindo para mim, porem ainda não acho certo completar minha cerimônia com você.

-Não há problema Quinn, mas antes estou curioso. Por que fizera a cerimônia com sexo?

Essa pergunta eu realmente não sabia responder. Talvez fosse pelo fato de que Alistair controlara-me muito bem.

-Acabei por fazer o que Alistair queria e não me dei conta. Foi um erro e me arrependo, mas agora não há como voltar atrás. Admito que com o sangue de outro vampiro, acabo por me sentir mais forte.

Marcelo balançou a cabeça em afirmativo e então disse.

- Certo, apenas não esqueça que devemos fazer a nossa cerimônia antes da lua cheia.

-Não se preocupe Marcelo, eu não me esquecerei de você.


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