Breno pov.
Tudo sairá as mil maravilhas. Foi absolutamente perfeito. Era uma sensação excitante, uma mistura de poder e controle. Lissa era um alvo fácil, deixei o dormitório sorrindo e associando pelo corredor, desci as escadas amando aquela sensação que a adrenalina me causou. Passei por uma morena, que sorriu e ajeitou uma mecha de cabelo atrás da orelha. Logo atrás dela, Cameron subia as escadas. Este me lançou, um olhar curioso e cheio de ódio, sorri cinicamente e deixei aquele prédio.
Com certeza voltaria ali mais vezes. Força e poder, a melhor combinação de prazer.Lissa pov.
Engoli em seco enquanto os soluços sacudiam meu corpo, não conseguia me mexer. Os cadarços presos nas minhas mãos me impediam de virar, meus braços estavam começando a doer por estar presos durante horas atrás das costas. Fechei meus olhos e tentei me levantar, tentativa em vão. Meu corpo parecia pesar, não tinha vontade de me levantar, as feridas em minhas coxas e meus seios latejavam.
A fita presa em minha boca estava começando a machucar meu maxilar. Não quero que mais sentir pena de mim mesma, estava na hora de virar o jogo. Não queria mais toda a cena se passava em minha mente e mais lágrimas caiam no piso frio e sujo do quarto.
" Sua mão em torno do meu pescoço, esmagando minha traquéia. Tentei me defender mais tudo o que havia conseguido foi deixar arranhões profundos em seu braço. Se sua mão livre não tivesse me golpeado com mais um soco no rosto eu poderia ter fugido, mas o soco foi o suficiente para me deixar tonta. Quando ele soltou meu pescoço busquei desesperadamente por ar, e logo tive minhas mãos amarradas pelos cadarços de algum tênis da Clara. E suas palavras se repetiam em minha mente.
'Vou estrupá-la e a única coisa que irá descobrir, é que não é melhor do que uma prostituta.'
Depois disso meu corpo parou de lutar, Breno sorria enquanto me machucava deliberadamente. Depois de alguns minutos me desliguei por completo para um mundo que eu não sabia que existia em mim, já não sentia mais nada, já não me movia mais. Sorrindo ele se vestiu e deixou meu quarto, não me movi. Mas também não impedi as lágrimas de caírem.Cam pov.
-- Não Roberta!- disse pela quarta vez consecutiva enquanto ela insistia em tentar reatar o relacionamento. -- O que aconteceu aquela noite foi uma erro, um erro que jamais teria acontecido se você não tivesse me encontrado em um momento de fraqueza.
-- Mais Cam , eu amo você e...
-- E eu abri os olhos e vi que você amava as viagens para Vineyard, para a França.- suspirei cansado de tudo aquilo.-- Amava as roupas que eu te dava. E quer saber de uma coisa? Eu não te amo e...estava cego até Lissa aparecer.
Sai de perto deixando-a de boca aberta. Caminhei sorridente até o dormitório dela, queria apenas conversa, e aos poucos conquistá-la. Mostrar a Lissa que eu sou o cara certo.
Breno passou ao meu lado, sorridente, minha vontade era de esmagar aqueles dentes em sua garganta. Ignorei minha raiva e bati na porta do quarto, ela não abriu. Abri a porta lentamente e não consegui assimilar a cena a minha frente. Lissa estava largada no chão com as mãos amarradas com cadarços de algum tênis. A boca tapada com fita adesiva, o rosto inchado e machucado, havia também vários hematomas em seu corpo nu. Ela chorava silenciosamente, de olhos fechados.
-- Li-Li-Lissa.- minha voz saiu falha e baixa. Sem pensar duas vezes peguei-a em meus braço e ela se debateu.-- Calma, sou eu...Cam.-- seus olhos abriram e uma mistura de felicidade e tristeza transpareceu. Soltei os cadarços de sua mão e em seguida tirei aquela fita de sua boca, frágil e insegura ela se jogou em meus braços. Soluçando, os soluços mais tristes que já havia visto, seu corpo todo tremia brutalmente. -- Shhh...calma.-- cobri seu corpo com um lençol e a abracei até que toda aquela tristeza passasse. E aos poucos ela foi parando de chorar, avaliei as feridas em seu rosto e senti repugnância do ser que havia feito isto. Seus lábios estavam inchados e seu rosto inchado, devia ter apanhado muito nele. -- Quer me contar o que houve?
-- Eu...eu...-- começou a chorar de novo. -- Eu fui estrupada.-- aquela frase saiu baixa mais foi alta o suficiente para fazer meu sangue ferver.
-- Quem fez isso?!- controlei a voz o máximo que pude, mas falhou.
-- Me tire daqui, por favor.
Assenti e peguei uma mochila na cama, virei todo o material que continha nele na cama, coloquei umas roupas nelas e a vesti com um vestido que encontrei pela gaveta.
-- Vamos a delegacia e prestar queixa.- avisei enquanto a pegava no colo.
-- Não, não, não!- se desesperou. -- Não me leve lá , eles não fizeram nada antes e não podem fazer agora!
Alguns alunos do corredor nos olhavam curiosos, todos com olhar de pena. Como se soubessem o que havia acontecido ali, naquele quarto. Lissa apoiou a cabeça em meu ombro e chorou em silêncio enquanto eu descia com ela pelos degraus da escada. O corpo pequeno e frágil em seus braços, faziam meu sangue ferver e meus instintos de guardião florescer mais depressa.
Coloquei ela no meu carro, no banco do carona e dei a volta. Encolhida, Lissa se encolheu como se eu fosse lhe fazer algum mal e isso me doeu o peito. Eu iria encontrar o animal que lhe fez isso, e quando o encontrasse o mataria com as minhas próprias mãos!
Levá-la para a fraternidade não me parecia uma ideia muito boa, então a levei para meu apartamento no centro da cidade. Passei com ela nos braços pelo saguão, Lissa já estava mais calma quando chegamos no andar. Tentei lhe passar toda a segurança que eu podia oferecer, mais do que nunca ela precisaria de mim. E com toda a certeza eu estaria ali para ela. Sempre que necessitasse.
-- Quer tomar um banho?- ela olhou tudo em volta e assentiu. Coloquei-a no chão e por um momento fraquejou, ameaçou cair no chão, mas eu a segurei. -- Eu vou com você até o banheiro e te ajudar caso precise.
-- Obrigada.- mais lágrimas caíram pelo seu rosto.
-- Você sabe que devia dar queixa não sabe?
-- Sim, mas ele ameaçou o Petter e...
-- Quem é Petter? - uma sensação de raiva tomou conta do meu corpo. Fechei meus punhos e respirei fundo, ela sorriu e pegou o celular na bolsa. Seu rosto se iluminou então me mostrou a foto dela e de um pequeno garoto, ele era um pouco parecido com ela no formato do rosto. Os cabelos dele eram lisos e tinham dois tons mais claros, mas os olhos eram os mesmos. A mesma cor, o mesmo olhar, talvez o mesmo sonho.
-- Ele tem seis anos.- relaxei meus músculos e sorri. Me senti um idiota naquele momento. -- E... Não quero que nada de ruim aconteça com ele.
-- E não vai, pode ter certeza.- ela sorriu fraco. -- Vêm, vou te levar até o banheiro.
Seguimos pelo corredor e entramos na primeira porta da direita, coloquei ela sentada no vaso sanitário e coloquei a banheira para encher. Adicionei um pouco de sabonete líquido e me virei para ela, e esfreguei as mãos na calça jeans. Lissa tirou o vestido e me senti ficar nervoso, irritado e cheio de raiva. Havia marcas de mordidas em seus seios, e na barriga. Mordidas que marcavam perfeitamente os dentes de quem quer que fosse, logo imaginei ela implorando por ajuda. E me entristeci por dentro, se eh tivesse ido direto até lá, não parasse para ouvir a Roberta...Nada disso teria acontecido.
Ajudei ela a entrar na banheira e fiquei sentado no chão ao seu lado, enquanto ela fechava os olhos. Peguei a esponja e molhei ela na água morna e passei pelos seus ombros. Seus olhos abriram de imediato, mas logo suavizaram. Deslizei a esponja com cuidado pelos ombros e descanso pelas suas costas.
-- Cam?
-- Sim?- esperei ela falar algo, mas nada saiu. -- Quando achar que consegue falar, você me conta combinado?
Assentiu. Depois de alguns minutos ela pediu a toalha, sai do banheiro para que ela se vestisse sozinha. Logo ela apareceu com uma camisa do The Pretty Reckless, e um short de flaneja azul. Liguei a TV e me sentei no sofá, Lissa se deitou no meu colo e fechou os olhos. Acariciei seus cabelos adorando aquela cena em minha mente. Meu coração pareceu bater mais forte e ritmado com o dela, e quando ela caiu em sono profundo. Carreguei ela para a cama, aconcheguei ela entre os travesseiros e a cobri com um lençol, já que a noite quente pedia por isso. Segui para o banheiro e tomei uma ducha fria, coloquei uma calça de moletom preto e entrei no quarto sem fazer barulho. Peguei meu celular e me virei para retornar para a sala.
-- Aonde vai?- olhei para a Lissa encolhida na cama, enxugando algumas lágrimas no rosto. Respirei fundo e me virei.
-- Vou dormir na sala.- ela se sentou e sorriu. Um sorriso fraco que me dez sorrir também, ela precisa da minha força.
-- Fica comigo.
-- Lissa eu...
-- Por favor?- implorou sorrindo. -- Prometo que não ronco.
Balancei a cabeça e fui para a cama me deitar ao seu lado. Para a minha surpresa, ela se aconchegou em mim apoiando a cabeça em meu peito, abraçando minha cintura. Apertei seu corpo ao meu e aspirei o cheiro dos seus cabelos até dormir. Por mais triste que fosse, aquele era meu sonho de todas as noites.______________________________________
O que acharam?
Leiam
Meu amor era meu primo
Enquanto eu viverBeijos até a próxima
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Stripper
Fiksi Penggemar-Já pensou em procurar outro emprego?- o que ele queria ? Que eu agradecesse seu descuido, as informações que espalhou da minha vida. -Já sim, mas as lojas tem preconceitos com o bairro onde vivo. - Não tinha outra coisa melhor do que strep? Revi...