Capítulo 37: Epilogo

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Capitulo 37: Epilogo

Depois do casamento, veio a lua-de-mel recheada de calor nas águas límpidas e quentes de Itália. Uma vista magnífica do mar, o por-do-sol e o vulcão da ilha em frente, que de quase hora em hora, expelia lava.

As noites de amor banhadas de calor, estrelas e o som das ondas do mar, tão pertinho de nós, foram intensas. As juras de amor nos braços um do outro, as respirações aceleradas e entrecortadas, as promessas de um 'felizes para sempre' feliz e para toda a vida.

A vontade de nunca mais voltar para continuar a viver este sonho, e a mesma vontade de voltar para junto daqueles que mais amamos, a nossa família, nosso pequenos frutos ainda tão dependentes de nós. A saudade que já nos mata por perdermos momentos dos nossos meninos.

Tudo isso vem á minha mente de repente, o que me faz abrir um sorriso. Volto o meu olhar para os papéis nas minhas mãos. Faz dois meses que voltamos de Itália, duas semanas que descobri e ainda não sei bem como reagir. A vontade de ser mãe novamente é assustadora e ao mesmo tempo magica. O medo me assombra e a possibilidade de passar por tudo de novo é insuportável.

Não sei como contar ao Peeta, mas sei que tenho de contar. A minha barriga de dois meses de gémeos já começa a notar-se. Gémeos! Eu ainda não acredito que para além de estar gravida eu vou ter gémeos. Mais duas crianças para cuidar. Fomos imprudentes por não usarmos proteção, enquanto eu não posso tomar medicações por causa de amamentar os meninos. Mas também não pensei que o meu corpo já estaria pronto para conceber.

Ouço o barulho da porta a abrir e escondo rapidamente os papéis, Peeta já me viu com eles antes mas não questionou. Toby entra no meu quarto gatinhando todo alegre e Peeta vem logo atras com Cal no colo a bater palminhas e aos gritinhos. Peeta me olha desconfiado e depois olha para o meu lado, onde escondi os papéis debaixo da almofada. Pela terceira vez apanhou-me.

Peeta deixa Cal no chão que começa a queres engatinhar junto do irmão, observo os dois e penso que mais dois vem a caminho, sorrio internamente. Ele vem sentar-se ao meu lado e o meu coração acelera, a minha respiração fica irregular e o nervosismo do momento e da novidade corroem as minhas veias como veneno, ardendo por onde passa.

- O que tens? – Pergunta segurando as minhas mãos.

- Nada. – Respondo sem encara-lo.

- Nada não, Katniss. Estás estranha à dias e não é a primeira vez que vejo que estas como esses papeis. O que se passa? – Pergunta agora irritado. Fico em silêncio por um tempo para ganhar coragem. Então decido dar a novidade de maneira diferente e meio estranha.

- Ok. Podes explicar-me como é que vais ser pai outra vez? – Pergunto séria.

- O quê? Quem te falou semelhante mentira? – Pergunta alterado.

- Isso não importa, Peeta. Mas é verdade e eu tenho provas disso. – Respondo fingindo irritação, mas por dentro quero rir da cara que ele faz, por outro lado, tenho medo da sua reação e de que possa ter mais um dos seus surtos.

- Como assim? Katniss, isso é impossível! Eu nunca te trai, eu saio de casa para o trabalho e do trabalho venho logo para casa. Isso é mentira! – Fala irritado e alto, o que faz os meninos nos olharem assustados e pararem com os seus resmungos.

- Tens a certeza do que estás a dizer? – Pergunto ao entregar-lhe os papéis.

- Mas é claro que tenho! – Responde convicto, depois olha para os papéis e analisa-os rapidamente, soltando um suspiro alto de alívio.

Admirador SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora