I wanna make you mine

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Shawn e eu saímos da escola, seu braço em minha cintura, e minha cabeça em seu ombro. 
Eu me sentia tao bem perto dele, tao segura, como se nada do que fizessem ou falassem me atingisse, como se aqueles olhares nos observando atravessar o campo não existissem. Começamos a caminhar na direção oposta a meu apartamento, não me dei ao trabalho de perguntar aonde estávamos indo pois confiava nele, e depois do que tinha acontecido naquela manha não estava com forças para discutir ou contrariar ele. Mas eu sabia que tinha que me abrir com ele, não estava sendo justa e clara quanto aos meus sentimentos. O problema era, como esclarecer para ele o que eu sentia, se nem eu mesma saberia identificar?!

- Katie, sobre o que Cam fez hoje... Bem, eu não sei o que dizer  ele nunca agiu dessa forma, nós sempre fomos amigos,  mas se ele continuar lhe tratando assim  não sei o que eu  seria capaz de fazer! - Estávamos na frente de uma lanchonete, ele para e me encara - Não vou deixar que ninguém te machuque. Prometo. - Ele me envolve em um abraço e, Deus, digo e repito, aqueles braços firmes me levavam aos céus. - Agora vem, vamos comer que a tarde será longa. - E assim entramos no restaurante. Lá dentro, enviei uma mensagem á mamãe avisando que passaria o dia fora. Fui ao banheiro lavar as mãos, e quando voltei Shawn já havia feito o pedido. Me sentei e me concentrei na mesa branca de renda que cobria a mesa, passei as mãos por ela, sentindo sua leveza e textura agradável , até chegar a ponta da diagonal, onde havia uma linha se soltando. Aquela linha estava sozinha e com um movimento errado, rasgaria o resto da toalha, e fazendo uma analogia reflexiva, percebi que minha vida era a toalha, e eu, bem, eu era a linha.

Depois de lancharmos, fomos até a sorveteria ali perto. Eu adorava sorvete, de todos os sabores, pra ser honesta, mas o meu preferido era de baunilha, que além do cheiro adocicado, tinha um gosto muito bom, Shawn pediu apenas uma latinha de coca-cola, e então nos sentamos em um banquinho de uma pracinha pequena do bairro. 

- Sabe, as vezes acho que sou uma pessoa de merda, por não conseguir  entender o que sinto, por fazer quem está ao meu redor se sentir mal, eu não sei lidar com os meus defeitos... - Desabafei de uma vez só, isso resumia tudo, mas ao mesmo tempo, não significava nada.

- Você não me faz mal, pelo contrário, nos raros momentos em que me sinto bem, me sinto real, são momentos que passo com você, Katie. Não entendo sua baixa valorização, você é uma pessoa tão incrível... eu seria capaz de tudo para que você me correspondesse um dia...

- O que te faz pensar que eu não sinto o mesmo? Eu gosto muito de você Shawn... só não sei se posso considerar isso algo bom, porque, bem, tenho sentimentos pelo... é, bom...

- Pelo Cameron!? Isso já está óbvio, mas quero que se decida logo, porque você não faz ideia do quanto dói saber que enquanto penso em você, você pensa nele.

- Desculpe. - Falo cabisbaixa olhando para os pés. Ele acaricia meu cabelo.

- Não tem porque se desculpar Katie, é impossível controlar nossos sentimentos, infelizmente.

Saímos da praça e começamos a caminhar em direção á casa dele, até passarmos na frente de uma livraria e eu plantar meus pés no chão diante da vitrine. 

- Meu Deus... MEU DEUS! - Falo, na verdade grito, sobre a visão do livro do Gayle Forman, que eu já havia procurado por todos os lugares mas até então, não tinha visto a capa ao vivo e em cores, entro em disparada na loja, deixando Shawn para trás, arranco o livro do mostruário da vitrine e me direciono ao caixa e compro na hora. Em menos de 5 minutos, estou fora da livraria, com o livro em mãos.

- O que foi isso? - Ele pergunta.

- Minha conquista - mostro o livro para ele como se fosse um troféu. 

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⏰ Última atualização: Nov 30, 2015 ⏰

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