Capítulo 5

1.5K 118 0
                                    

Capitulo 5:

Acordo de mais um dos meus pesadelos, sentindo pelo meu corpo a dor, como se tudo aquilo fosse realmente real, encharcado de suor, levanto e tomo um banho morno para me acalmar e tentar enfrentar este primeiro dia do último ano da escola secundária.

Me mudei faz dois anos para esta casa com meus pais, mas eles raramente estão em casa, por isso eu mesmo tenho que preparar meu pequeno-almoço, e essas coisas todas, apesar de uma senhora vir aqui 2 vezes na semana fazer limpeza e cuidar das roupas.

Preparo então o meu pequeno-almoço, e logo depois o como fazendo o que sempre faço, espio a casa da minha vizinha, eu nunca fui capaz de lhe dirigir a palavra, mas eu estou caidinho por ela, eu quero tentar aproximar-me, mas assim que ela souber o meu segredo eu tenho certeza que ela me deixará.

Subo para o meu quarto para pegar os meus materiais e abro minha janela, como todos os dias, mas hoje tenho uma surpresa agradável, que melhora um pouco minha manhã, eu a vejo, e então nossos olhares se cruzam, mas eu logo desvio o olhar, e saio do quarto.

Saio de casa com meu carro e passo na casa de Aspen, o meu único e verdadeiro amigo, e que sabe de toda a merda que é meu passado, e ele me ajudou a tentar superar, mas desde aquilo que aconteceu eu nunca mais fui capaz de me relacionar bem com ninguém, principalmente meninas.

- Chegou cedo hoje! – Brincou Aspen ao entrar no carro.

- Bom dia para ti também, tudo bem? – Falei provocando.

- Bom dia! Vamos logo, eu quero ver a Lucy, mesmo que de longe. – Pediu.

- Porque não vais falar com ela de uma vez? – Perguntei, dando partida no carro.

- E tu, porque não vais falar com a tua vizinha? – Provocou.

- Aspen, tu sabes o porquê. – Suspirei.

- Vais ficar a vida toda com medo que a pessoa que amas te rejeite pelo teu passado? – Perguntou irritado.

- Se isso fizer com que ela não me odeie, é o que farei. – Respondi.

- Mas tu nem tiveste culpa, foi ela que te obrigou. – Falou ainda irritado.

- Vamos parar de falar nisso, por favor, já me basta os pesadelos com essa mulher e o que ela me fazia. – Pedi.

- Tudo bem. Desculpa. – Pediu.

- Eu estou pensando em me aproximar dela, mas sem que ela saiba que sou eu, mas eu não sei como. – Falei pensativo.

- E se colocasses coisas no armário dela e assinasses como Admirador Secreto? – Propôs.

- Estás louco? Mas é claro que não! – Respondi, mas fiquei pensando naquilo.

- Tu é que sabes, agora vamos entrar logo, a aula ta quase a começar. – Falou enquanto saia do carro, assim que estacionei.

Ao chegar a sala notei que minha vizinha seria da mesma turma que eu, assim vou poder observa-la um pouco mais todos os dias, só não gosto de a ver andando sempre com aquele Finnick, e ele vive na casa dela. Durante a aula olhava para ela disfarçadamente, e então o que Aspen me disse voltou aos meus pensamentos e então decidi que seria isso mesmo que eu iria fazer.

Estava almoçando na cantina da escola e pensando o que eu deixaria no armário dela, estava concentrado escrevendo o bilhete, quando notei que ela me olhava, então olhei de volta e nossos olhares se encontraram de novo, dei um pequeno aceno com a cabeça e voltei a desviar o olhar.

Acabei por escrever uma frase simples, mas que significasse alguma coisa, ficou assim: "O dia amanheceu mais lindo hoje, só por poder ter o prazer de contemplar sua beleza. Ass: Admirador Secreto". Então levantei-me colocando seus fones de ouvido e pegando a mochila, fui direto ao armário dela e vi se não tinha ninguém no corredor, então abri e coloquei lá o cartão de maneira que ela o visse.

Admirador SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora