Deus grego

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E lá estava eu na sala de espera de um hospital, e o pior eu tava só de pijama. Cara, eu odeio hospital, minha mãe diz que é drama, mas não é, eu não gosto de estar doente perto de um monte de gente doente.

Uma moça bem simpática nos chama e diz que é minha vez de entrar, me levanto com a minha mãe e entro na sala do médico. Puta que pariu, o que era aquilo meu Deus, aquele homem parecia um Deus grego (foto acima). Me sento na cadeira em frente a mesa e minha mãe se senta na outra cadeira.

- O que a mocinha tem? - pergunta ele me olhando com um sorriso encantador.
- Fala aí mãe. - olhei pra minha mãe esperando ela falar, eu sempre faço isso.
- Nada disso mocinha, quem tem que me dizer é você. - falou me olhando.

Ai meu Deus, estou ficando louca, como pode uma criatura ser tão linda desse jeito.

- E então, o que você tem? - ele perguntou me despertando dos meus pensamentos.
- Bom, estou com muita dor de cabeça, tontura, dor no estômago. - falei tímida, como sempre.
- A quanto tempo você sente essa tontura? - perguntou olhando nos meus olhos, nesse momento senti um arrepio.
- Já faz um tempo que venho sentindo. - falei.
- Como é a sua alimentação? - perguntou erguendo a sobrancelha.
- Assim, é bem adocicada. - falei e ele riu, e que risada linda.
- Então isso explica tudo, quero que faça um exame de sangue e me traga amanhã de manhã bem cedo. - falou seriamente.
- Mas eu tenho aula amanhã. - falei tentando fugir porque morro de medo de agulhas.
- Não tem problema, você pega um atestado com a assistente social. - falou.
- Então tá bom, só isso? - perguntei.
- Não, você vai tomar um soro para melhorar a dor e depois pode ir pra casa.
- Ai meu Deus. - falei sem querer assustada.
- A mocinha tem medo de agulhas? - perguntou sarcasticamente.
- Morre de medo Doutor. - falou minha mãe.
- Mãe! - repreendi-a com o olhar.
- Qualquer coisa você me chama. - falou ele rindo.
- Ok, agora posso ir? - perguntei sem graça.
- Pode sim, mas vai tomar soro, e amanhã quero seus exames. - falou seriamente.
- Ok, tchau. - falei rapidamente.
- Tchau mocinha. - falou sorrindo lindamente.

Sai da sala dele com a minha mãe e fui até uma sala de medicamentos, de repente chega uma enfermeira com um soro e uma agulha enorme. Ai meu Deus, uma agulha, socorro. Ela chega perto de mim com a agulha e manda eu estender a mão.

- Vai aplicar na veia? - perguntei.
- Sim meu anjo, não precisa ter medo, é só fechar os olhos. - falou, fechei os olhos, senti uma pontada e em menos de dois segundos já estava recebendo soro.

A enfermeira saiu da sala e minha mãe foi comprar algo para eu comer, quando de repente o Deus grego entra na sala de medicação me olhando.

- E aí mocinha, pelo visto não vai mais precisar da minha ajuda. - falou sorrindo de lado, ai meu Deus, me segura.
- Pois é. - falei totalmente tímida.
- Que pena né, vim só ver se você estava bem, agora tenho que voltar para o meu plantão, tchau mocinha. - falou sorrindo.
- Tchau. - retribui o sorriso.
- Ah, ia me esquecendo, qual seu nome? - perguntou.
- Melyssa, mas pode me chamar de Mel. - falei.
- Prazer Mel, meu nome é Artus. - falou sorrindo e saiu.

Gente que homem lindo, como pode uma criatura ser linda assim, pena que é tão velho, mas mesmo se fosse novo eu não pegava, meu coração está trançado a sete chaves.

Meu horizonte [A EDITAR]Onde histórias criam vida. Descubra agora