Capítulo 6

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2 meses depois

Dois meses se passaram e minha amizade com Peeta ficou bem balançada, só nos vemos na aula, ou quando é para fazer trabalhos, ele não fala comigo mais comigo normalmente, nem tem suas brincadeiras, anda distante, só seu amigo Aspen consegue algo dele, pelo menos até ele deixar de vir a escola.

Faz duas semanas que Peeta não vem as aulas, mas eu sei que ele não viajou, ou coisa do tipo, eu vejo luz no seu quarto todas as noites, ouço ele mandar todos os que lá aparecem embora e o que mais me atormenta é seus gritos durante a noite.

Já tentei junto com Aspen fazer ele abrir a porta, mas ele se recusa, e eu aposto que ele nem tem comido, eu sinto que tenho de fazer alguma coisa, mas eu não sei o quê, nem como fazer.

Mais uma vez estou na escola, no fim da última aula, finalmente, e tomei a decisão de que vou entrar em sua casa esta noite, assim que os gritos começarem, mas vou precisar da ajuda de Aspen e meu irmão, pois não sei o que encontrarei quando entrar. No fim da aula, peço para falar com Aspen.

- Aspen. Podemos falar? – Perguntei.

- Se é para saber do Peeta, eu não consigo falar com ele. – Responde.

- É sobre o Peeta, mas não isso! – Afirmei.

- Então o que é? – Perguntou preocupado.

- Eu vou entrar na casa dele hoje, só queria pedir-te para que vás comigo. – Respondi.

- Vais entrar? Como? – Perguntou confuso.

- Arrombamos a porta, partimos uma janela, sei lá. Só sei que hoje eu entro lá e nada me vai impedir. – Falei convicta.

- Tudo bem, eu te ajudo. Mas porquê toda essa preocupação? – Perguntou curioso.

- Sou amiga dele, mesmo ele não querendo. – Falei.

- Só isso mesmo? – Perguntou malicioso.

- Aspen! Te espero as 8h lá na casa do Peeta. – Repreendi. E sai para ir embora.

*---*

São por volta das 7.40h quando seus gritos começam, e hoje eles estão mais sofridos, não consigo mais ficar parada em meu quarto ouvindo isso, saiu e vou ao quarto de Finn.

- Finnick, vem comigo, preciso da tua ajuda. – Peço já o puxando para fora de seu quanto.

- Que foi Kat? Pareces transtornada. – Pergunta preocupada.

- Eu não aguento mais ouvir o Peeta gritando e não saber o que se passa. – Respondi já com lagrimas nos olhos.

- Calma Kat, vai fazer o quê? – Perguntou abraçando-me.

- Eu vou entrar naquela casa e ver o que se passa. – Falei saindo do abraço.

- Kat... - Não deixei ele falar.

- Por favor me ajuda. – Pedi chorando.

- Vamos então. – Falou e saímos em direção a casa de Peeta.

- Vamos para a porta dos fundos. – Falei mais calma. Assim fomos.

- Arromba a porta Finn. – Mandei. Assim fez, e nesse momento Aspen apareceu.

- Eu entro Katniss. – Falou Aspen.

- Não, eu entro! – Falei decidida.

- Kat não sabemos o que está acontecendo, nós vamos. – Falou Finn.

- Já disse que não! Eu vou, se demorar entrem, ou eu chamo. – Gritei e entrei sem deixar eles me impedirem.

Entrei com cuidado, vendo que a cozinha e a sala era uma desarrumação completa, subi as escadas e me dirigi ao seu quarto, onde seus gritos eram cada vez mais percetíveis, abri a porta devagar me assustando com o que via, sangue, sangue por todos os lados.

Admirador SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora