Dia 1 - Sem Data.

194 5 6
                                    


Começo hoje a escrever esse diário de guerra, mas não sei ao certo que dia é hoje. Passei muito tempo desmaiado e agora que acordei não sei que dia é hoje.
Algo me diz que o meu desmaio foi o resultado mais feliz entre todos de meu batalhão. Devido a aquele ataque dos espartanos em nossa base, meu batalhão sofreu muito. Vi muitos corpos de bons soldados cairem, ao lado dos corpos de bons homens. O ataque era imprevisivel, pois era a unidade atecnológica deles. Eles não são identificados por rastreadores de tecnologia, pois invadem usando apenas roupas leves e armas. Apesar de tal despreparo, o ataque surpresa é o fator que os levaram a mil vitórias nessa guerra. Dos dez mil soldados que participam dessa unidade pelo mundo, apenas cinco morreram. Agora estou eu, aqui no meio de uma mata densa que se localizava ao lado de nossa base provisória. Não sei minha localição exata, logo não sei para onde seguir rumo. Bem, demorei muito tempo para escolher que caminho seguir... Sabia que em direção oeste, haveria provavelmente minha antiga base e até possiveis outras invadidas pelo exército do Espartanos. Esses malditos revolucionarios que utilizam um nome que faz jus a seus atos, truculentos e revoltosos. São anarquistas do mundo todo que se uniram secretamente e agora estão em guerra com as grandes nações. Eles se infiltram facilmente por serem simples pessoas que vivem o dia a dia comum. Eles conseguem se organizar de forma maravilhosa para os ataques. Além disso os malditos fizeram com que pequenas nações se voltassem contra as grandes e os apoiassem na guerra! O continente africano foi completamente dominado por eles, e agora se chama Olimpo. Os países da América foram dominados, com excessão de Estados Unidos, Brasil e Canadá. A Europa se encontra em uma situação muito dificil, pois apenas Alemanha, Italia, Reino Unido e França são livres. Na Ásia e Oceania, Japão, China e Australia lutam contra tais ideais anarquistas. A maior nação em questão territorial se encontra povoada por ambos os exércitos.
Na última vez que me localizei, meu exército havia acabado de recuar a fronteira do estado de São Paulo no Brasil. Isso porque a região sul se tornou independente de ambos exércitos e fechou as fronteiras com um exército muito bem preparado e o Pantanal acabara de ser dominado e fortemente influenciado pelos Espartanos. As regiões Sudeste e Nordeste são as mais importantes no momento, e devem ser protegidas, com exclusividade para São Paulo. Nosso momento vem sendo muito dificil. Nossas nações mantem apenas seus territórios mais influentes e importantes. Como os litorais norte-americanos, região de Sidney, as grandes regiões canadenses e metade dos territórios em países europeus aliados. A China está perto de ser conquistada essa semana, e o Japão é o unico inteiro. Esses malditos anarquistas destruiram meu batalhão e ainda estão presetes a vencer e mudar o planeta.
Agora eu me encontrono meio das trevas, ou melhor, de uma mata desconhecida. Eu não sei o que fazer para sobreviver, apesar de todos os treinamentos. Sei bem que primeiro preciso achar água. E isso faz com que eu me desespere. Eu não sei como, no estado de São Paulo, achar uma fonte de água potável. É algo muito raro aqui a tempos por conta de nossos habitantes. Mas eu subo numa árvore para visualizar a área em torno de mim. Quando chego ao alto, encontro não tão distante um local onde aves pousaram, provavelmente para beber água. Ao olhar para o sentido contrario, vejo o caos! Meu antigo batalhão estava com muitos corpos jogados ao chão. E eles não estavam simplesmentes jogados, estavam formando o simbolo dos Espartanos. Mas não haviam soldados anarquistas. Além disso, as barracas não haviam sido danificadas, e o suprimento continuava ali. Não entendi bem porque deixar o local bem arrumado, já que o unico motivo seria preservação de uma base que eles vão usar. Decido rapidamente correr até lá para me abastecer. Não demorarei, pois a noite está chegando. Corro e, ao chegar lá, pego uma bolsa e encho de suprimentos e medicamentos. E quando estava prestes a correr, vi que o centro de tecnologia estava intacto. Talvez pelo fato de que os soldados que lá trabalhavam foram rendidos. Corro até a unidade, pego um liquido e um celular. Coloco o liquido numa espécie de siringa da unidade de primeiros socorros e monto uma armadilha, na qual quem chegasse perto dos alimentos, levaria um tiro daquela siringa.
Sendo assim, pego uma barraca desmontada e levo comigo. Vou em direção ao rio que eu havia encontrado de cima da árvore. Quando passo por umas dez árvores, escuto o exército deles voltando para minha antiga base.
Quando chego ao rio, monto em um local mais afastado minha barraca, de modo que ela se tornasse parte da paisagem, se camuflando. Bebi a água do rio para ver se era potável, o que confirmei. Antes de ir à barraca e dormir, escrevi esse relato de como me sentia nos momentos mais importantes desse dia enquanto via o pôr-do-sol. Quando você tem medo de que seja sua ultima vez, tudo se torna mais lindo. Aquele pôr do sol era perfeito, da cor do sangue dos meus inimigos. Sangue que eu derramarei logo...

Diário de guerra de Albert KnoxOnde histórias criam vida. Descubra agora