Capítulo 7

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Quando acordei já era dia, o sol entrava fraco pela janela do meu quarto, tentei levantar-me ainda sonolenta, mas alguém me impedia, Finnick, ele tinha uma perna e um braço por cima de mim, enquanto ainda dormia. Decidi acorda-lo para perguntar o que fazia ali.

- Finnick... Finn, acorda. - Falei serenamente, balançando-o, e ele aos poucos abriu os olhos.

- Oi, bom dia. Está melhor? - Saudou sonolento e perguntou.

- Bom dia. Estou bem, porquê? - Perguntei confusa, não sabia do que ele estava falando.

- Ficaste bem abalada com o que aconteceu ontem, dormi aqui porque não paravas de chamar por ele. - Respondi e eu fiquei ainda mais confusa.

- O que aconteceu ontem? E eu chamei por quem? - Perguntei cada vez mais confusa.

- Não te lembras de nada? - Perguntou, não ligando as minhas perguntas.

- Não Finn, importas-te de me explicar! - Pedi irritada.

- Ontem fomos a casa do Peeta, o encontras-te se mutilando e todo ensanguentado, o ajudas-te e tiveste com ele até ir para o hospital. Não te lembras? - Explicou, e aos poucos todas aquelas imagens dele encolhido, o sangue, seus gritos, tudo veio de volta e eu pulei da cama.

- Tenho que o ver, porque me deixaram dormir tanto? Como ele está? Aspen disse alguma coisa? Fala Finn! - Falei desesperada, soltando todas as perguntas.

- Calma Kat, assim não o podes ajuda. Deixamos-te dormir, porque estavas abalada, e chamas-te por Peeta a noite quase toda. Aspen ligou, ele precisou de uma transfusão de sangue, alguns ferimentos são um pouco graves, mas ele aparentemente está melhor. - Finn respondeu com calma, e agarrando meus ombros enquanto me olhava nos olhos, e sei que suas palavras eram verdadeiras.

- Ok, já estou calma, podemos ir por favor? - Pedi, calma mas desesperada.

- Podemos, mas tens que tomar o pequeno-almoço antes. - Avisou.

- Não tenho fome, Finn. - Informei.

- Se ficares doente, não vais poder ajuda-lo Kat, por favor, faz isso por ele. - Pediu meu irmão, preocupado comigo como sempre.

- Obrigada por cuidares de mim e me apoiares peixinho. - Falei atirando-me nos braços de meu irmão, que logo retribuiu meu abraço.

- Sempre Schatz! - Afirmou, apertando-me mais.

- Já falei para não me chamar assim Finn. Agora deixa eu trocar de roupa, quero ver como Peeta está. - Falei.

Finn saiu do quarto me deixando sozinha, olhei pela janela do meu quarto vendo a janela de Peeta, e me lembrando de tudo o que aconteceu naquele quarto, ainda bem que o consegui acalmar, doeu tanto vê-lo naquele estado, complemente perdido, sofrendo, mutilando-se, seu gritos destroçando meu coração.

Tirando esses pensamentos da minha mente, tomo um banho rápido e visto uma roupa confortável, penso ficar naquele hospital até que Peeta esteja bem e ele mesmo me assegure disso, na minha bolsa, coloco meu telemóvel, carregador, fones de ouvido, meu tablete, um livro para ler e um caderno, onde aponto coisas para não me esquecer ou meus pensamentos, até medos.

Quando pronta desço para tomar o pequeno-almoço, ao entrar na cozinha, todos me olham preocupados, mas apenas me dão bom dia e não perguntam nada, tomo meu café com leite, duas torradas com doce de mirtilo, uma fatia de queijo com bolo de cenoura e um pouco de sumo de laranja, no fim peço a Finn para irmos.

- Podemos ir Finn?

- Podemos. - Responde.

- Deem noticias e não voltem tarde. - Pediu mamãe.

Admirador SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora