Meu horizonte [A EDITAR]

Reencontro

1 mês depois
Um mês se passou depois que eu beijei o idiota do Artus. Muita coisa aconteceu depois disso, eu nunca mais vi ele, o que pra mim foi muito bom. O Bê e a Katy estão namorando sério, ele deu até uma aliança pra ela e minha mãe chega de viagem amanhã. Eu sai algumas vezes com o Lucas e ele é bem legal comigo, nós estamos bem amigos.

Acabei de chegar da escola e tô deitada mexendo no notebook quando minha mãe me liga.

ON
Eu: Oi mãe?
Mãe: Oi filha, você não se esqueceu que tem que ir ao médico hoje a noite né?
Eu: Eu não vou mãe.
Mãe: Como assim você não vai? Lógico que você vai Melyssa.
Eu: Não dá mãe, eu não vou.
Mãe: Tá acontecendo alguma coisa Melyssa?
Eu: Não, eu só não quero ir.
Mãe: Você vai, é pra sua saúde. Sua consulta está marcada para 19:00, eu vou ligar para o médico e se você não tiver ido vai ficar de castigo.
Eu: Mas mãe...
Mãe: Sem mas, você vai e pronto. Espero que tenha sido bem clara. Agora vou desligar, beijo.
OF

Não acredito que vou ter que ir a essa consulta e ver a cara do Artus, que merda. E o pior é que se eu não for minha mãe vai me castigar, parece até que sou uma criança. Mas tudo bem, vou a essa consulta falar apenas do meu exame e volto pra casa normalmente. Desligo o notebook, coloco o mesmo em cima da cômoda,e deito na cama e adormeço.

Me levanto da cama, olho para o relógio e vejo que são 18:00. Ando até o banheiro, tomo um banho rápido, visto um vestido azul simples, calço uma sapatilha nude e solto meu cabelo. Desço as escadas, saio de casa e chamo um táxi, ele chega, digo o endereço do hospital e ele me leva até lá. Depois de alguns minutos chego ao hospital, pago e saio do carro.

Entro no hospital e me sento em um dos bancos da sala de espera. Depois de poucos minutos uma mulher chega e me manda entrar, ando até a sala, paro em frente a porta e respiro fundo. Dou duas batidas na porta, abro a mesma e entro, e lá estava ele sentado um mexendo no celular distraído, quando de repente desvia o olhar pra mim, me sento na cadeira em sua frente e ele continua me olhando sem falar nada.

- É... Não vai iniciar a sessão? - perguntei timidamente.
- Ah, me desculpe. Enfim, me diz, você sentiu tontura esses dias? - perguntou seriamente.
- Pra falar a verdade, senti. - falei desviando o olhar para a janela.
- Você comeu alguma coisa que não devia? - perguntou preocupado.
- Não. - falei sincera.
- Mas você tem se alimentado bem? - perguntou.
- Não tenho tido muita fome ultimamente. - falei.
- Mas você tem que se alimentar bem, tem que comer de três em três horas. No próximo mês vou te examinar. - falou seriamente.
- Ok. Agora posso ir? - perguntei.
- Já quer ir? Está me evitando? - perguntou erguendo a sobrancelha.
- É... Não é isso. - falei e ele riu.
- Isso foi por causa do nosso beijo? - perguntou sorrindo.
- Não quero falar sobre isso. - falei.
- Tem certeza? - perguntou.
- Por que eu não teria? - perguntei.
- Achei que fosse se apaixonar por mim, as meninas da sua idade se apaixonam com muita facilidade. - falou rindo.
- Vai te foder. Eu não me apaixonei e nunca vou me apaixonar por você seu idiota. - falei me levantando.
- Aposto que pensa em mim todas as noites. - falou sarcástico.
- E eu aposto que quem pensa em mim todas as noites é você. - falei com um sorriso vitorioso e sai do consultório sem olhar pra trás.

Artus narrando
Quando ouvi o que ela disse e a vi saindo sem olhar pra trás senti vontade de brigar com ela e ao mesmo tempo de beijá-la, mas ela realmente estava certa, quem pensava nela todas as noites era eu. Eu sou um completo babaca por pensar nela, só que eu NUNCA vou admitir isso, nunca vou dar esse gostinho pra ela, não vou ser bichinho de estimação de ninguém.