Quiosque

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Acordo com beijos no rosto, abro meus olhos e vejo um Artus me olhando e sorrindo.

- Acorda bela adormecida, já é de noite, a gente devia sair pra dar uma volta. - falou sorrindo.
- Eu quero, mas me encontro incapacitada de fazer tal ato. - falei dramatizando.
- E por que a senhorita se encontra incapacitada de realizar este ato? - perguntou com um sorriso sarcástico.
- Porque eu tenho preguiça. - falei rindo.
- Isso não quer dizer, nada. Vou para o meu quarto me arrumar, daqui a pouco venho aqui te buscar. - falou,me deu um selinho e saiu.

Fazia um bom tempo que eu não ficava tão feliz, Artus foi uma das melhores coisas que já me aconteceu, isso pode soar meio gay, mas eu gosto muito dele, muito mesmo. Nunca havia sentido isso por alguém antes.

Me levanto da cama, ando até o banheiro, tomo um banho rápido, visto uma calça preta com os joelhos rasgados, uma blusa de mangas compridas preta e branca com estampas de listra e um cuturno preto. Solto meu cabelo, pego minha bolsa preta e escuto Artus me chamar.

- Hum, que linda. - falou sorrindo.
- Eu sei, eu sei. - falei rindo.
- Convencida. - falou passando as mãos por minha cintura.
- Sou mesmo. - falei passando as mãos por sua nuca.
- Será que essa menina tão convencida merece um beijo? - falou sarcasticamente.
- Eu acho que merece. - falei e ele me beijou calmamente, um beijo cheio de ternura.

Entrelaçamos as mãos e saímos de casa, andamos até um pequeno quiosque na beira da praia, nos sentamos em uma mesa, logo o garçom chega.

- O que vão querer? - pergunta o garçom rapidamente.
- Suco de laranja. - falei.
- Um copo de whisky. - falou Artus.

O garçom anota os pedidos e se retira, Artus fica olhando pra mim e sorrindo bobo.

- Pare de me olhar assim! - falo revirando os olhos.
- Não posso apreciar a sua beleza? - pergunta rindo.
- Amo sua ironia. - falo.
- Não estou sendo irônico meu amor. - falou beijando minha bochecha.
- Ah, tá certo. - falei rindo.
- Preciso te dizer uma coisa. - falou sério.
- Fala. - disse o olhando.
- Vou ter que voltar mais cedo, por causa do meu horário de trabalho. - falou.
- Mas vai só você? - perguntei.
- Não, vamos todos nós. - falou me olhando.
- Ah, então tudo bem. - falei sorrindo.
- Não vai ficar chateada? - perguntou erguendo a sobrancelha.
- Claro que não, além disso, quero matar a saudade da minha mãe e do meu irmão. - falei.
- Seu irmão? Pensei que não gostasse dele. - falou confuso.
- A gente briga muito, mas eu amo ele. - falo rindo.
- Sei bem como é isso. - falou sorrindo.
- Vou ao banheiro. - falei, beijei sua bochecha e sai.

Estava indo até o banheiro, quando de repente um homem que aparentava ter uns 45 anos segurou meu braço.

- E aí gatinha, vamos tomar um drink? - perguntou sorrindo.
- Não. - falei seca e ele segurou meu braço.
- Ah, vamos sim. - falou apertando meu braço.
- Me larga seu infeliz, tá machucando. - falei brava.
- Vem gatinha. - falou me puxando, mas logo foi derrubado no chão com tudo.

Em um piscar de olhos, Artus estava socando o homem que na primeira oportunidade se levantou e saiu correndo. Artus se recompôs, veio até mim, me abraçou.

- Você está bem? - perguntou.
- É, estou. - falei respirando ofegante.
- Eu estou aqui, sempre. - falou e me deu um beijo na testa.

Meu horizonte [A EDITAR]Onde histórias criam vida. Descubra agora