O Poder de uma Máfia

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Perdas não serão repostas se não houver motivos

O puro som da bagunça. Foi assim que acordei. MM só fazia confusão. Desta vez estava derrubando latas de lixo dos vizinhos. Justo no que dia que eu teria que levar o lixo pra fora. Odiava eles. Eram a pior gangue, máfia, grupo... tanto faz o que fossem. Odiava do mesmo jeito. Olhei o relógio. Eram 7:12. Se eu não tivesse sem sono, pensaria que hoje teria aula. Mas é Domingo. Nada me impediria de dormir mais.

-Bom dia, Lucas.

Exceto minha mãe. Ela não gostava de que eu dormisse muito. Logicamente, me levantei. Vesti a roupa mais simples que eu tinha. Uma camisa preta e uma calça jeans. Desci as escadas e vi meu pai, minha mãe e minha irmã. Todos adoravam acordar cedo.

-Quase não consegue acordar pra aproveitar o dia, Luquinha.

Minha irmão sabia que eu odiava ser chamado assim. Ela me provocava sempre.

-Não me chama assim, Isabella.

-E você, não seja tão rabugento. Ela só quer te animar.

"Animar". Mesmo que tentasse, não iria conseguir. Sempre que eu acordava cedo, eu ficasse assim o dia todo.

-Mamãe fez panquecas. Se não quiser, eu como pra você, Luquinha.

Lógico que eu não recusaria. Peguei um monte de panquecas (umas 10) e joguei mel por cima do monte. Estava uma delícia quando acabei. Minha mãe sabe fazer perfeitas panquecas. Sempre soube. Me levantei da mesa e fui até a porta. Precisava de ar fresco.

-Onde você vai, filho?

Não suportava essas perguntas sem nexo da minha mãe. Abri a porta e saí da casa. Pensei em ver minha amiga. Lisa. Todos da escola falavam que a gente namorava. Coisa de escola.

Fui até a porta da casa dela e toquei a campainha. Rapidamente ela abriu a porta.

-Oi... Lucas!

Ela já abriu a porta me abraçando rapidamente. Éramos amigos desde... sempre. Longa história.

-Oi de novo. Tem um dia que não te vejo.

Ela sabia que eu gostava de ir na casa dela. Éramos quase irmãos (não, não foi uma indireta à minha irmã).

-Quer estudar, Luquinha?

Ela também sabia que eu não gostava de que me chamassem assim. Sempre ela me provocava. Igual minha irmã.

-Temos prova essa semana?

-Sim, de Química.

Mesmo falando de um terrível assunto, como provas, seu sorriso continuava em seu rosto. E eu nunca lembrava sobre as provas que tinha. Sempre era ela que me lembrava.

-Eu não sabia que tínhamos prova essa semana.

-Você nunca sabe nada sobre as provas. Vem. Vamos estudar.

Odiava Física. Era uma das 10 matérias que eu mais odiava. E eram 11 matérias. Eu só gostava de Educação física. Nos sentamos (ela com um livro e eu... sendo eu, sem nenhum livro na mão). Ela começou a falar umas coisas que eu não entendia. Misturava números e letras. Tédio. Olhei a janela, disfarçadamente. Eu gostava da Lisa mas eu não entendia nada que ela falava.

MM - A MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora