Mirai Nikki - Novo Jogo [Pausada]

Capitulo 11 - Revolta de Sentimentos

Casa do Akise, 04h30...

Akise

Assim que a Gasai saiu de minha casa voltei a dirigir a minha atenção para a mãe. Sinceramente não percebo como é que o meu pai não acordou com tanta gritaria, aquele homem tem mesmo sono pesado...

"Akise...?" A minha mãe perguntou baixo e ajudei-a a levantar-se, deixando-a sentada contra a parede mais próxima. "Como te sentes?" Perguntei com calma e ela gemeu. "Estou um pouco tonta... Mas onde está a Yuno?" Ela abriu os olhos pela primeira vez.

"Não te preocupes, eu já mandei aquela maluca embora..." Informei e ela fez uma cara apreensiva. "Porquê? Ela estava a tentar proteger-me..." Arqueei a sobrancelha com aquelas palavras, talvez ela estivesse um pouco confusa por causa da perda de sangue.

"Mãe, talvez estejas um pouco confusa..." Disse mas ela disse que não com a cabeça. "Havia um menino... A Yuno estava a tentar apanhá-lo, mas feriu-me por engano..." Ela disse e arregalei os olhos. A Gasai estava a dizer a verdade, o quinto esteve mesmo cá mas eu estava cego de raiva e acabei por tratá-la mal, disse tudo o que não queria dizer.

"Mãe, tens a certeza disso?" Perguntei exaltado e ela acentiu em confirmação. "Eu mandei-a embora, disse-lhe que ela era louca quando estava a dizer a verdade..." Pensei alto e a minha mãe abriu a boca, surpreendida.

"Mesmo que eu tivesse desmaiado não podias tê-la tratado dessa maneira, ela é tua namorada, Akise!" A minha mãe gritou zangada. "A Gasai não é minha namorada, eu menti." Acabei por dizer e mais uma vez a minha mãe surpreendeu-se.

"Por que é que mentis-te?" Ela perguntou e encolhi os ombros. "Apeteceu-me." Confessei e ela suspirou, a verdade é que gostei de chatear a Gasai durante todo o dia.

"Bem, isso agora não importa. De qualquer forma, mesmo ela não sendo tua namorada tens que ir atrás dela. Ainda é de noite e não convém ela andar sozinha pelas ruas." Ela ordenou e desviei o olhar. "E para além disso tudo, tens que lhe ir pedir desculpas. Já imaginas-te como é que ela está agora?" Assim que a minha mãe pôs as coisas desta maneira percebi que o que tinha feito tinha sido mesmo grave...

"Certo, ficas bem sem mim?" Quis confirmar e ela acentiu. "Vou tratar desta ferida." Ela informou e levantei-me do chão. Fui até ao meu quarto, vesti uma t-shirt e umas calças de ganga, peguei no meu telemóvel e voltei para a sala.

Vi que as roupas da Gasai ainda estavam junto à lareira, a secar, mas com a chuva que estava depois devolvia-as quando fossemos para a escola.

Saí de casa a correr o mais depressa que podia para encontrar a Gasai. Até porque, se o Reisuke já não estava em minha casa, provavelmente tinha ido atrás da Gasai para matá-la, e neste momento ela não deve estar em condições de se defender.

Fiquei rapidamente encharcado por causa da chuva mas não me importei, desde que o meu telemóvel não se estragasse com a água, então estava tudo bem.

Fui virando em todas as ruas mas não encontrava a Gasai, o que era mau sinal. Não costuma haver gente a passear às 5 da manhã, portanto não encontrar uma das únicas pessoas que poderiam andar por aí não era bom sinal...

"Gasai?" Chamei alto mas não obtive resposta, onde raio se meteu a rosinha?! Virei em mais 2 ruas e quando voltei a virar vi uma rapariga de cabelos cor-de-rosa e soltos ajoelhada no chão, atrás de si estava um miúdo pequeno com uma seringa na mão.

"Tu outra vez?!" O Reisuke assustou-se com a minha aparição e grunhi. "Gasai, cuidado!" Gritei mas a mesma ignorou-me, continuando ajoelhada no chão a olhar para o mesmo. "Vou acabar com vocês e todos os outros portadores de Diário, e depois ganho o Jogo!" O miúdo disse aos saltinhos e corri até ele, se lhe conseguí-se tirar a seringa podia usá-la contra ele.

Mas assim que lhe tentei tirar a mesma ele tirou uma espécie de mini-caixa e tocou-me com ela na mão, o que fez todo o meu corpo vibrar. Gostava de saber onde é que ele arranjou aquele aparelho, é daqueles que costumam ser usados por agentes policiais para electrocutar os maus da fita.

Depois de me recuperar vi que a Gasai já não estava a olhar para o chão, desta vez estava a olhar para a frente mas na realidade não estava a olhar para nada, estava apenas a observar o vazio, talvez a pensar...

Corri outra vez até ao Reisuke e peguei no meu telemóvel:

• Tento arrancar a seringa ao Reisuke.

• Ele tenta electrocutar-me pelo lado direito mas consigo desviar-me dele.

• Consigo tirar-lhe a seringa e máto-o.

HAPPY END

Pelos vistos a sorte estava do meu lado, por isso avancei sem medos até ao Reisuke. Preparei-me para atacar mas ouvi o som do futuro mudar, não imaginava o que poderia ter acontecido para as previsões mudarem numa hora destas.

Vi o Reisuke pegar outra vez no aparelho electrocutor e preparei-me para me desviar dele pelo lado direito, mas ele tentou atacar-me pela esquerda, o que não estava nos meus planos. Achei que fosse ser electrocutado mas a única coisa que consegui ver à minha frente foram cabelos cor-de-rosa. Não acredito que ela fez uma coisa destas...

Assim que o Reisuke se afastou, o corpo da Gasai caiu no chão e eu fiquei a olhar para o mesmo, ainda estava demasiado surpreendido com o que tinha acontecido para ter alguma reação. "Adeusinho!" O Reisuke desatou a correr e nesse momento abaixei-me junto à Gasai.

"Hey, acorda!" Não lhe toquei para não ter o mesmo fim que ela, ainda para mais a chuva não ajudava em nada... Por que raio é que ela se meteu à frente?! Por que é que ela me protegeu?

Chamei rapidamente o 112 e uma ambulância apareceu uns 10 ou 15 minutos depois. Fui com ela até ao hospital e felizmente estava tudo bem, bastavam umas horas sob observação e ela poderia ir para casa, o que foi um grande alívio.

"Então, fizeram as pazes?" A minha mãe perguntou assim que atendi a chamada dela. "Sim, agora vou deixá-la em casa." Menti e a minha mãe riu-se. "Ok, então até logo." Ela disse e desligou a chamada.

Voltei para dentro do hospital mas o tempo de ir lá fora comprar uma bebida e falar com a minha mãe ao telefone foi suficiente para a Gasai acordar, sair do hospital sem autorização médica e sem ninguém dar por isso...

Casa da Yuno, 6h20...

Yuno

Estava cansada depois desta noite horrível, sem dormir nada, constipada e cheia de dores de cabeça. Assim que entrei em casa, abri o armário dos medicamentos e bebi quase meio frasco de xarope, eu sou completamente idiota.

Depois de ter dito para mim mesma que ia deixar de ser tão amiguinha daqueles retardados, fui arriscar a minha vida para salvar um desses mesmos retardados sem pensar 2 vezes! O que há de errado comigo?!

Mas esta foi mesmo a última vez que os ajudei, a Yuno que eles conheciam morreu e não vai voltar! É uma promessa!