Capítulo 19

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Dimitri Belikov

Eu estava num lugar estranhamente familiar para mim e mesmo que estivesse confuso sabia disso... Estava em casa, sim estava na Rússia com minha mãe, irmãs, a assustadora da minha tia Yeva me encarando de um canto e lá estava ela... Mas a questão era... Quem era ela e porque estava ali também? Oh meu Deus! Eu lembrava dela agora. Aquela era a Guardiã Hathaway Mazur e eu a estava beijando enquanto almoçavamos macarronada. Deus, eu a amava tanto que chegava a doer em mim de uma forma estranhamente prazerosa, mas que estranho eu não lembrava de ter feito aquilo recentemente, então isso na verdade era uma lembrança e não exatamente um sonho. Mas eu não tinha memórias de vida antes de acordar no hospital, então... Ah caramba, isso era porque não eram minhas lembranças... Eram... Oh Droga!
- Jesus! -Acordei de repente, suando frio quase caindo da cama de cara no chão, me sentindo um pouco perdido na escuridão que envolvia o quarto.
Sentei na cama num pulo, praticamente jogando os cobertores no chão, passando as mãos pelos meus cabelos curtos repetidas vezes, levantei rapidamente encontrando o interruptor alguns passos a esquerda do quarto e então sorri com a visão que encontrei a minha frente, a Guardiã Hathaway estava dormindo no tapete branco, toda encolhida como uma bolinha, usando meu sobretudo como cobertor. Oh Deus, ela parecia até mesmo um anjo estando daquele jeito.
Sorri me agachando ao lado dela com todo o cuidado, para não correr o risco de acordá-la e levar um soco no nariz por acordá-la no susto e então algo mais ou menos estranho me ocorreu naquele momento. Eu podia tentar entrar na cabeça dela por ela ser parte Moroi e por ela ter me puxado da morte me tornando assim um "Beijado pelas Sombras". Tudo bem que entre beijar sombras e os lábios dela, a escolha era óbvia e a analogia idiota, mas não deixava de ser uma espécie de piada, mesmo que sem graça... Talvez assim eu encontre a resposta para o que está acontecendo com a minha cabeça, desde o dia que acordei no hospital. Não era certeza absoluta, mas eu precisava tentar mesmo assim.
Deitei no tapete azul marinho ao lado dela devagar e fechei os olhos, tentando relaxar meu corpo ao máximo para fazer aquilo funcionar e foi então que senti acontecer. Eu não estava exatamente acordado, mas também não estava dormindo. O cenário a minha volta era o ginásio da Academia São Vladimir, Rose estava bem no centro, vestindo roupas de ginástica que me eram estranhamente familiares, ela estava concentrada socando um saco de areia em movimentos agressivos para seu pequeno corpo. Ela aparentemente não me viu chegando por estar com fones de ouvido e então a toquei no ombro, quase levando um soco no nariz que graças aos meus aparentes bons reflexos bloqueei a centímetros do meu rosto.
- Alguma coisa disso é familiar pra você, Camarada Belikov? - Perguntou ela dando uma leve risada, mostrando que eu tinha que me lembrar daquilo, porque era um momento importante.
Por alguma razão ouve um estalo em minha cabeça junto com uma lembrança. Sim já havíamos feito aquilo antes, quando ela ainda era a minha aluna.
- Gosto da sua risada. Singular, não plural. É a primeira vez que eu escuto. -Dissemos praticamente juntos, mantendo os olhos fixos um no rosto do outro. -Então... Tem algo mais que queria me mostrar.
O jeito malicioso que ela me olhou em seguida de nossas palavras... Ah meu Deus, eu lembrava daquilo perfeitamente...
- Rose, eu... -Comecei a dizer que me lembrava, então tudo ficou tremido. - O que está havendo? Porque está tudo se desfazendo desse jeito?
- Espera! Eu não estou sonhando então? Você está mesmo na minha cabeça, Dimitri? Ah meu Deus! Você usou a ligação do Espírito para entrar na minha cabeça, como eu faço com a Lissa! - Disse ela incrédula, quando a puxei do chão de encontro ao meu peito. - Explicações depois Camarada, têm alguma coisa tentando nos acordar.
E então acabou. Abri os olhos e Rose estava de pé ao telefone, pela sua expressão não pareciam exatamente boas notícias.
- Rose, o que exatamente está acontecendo? Alguma coisa com a Academia? -Perguntei parando ao lado dela, também preocupado com seu silêncio e sua expressão.
Ela finalmente me encarou após vários minutos em silêncio, concentrada no que lhe diziam do outro lado da linha, agora suavizando a expressão quando seus olhos encontraram os meus e então desligou a chamada sorrindo de um jeito estranho. Era encantador de um jeito que me dava vontade de prensar seu corpo na parede mais próxima e cobri-lo com meus braços, lábios e possuí-la no tapete que anteriormente estávamos deitados.
- Kirova nos convocou para dar as boas vindas aos novos alunos que acabaram de chegar transferidos de San Blazio. Vamos encontrar com eles no ginásio principal em 15 minutos, provavelmente vão pedir uma demostração de treinamento. -Rose me encarava, parecendo não saber exatamente o que havia acontecido. - Dimitri enquanto eu dormia no tapete... Você... O modo como agiu enquanto estava na minha cabeça...
- Sim. Aquilo foi mesmo um reflexo das minhas memórias com você, quando estávamos aqui... Eu não sei explicar como ou porque, mas parece que está voltando tudo aos poucos. -Expliquei enquanto me arrumava rapidamente com uma roupa mais adequada para o ginásio. - Eu lembrei de mais uma coisa também.
- O que mais você lembrou, Dimitri? -Perguntou ela parando ao meu lado, com expectativa em seus olhos e ainda assim sem ter a menor ideia do que aquilo significava exatamente.
Me aproximei em silêncio, passando minha mão por trás da nuca dela com muito cuidado, prendendo algumas mexas de seu cabelo em meus dedos levemente e então juntei nossos lábios num beijo apaixonado, cheio de luxúria também.
Estava na hora de reconstruir algumas memórias.... Provavelmente as melhores que já tive em muito tempo.
- O que exatamente estamos fazendo, Dimitri? -Perguntou ela gemendo em meu ombro, quando puxei sua camiseta para cima e praticamente arranquei seu sutiã, com isso imediatamente meu pau deu sinal de vida ficando duro feito aço, cutucando a barriga dela ainda na cueca, mas não por muito tempo.
- Tudo. -Respondi com um sorriso propositalmente malicioso, praticamente atacando os seios dela com a boca, fazendo-a quase gritar de prazer em meu colo.
Oh Deus! Aquilo não iria prestar... Quer dizer, com ou sem memórias, tudo que eu queria era estar dentro dela e fazê-la sentir o quanto eu estava apaixonado e disposto a construir nossas novas memórias.
Chupei um dos seios dela com intensidade e carinho, enquanto apertava o outro com uma força controlada, para não machucá-la em momento algum, sentindo-a se contorcer em meus braços enquanto gemia em meu ombro, conforme eu intensificava minhas investidas com a língua em sua pele branca, que estava ficando cada vez mais vermelha e quente, desci as mãos para sua calça de ginástica, puxando a mesma para baixo enquanto ela tirava o tênis aos chutes, os fazendo voar pelo quarto. Virei com ela nos braços deitando-a na cama que havia no canto do cômodo com cuidado, tirei minha camisa enquanto tirava os tênis com os pés, assim como ela havia feito, depois a calça junto com a cueca box preta, vendo seus olhos brilharem de excitação encarando meu corpo nu.
Me inclinei bem devagar cobrindo o corpo dela com o meu cuidadosamente, de uma forma que ainda pudesse sustentar o peso do meu corpo com os braços, unindo nossos lábios num beijo calmo que foi pegando intensidade a cada segundo, logo suas pernas travaram em "X" em minhas costas, fazendo minha ereção tocar a entrada de sua intimidade quase bruscamente, apertei sua coxa como um aviso de que iria penetrá-la naquele instante, recebendo uma mordida no pescoço em consentimento, senti as presas dela roçando minha pele devagar, causando-me arrepios como pequenos choques por todo o corpo repetidamente, então sabendo o que viria a seguir entrei nela de uma vez, assim que seus dentes finalmente me furaram a pele.
Eu mexia os quadris investindo fundo e rápido para dentro dela e o fato dela estar bebendo o meu sangue, fazia meu pau ficar incrivelmente ainda mais duro dentro dela, que apesar de ter dado a luz continuava impossivelmente apertada, aumentando o prazer em níveis inacreditáveis, sendo assim meu corpo estava cada segundo mais disposto a marcar presença dentro dela. Em algum momento, Rose lambeu meu pescoço provavelmente fechando os furos da mordida ou selando ou algo assim, para parar de sangrar e então o que ela fez em seguida quase me matou de tanto tesão.
- Porra! Por Deus, Roza! -Praticamente gritei segurando a cintura dela com força, enquanto ela subia e descia em meu pau com movimentos constantes e ritmados.
- Disse que iríamos construir novas memórias Dimitri, vejo que começamos muito bem com isso. -Disse ela de forma provocante, rebolando freneticamente com meu pau todo dentro dela, arrancando-me suspiros de prazer. - Pode não lembrar quem eu era no passado, mas juro que depois de hoje voltarei a ficar marcada na sua alma, Camarada.
Rose me encarou com aquelas lindas órbitas azuis de seu lado Moroi, inclinando a cabeça levemente para o lado esquerdo, parecendo se divertir com meu estado, mordendo o lábio inferior de um jeito que deveria ser considerado crime, então para minha total frustração, saiu de cima de mim ficando em pé alguns passos longe da cama. Sério isso? Justo agora?
- Rose, isso é sério mesmo? -Questionei franzindo a testa, sem entender o que ela pretendia.
- Fecha os olhos, Dimitri. - Ela finalmente pediu, cortando o silêncio enquanto prendia os cabelos numa espécie de coque frouxo, novamente mordendo o lábio inferior do mesmo jeito que me deixava louco ao me lançar um olhar perigoso.
Será que estava na hora de temer pela minha vida? Porque ao passo que estávamos indo, minha Roza certamente me mataria.
- Me dá uma boa razão pra fazer isso Rose, quem sabe funciona. -Respondi a encarando com desconfiança.
Ela erqueou as sobrancelhas, formando uma linha reta com os lábios. Estou morto!
- Não estou pedindo pra lutar sozinho contra um exército de Strigois usando só as mãos seu bobo, só quero que feche os olhos por um momento. Confie em mim, por favor -Falou ela revirando os olhos, parecendo impaciente.
Ainda meio indeciso com relação ao pedido dela, lentamente fechei os olhos tenso com o silêncio que havia se formado a minha volta e então aconteceu...
Puta que pariu!
- Roza! - Gemi apertando os olhos de prazer, quando senti os lábios dela envolvendo a cabeça do meu lembro.
Abri os olhos devagar, crente de que Rose estava tentando acabar comigo ao fazer aquilo, ela tinha um ar malicioso incrível nos olhos, enquanto deslizava lentamente a boca pelo meu pau engolindo boa parte dele, sua língua começou a trabalhar na extensão, parecendo fazer uma espécie de dança erótica por todo o comprimento. Ela subia à cabeça bem devagar, tirando quase todo meu membro de sua boca o prendendo com cuidado com o dente, então descia a cabeça novamente de uma só vez me fazendo perder a razão. Os momentos começaram a se intensificar, então com isso resolvi que estava na hora de mostrar porque não se brincava com um leão usando uma vara tão curta.
Afastei o rosto de Rose do meu membro a deixando levemente confusa. A puxei pra cima deitando-a na cama, abrindo suas pernas para ficar entre ela, fiz um caminho com a língua por seu pescoço enquanto minha mão descia por seu corpo chegando em sua vagina, abri os grandes lábios o mais lentamente possível para me vingar e depois fiz pequenos movimentos com os dedos, sentindo sua umidade pela excitação e o clitóris inchado de prazer, mostrando que ela estava louca por sexo tanto ou mais do que eu, se isso fosse mesmo possível. Não consegui conter um sorriso perverso, quando comecei a fazer movimentos circulares lentos com os dedos naquela área, fazendo-a fechar os olhos gemendo enquanto mordia o lábio e rebolava em meus dedos, fazendo meu pau latejar.
Ah que se foda o meu controle e com ele todo o resto, estava cansado de me segurar com medo do que poderia acontecer a seguir. E porque? Porque na pior das hipóteses, ela pensa que a deixei de amar com a perda de memória e não era assim... Com relação a nós dois... Parecia... Eu a amava mais do que tudo no mundo, assim como também amava nossas filhas. Nossas princesas. Minhas Mini-Roses provavelmente futuras causadoras de dor de cabeça, mas eu não ligava, porque eu as amava e não iria abrir mão disso.
- Sabe Rose, eu não lembro do que tínhamos ou o que éramos antes de acordar naquele maldito hospital a duas semanas, mas eu sei do agora. E tudo que eu quero agora mais que qualquer coisa no mundo, é que saiba... -Falei lentamente fixando meus olhos nos dela, ainda com a mão em sua vagina fazendo os mesmos movimentos, não dava pra evitar, o corpo dela me deixava maluco.
- O que? O que quer que eu saiba, Camarada Belikov? -Perguntou ela segurando meus braços e os apertando, fazendo suas unhas afundarem levemente na pele, causando-me uma onda de dor suportável e até mesmo prazerosa.
- Eu te amo e amo as nossas filhas, Nicolly e Zoey, mais do que consigo descrever. Não trocaria vocês por nada, nem pelas memórias antigas ou qualquer coisa que seja. -Falei a beijando com intensidade, enquanto tirava meus dedos de sua intimidade e substituía por uma investida com meu membro sem aviso, a fazendo arfar de prazer nos meus braços.
O que era o sexo? Digo, não na prática, mas na teoria. Sexo? Sexo era algo que as pessoas faziam provavelmente pela excitação de viver só um momento e nada mais... Não haviam razões concretas, por isso o sexo em si não é exatamente grande coisa como todo mundo pensa.
Fazer amor. Isso sim era mais complexo e totalmente diferente de apenas "Fazer sexo". Porque pra começar, os motivos para se fazer amor eram bilhões de vezes melhores e mais intensos... Era... Oh céus era tornar dois corpos um só, unindo não apenas partes íntimas do corpo, expandia para além do momento carnal. Era mais que uma troca de carícias e movimentos sincronizados. Fazer amor era uma questão de algo a mais, os corpos se tocam, mas são as almas que se conectam... Era ter todo o paraíso... Segurar todo o nosso mundo na palma da mão e não querer sair dali por nada. É se sentir em casa, mesmo estando fisicamente em qualquer lugar do mundo. E era exatamente assim que me sentia quando estava com Rose, estando ou não daquele jeito. Aquele era o meu lugar. A minha casa. A minha Rose.

Finalmente consegui postar.
Minhas leitoras lindas, quero pedir desculpas por demorar tanto.
E pra compensar os dias que não postei, vou disponibilizar mais 2 capítulos hoje.
Amo vocês, continuem lendo, votando e comentando ♥

Laços da Alma - Fanfic Academia de VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora