Filme

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Acordei com os raios de sol atravessando a janela, olhei para o relógio ao lado e vi que já eram 06:30. Levantei rapidamente, fiz minha higiene matinal, tomei um banho rápido, vesti uma calça, uma blusa roxa e um tênis. Peguei minha mochila, desci as escadas, peguei uma fruta e sai de casa.

Fui o caminho comendo e andando, mas não vi Katy e estranhei, provavelmente deve ter dormido na casa do Bê. Cheguei na escola e logo na entrada vi Katy e Bê, fui até eles.

- E aí. - falei.
- E aí. - falaram me abraçando.
- Qual é a boa? - perguntei.
- Passar a tarde lá em casa assistindo filme, tá dentro? - perguntou Bê.
- Tô dentro. - falei.

Ficamos conversando um pouco e o sinal tocou, Katy e Bê se despediram e nós fomos para sala. Hoje tinha aula de física, e eu detesto física, detesto tudo que tenha cálculo. As aulas passaram bem devagar, e Katy passou as aulas todas dormindo.

As aulas acabaram e a gente saiu da sala, vimos Bê com alguns amigos na entrada do colégio e entre eles estava Lucas. Fomos até eles.

- E aí linda. - falou Lucas me olhando e me deu um beijo no rosto.
- E aí. - falei sorrindo.
- Todo mundo lá em casa 14:00 para assistir filme,ok? - falou Bê.
- Você vai? - perguntou Lucas olhando pra mim.
- Vou sim. - falei.

Ficamos todos conversando um pouco, Katy foi pra casa de Bê, nos despedimos e eu fui pra casa. Cheguei em casa, subi pro meu quarto e tomei um banho bem demorado, sai do banho, vesti um short jeans, uma blusa regata preta e deitei na cama.

Estava deitada fitando o teto quando escuto meu celular tocar, vejo que é minha mãe e atendo. Depois de ficar uma hora conversando com a minha mãe, desligo o telefone e vejo que é 13:30.

Calço um tênis, solto o cabelo, desço as escadas, saio de casa e peço um táxi até a casa do Bernardo. Depois de 20 minutos chego na casa dele, pago o táxi, saí do carro, aperto a companhia da casa e Katy abre a porta, abraço ela e entro. Vejo Bê e Lucas sentados no sofá com um monte de doritos, coca, chocolates e doces. Eu e Katy sentamos no sofá junto com eles.

- E aí, que filme vamos ver? - perguntou Lucas.
- Atividade paranormal. - falou Bê.
- NÃO. - falei/gritei sem querer.
- Cê tem medo? - perguntou Bê rindo e Katy riu junto.
- Qualquer coisa eu te protejo. - falou Lucas e piscou, eu sorri.

O filme começou e estava todo mundo em silêncio, eu tava sentada na ponta do sofá, Lucas tava do meu lado, e Bê e Katy estavam do outro lado. Eu estava morrendo de medo, e tava naquela parte do filme que a porta se abre sozinha, o silêncio reinava na sala e eu tava tremendo de medo. Quando de repente nós escutamos um barulho de porta abrindo de uma vez, eu solto um grito e caio de cara no chão, quando olho pra cima era Artus que tinha chegado em casa e agora estava morrendo de rir de mim.

- Ficou com medinho? - perguntou rindo sem parar e os outros riam junto com ele.
- Vai te foder. - falei dando o dedo do meio.
- Vou assistir com vocês. - falou Artus.
- Chegou agora do Hospital? - perguntou Bê.
- Não, ainda tô lá. - falou ironicamente.
- Te fode. - falou Bê.

O silêncio reinava na sala e eu estava me tremendo de medo, Artus estava sentado no chão e de vez em quando desviava o olhar pra mim o que me fazia ficar envergonhada. De repente sinto uma mão na minha cintura, era a mão de Lucas. Artus olha com uma cara feia e eu solto um sorriso forçado.

- Tá gostando do filme? - sussura Lucas no meu ouvido e eu balanço a cabeça afirmativamente.

Continuamos assistindo o filme e Lucas deita a cabeça no meu ombro e eu fico mexendo no cabelo dele. Artus se levanta e sai da sala, e eu fico sem entender nada.

Artus narrando
O Lucas já estava investindo na Mel e aquilo me deixava irritado, eu não sabia porque. De uns dias pra cá estou me comportando como um idiota, e tô agindo feito um babaca. Sinceramente não entendo porque me incomoda ver Lucas e Mel abraçados como se fossem um casal, as vezes penso que gosto dela, mas é impossível, eu nunca vou gostar de ninguém, por mais que ela venha na minha cabeça isso não pode acontecer. Eu tenho vinte e oito anos e ela tem dezesseis, além disso não fui feito pra ter nada sério com ninguém. Vou até a cozinha, pego um refrigerante e me sento na cadeira.

Meu horizonte [A EDITAR]Onde histórias criam vida. Descubra agora