Capítulo 28

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Capitulo 28:

Peeta:

Depois da consulta, estávamos os dois preocupados e ainda em estado de choque pela notícia de um segundo filho. Eu tenho que admitir que eu estou com medo, muito medo mesmo, mas ao mesmo tempo eu estou feliz. Vou ser pai duas vezes num espeço de poucos meses.

Se tudo correr bem, claro. Mas eu troço para que dê!

No carro o silêncio é perturbador, Katniss olha pela janela e aperta freneticamente dos dedos das mãos uns nos outros. Ela está em choque e com medo do que possa acontecer.

- Katniss, vai ficar tudo bem. – Apertei suas mãos e lancei-lhe um rápido olhar.

- Eu tenho medo. Eu não quero perder o nosso filho, quer dizer, nenhum dos dois. – Sua voz estava embargada e ela apertava a minha mão.

- Eu também não quero amor. Mas vamos seguir todas as recomendações da doutora e ter todos os cuidados necessários. Vai correr tudo bem. Eu prometo. – Beijei sua testa e acariciei seu rosto assim que parei num sinal vermelho.

- Não prometas o que não podes cumprir, Peeta. – Começou a chorar.

- Amor não chora. Eu prometo que farei tudo o que me for possível para que tudo corra bem. – Tentei convencê-la e também a mim mesmo. Eu tinha medo de perder os três, agora eles eram a minha vida.

Katniss não voltou a falar mais nada, encolheu-se no banco e em silêncio chorou um pouco mais. Acho que ela não me queria preocupar, mas eu já estava preocupado e olhando para ela notei que parecia imensamente cansada.

- Amor queres ir para casa ou ainda queres ver a surpresa que andei a preparar? – Perguntei um tempo depois.

- Quero ver essa surpresa. – Limpou as lagrimas e sorriu. Sorri de volta.

- E para onde é que vamos? – Perguntou em seguida.

- Calma, já vais ver. Estamos quase a chegar. – E estávamos mesmo. Virei na rua à frente para a direita e logo parei em frente à casa.

- Uau! Olha só o que fizeram a esta casa! Ela está linda. Ela era abandonada e estava quase em ruinas. – Katniss começou a falar assim que a viu.

- Então ainda bem que gostaste amor. – Falei e saí do carro sem esperar para ver a reação dela.

- Como assim? – Perguntou confusa assim que saiu do carro. Abracei-a de lado e olhei para a casa a sorrir.

Ela olha da casa para mim, de mim para a casa algumas vezes e depois para como se já soubesse a resposta. Tiro a chave da casa do bolso e entrego-lhe.

- Que tal entrarmos na nossa casa? – Perguntei a sorrir. Ela apenas arregalou aqueles grandes olhos cinza e suas pernas cederam. Agarrei-a imediatamente.

Ela desmaiou!

Entrei em casa com cuidado com ela nos meus braços e deitei-a num sofá velho que ainda tinha na sala, onde os trabalhadores da reforma faziam a pausa da tarde.

- Amor acorda. Acorda Katniss. – Chamei varias vezes de forma suave e aos poucos seus olhos foram abrindo.

- O que aconteceu? E onde é que estamos? – Perguntou confusa olhando em volta.

- Desmaias-te amor. E estamos na nossa casa. – Respondi acariciando seus cabelos.

- Como assim nossa casa Peeta? – Perguntou confusa e até um pouco irritada.

- Digamos que as meninas me falaram desta casa há algum tempo e que eu resolvi compra-la para nós. – Respondi e ela sorriu lindamente, mas notei seus olhos encherem-se de lagrimas.

- Era...era esta a surpresa? – Perguntou começando a chorar.

- Sim amor, porquê? Não gostaste? – Perguntei começando a preocupar-me.

- Eu amei. Ela está linda, ela é perfeita. Obrigada, amor. – Atirou-se em meus braços com um abraço forte e chorou ainda mais.

- Enão porque é que estas a chorar? – Perguntei preocupado.

- Amor, são os hormônios. Desculpa. – Afastou-se e beijou-me.

- Eu estava a ficar preocupado pequena. – Falei entre vários beijinhos. Ela riu.

- Desculpa. – Pediu envergonhada.

- Queres conhecer o resto da casa? Eu ainda tenho uma coisa para te mostrar. – Limpei suas lagrimas que teimavam em descer pelo seu lindo rosto.

- Claro que quero. E há quanto tempo é que compras-te a casa e começas-te a fazer a reforma? – Perguntou enquanto andávamos pela casa.

- Depois de pedir-te em casamento e saber que vou ser pai. – Sorri, lembrando-me da noite em que isso aconteceu.

- E porque não me contas-te antes? Eu queria ajudar com as coisas da reforma. – Resmungou.

- Porque eu queria fazer-te uma surpresa. Era só para ser daqui a um mês, quando tudo já estivesse pronto. – Informei.

- Então porque me estas a mostrar agora? – Perguntou parando em frente a uma porta. Que por acaso é a porta do quarto no nosso filho. Agora dos dois!

- Porque pensas-te que eu estava a trair-te. Ontem eu estive aqui neste quarto. – Respondi abrindo a porta. Ainda cheirava a tinta.

- Está lindo. Imagina só quando tiver decorado? – Observou atentamente o comodo.

- Este quarto pintei-o para o nosso filho, mas acho que agora será para os dois. – Ri.

- Ai meu Deus! Vai ficar perfeito Peeta. Obrigada. – Abraçou-me apertado.

- Não tem de quê! Eu faço isto por vocês. Eu amo-vos de mais. – Sussurrei em seu ouvido.

- E nós te amamos.

*---*

- Achas que devemos contar já para os nossos pais sobre o segundo bebe? – Katniss perguntou quando regressávamos para as nossas casas.

- Acho melhor ainda não. Vamos esperar o resultado dos exames e depois contamos. Não queremos que ele fiquem preocupados, já chega nós dois. – Respondi calmamente.

- Posso contar ao Finn? Eu preciso de desabafar. – Pergunta angustiada.

- Claro, pequena. Mas também podes falar comigo, eu estou aqui para ti, para vocês. – Acariciei seu rosto e beijei sua testa assim que estacionei o carro em frente as nossas casas.

- Obrigada, amor é muito bom ouvir isso. – Sorriu e beijou-me.

- Vamos entrar. Precisas de descansar e de comer alguma coisa. Agora tens duas criaturazinhas para alimentar. – Falei abrindo a porta do carro, mas Katniss me impediu, agarrando a minha mão.

- O que foi amor? – Perguntei confuso.

- Preferes que seja um menino ou uma menina? – Perguntou sorridente acariciando sua barriga.

- Eu não ligo para isso, pequena, só quero que sejam fortes e saudáveis. – Respondi olhando-a nos olhos e acariciando também a sua barriguinha.

- Eu também não ligo, mas a verdade é que já imaginei um menininho loirinho e de olhos cinza. – Riu envergonhada.

- E porque não uma menininha moreninha e de olhos azuis. – Perguntei sorrindo a desafiando.

- Porque os teus olhos são feios. – Respondeu e saiu correndo do carro. Fui atras dela conseguindo apanha-la quando já quase entrava em casa.

Estamos a rir quando entramos juntos e quem estava na sala parou o que fazia para nos olhar. Foi quando Katniss parou de rir e precisei agarrá-la rapidamente e com força.

- Acho que preciso mesmo de comer alguma coisa. – Falou mole.

- Peeta vai preparar alguma coisa para ela lá na cozinha. Deixa que eu a levo para o quarto. – Finn falou levantando-se do sofá e a pegando no colo. Logo já estava a subir as escadas e eu encaminhando-me para a cozinha.



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