Capítulo 7

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Novamente me vi perdida no mesmo sonho, a qual sou a pequena garota assustada e não encontra seus pais.

Quando abro meus olhos Natanael está deitado ao meu lado observando-me dormir.

-Tão bela. – Suspira.

-O que você quer? – Pergunto.

-Seu sangue, por que apenas Alistair e Marcelo ganharam?

-Por que esse foi o combinado.

Natanael ficou sobre mim, suas mãos segurando meus braços, os mesmos lutavam para libertar-me de seu corpo.

-Quinn, você é tão cruel. – Natanael sorriu, assim que viu meus dentes expostos, estava pronta para ataca-lo.

Natanael continuou segurando-me, agora serio olhou em direção à janela e disse.

-Eles estão aqui.

-Quem? – Perguntei olhando também para a janela, porem não vendo nada de anormal.

Natanael soltou-me e desapareceu de meu quarto. Sai rapidamente e me uni com todos na sala.

-Quem está aqui? – Perguntei novamente.

-Vikings. – Marcelo respondeu.

-Você deve enfrenta-los. Vá! – Ordenou Milena.

Ainda não era lua cheia, não havia como usar os lobisomens a nosso favor. Como venceríamos essa batalha apenas nos, ou apenas eu?

-O que faremos? – Natanael perguntou a Alistair.

-Podemos tentar, mas está certo que essa guerra perderemos. Não acho certo todos morrerem por uma imprudência de um. – Respondeu Alistair olhando em minha direção.

-Meu sangue nada serviu? – Perguntei.

-Admito que eu e Marcelo nos sentimos ainda mais forte, porem eles são milhares e todos sabemos o quão forte são.

-Certo. Eu vou. – Falei. Virei-me para ir em direção ao meu quarto para pegar minha katanas, porem Natanael veio a minha frente.

-Quinn você vai em direção a sua morte. Não há como voltar atrás.

-Ao menos levarei alguns deles.

Natanael assentiu e disse.

-Então vamos juntos.

-O que?! Você está louco Natanael! – Milena exclamou.

Natanael acariciou meu rosto e então disse.

-Não vou abandonar minha preferida.

-Obrigada. – Agradeci e então corri para meu quarto, peguei minhas katanas e junto com Natanael fui para fora ao encontro do clã vikings.

Ouvi milhares deles gritando felizes pela nossa presença.

-Está preparada? – Natanael perguntou.

Eram muitos que eu via, porem percebi que também havia milhares se movimentando pelas arvores.

Realmente estávamos em uma missão suicida.

-Estou. – Falei.

Natanael foi à frente, com sua imensa força conseguia levar muitos para sua batalha particular. Fui à direção ao contraria. Eles sabiam que eu era a culpada de matar um deles, por esse motivos vieram para cima de mim com muita brutalidade. Enquanto me defendia de dois, outros cinco já sugavam meu sangue. Eles não queriam apenas acabar comigo, eles queriam sentir cada minuto de meu sofrimento.

Com um movimento rápido, dancei em circulo com minhas katanas, acertando aqueles próximos a mim.

Sabia que Natanael era um dos mais fortes de nosso clã, por esse motivo também sabia que se eu compartilhasse meu sangue com ele, também ficaria ainda mais forte.

Corri em sua direção, me livrando daqueles que me perturbavam.

-Natanael! – Gritei.

Ele se livrou daqueles que estavam próximo a ele. Corri em sua direção já rasgando meu pulso e então ofereci para que ele bebesse, rapidamente sem hesitar ele o

fez, e o ofereceu o dele a mim.

Tivemos que sugar o sangue um do outro muito rápido, pois mais vampiros vieram em nossa direção.

Senti-me muito mais forte com o sangue de Natanael, porem não era o suficiente para combater o clã vikings.

Seguraram-me e levaram minhas katanas para longe.

Cada vampiro mordeu uma parte de meu campo, alimentando-se de mim.

Estava acabado. Era certo. Matei poucos para o que eu pretendia fazer.

Queria poder continuar para acabar com todos os vampiros existentes, mas eu havia falhado.

Fechei meus olhos, pois logo seria meu fim. Foi então que ouvi uivos. Abri meus olhos e os vikings tentavam fugir dos enormes lobisomens que havia aparecido.

Não era lua cheia, não fazia sentido esses lobisomens estarem aqui.

Natanael veio até a mim e ajudou-me a levantar. Minha pele já estava voltando ao normal e desaparecendo as marcas dos dentes.

-Precisamos fugir rápido. – Natanael disse.

-Não é lua cheia Natanael. – Falei olhando para o céu.

-Eu sei e isso mostra o como estamos perdidos.

-Essa é hora de acabar com os vikings. –Quando tentei ir para cima deles novamente, Natanael puxou um de meus braços, impedindo que eu seguisse em frente.

-Não, estamos fracos para continuar essa luta.

Olhei para nossa morada e apontando para a mesma falei.

-Eu não voltarei para lá.

Natanael assentiu entendendo que de agora em diante era apenas eu e ele. Não podíamos fazer parte de um clã que abandona dois integrantes, pois teme por suas próprias vidas. 

Vampiros, Clã KratosOnde histórias criam vida. Descubra agora