"Tudo bem, mãe, eu ligarei." Eu revirava os olhos enquanto puxava minha mala. Ela estava falando a mesma coisa desde o momento em que acordamos.
"Venha nos visitar, viu?" Ela tinha uma toalha de mão em seu ombro e um olhar preocupado. Sentirei falta da minha mãezinha, meu Deus.
"Vou ficar com seu quarto, Louis." Lottie apareceu na porta, eu já estava colocando a mala na mala do carro.
"Nem pensar. Quando eu tiver de férias ou precisar vim para casa irei ficar no meu quarto." Ela ficou triste e eu fui para perto das minhas duas mulheres. Fizzy e as gêmeas eu já tinha falado. Pedi para o taxista esperar um pouco, isso iria demorar.
"Vem cá!" Dei um abraço na Lottie muito apertado. Havíamos nos tornado além de irmãos, amigos, e a nossa amizade tinha extrapolado o extremo. Eu amo muito a minha irmãzinha.
Ela devolveu o abraço. Seu pequeno corpo tremendo e um soluço saindo da sua boca.
"Prometa-me que você irá cuidar muito bem da mamãe e das meninas, okay? Você é a mais velha depois de mim e agora a responsabilidade é toda sua. Você é a mulher da casa." Alisei suas costas.
"Nossa! Muito bonito você colocar esse peso todo em minhas costas. Muito obrigada, mas pode deixar que eu cuidarei muito bem delas." Ela se afastou de mim e segurou em meus ombros, limpando suas bochechas. "Eu te amo, Louise."
"Eu te amo, Charlotte." Ela colocou uma cara de desaprovação. Ela odeia, realmente, quem a chama pelo nome. Quando eu ia me afastando dela para falar com Johanna - que tinha entrado -, me lembrei de algo. "Sim, se cuide também. Quando for se masturbar, lave as mãos direito para não pegar doença, a mesma coisa quando for transar." Sorri safado e corri para dentro de casa, esperando a mesma explodir.
"LOOUIS, SEU VADIO! QUE NOJO!" Escutei seu grito. Comecei a gargalhar e ir em direção a cozinha.
Johanna estava chorando e cortando cebola, pensando que acha que me engana.
"Está chorando, dona Jo?" Ela deu um pequeno pulo assustada. Rapidamente enxugou seus olhos.
"Estou, mas é por causa da cebola." Lavou suas mãos e enxugou na toalha em seu ombro. "Pronto para ir?" Balancei a cabeça em negativa. "Porque não?" Ficou confusa e triste.
"Eu ainda não me despedi da senhora." Corri para perto dela e lhe dei um abraço apertado e cheio de amor, o que eu realmente sentia. "Te amo, mãe. Desculpa se não fui um bom filho durante muitos anos, mas agora eu vejo a burrada que fiz e pretendo consertar todos os anos perdidos. Eu era mimado e imbecil. Perdoa-me por isso." Cheirei seu cabelo e a abracei ainda mais.
"Você nunca foi um péssimo filho, Louis. Só era complicado, mas eu entendo. Eu já fui assim. Não tem motivo nenhum para me pedir desculpas, você nunca me fez mal. Eu te amo mais que tudo." Ela chorava pouco e se afastou de mim, eu podendo ver seu grande sorriso e seus olhos marejados. Ela alisava minhas bochechas, retirando algumas gotículas de água.
"Bom..." Funguei e sorri fraco. "Tenho que ir, o taxista está me esperando e eu não quero que ele fique puto comigo." Ela confirmou com a cabeça.
E agora eu estava indo de vez. O caminhão com as minhas coisas na frente e eu atrás no táxi.
Mudando-me.
[...]
A faculdade estava em festa, novamente. A banda tocava o hino do país de uma forma diferente e agitada e haviam bandeiras e pessoas dançando por todo o lugar, o que era estranho, já que ontem foi um dia que não teve aula e essa festa poderia ter sido ontem, mas não.. Estava acontecendo naquele momento.
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At A Blink - Larry Stylinson
FanfictionEm um piscar de olhos tudo pode mudar. Tudo pode ser diferente ou continuar a mesma coisa de antes. Louis pode ser o mesmo garoto chato e ignorante de sempre. Harry pode continuar rebelde e repetir o seu mantra "foda-se a vida" para sempre, porém, e...