Quatro paredes em volta de mim. Sem saída. Paredes extremamente altas e muito curtas. Sem portas. Manchas vermelhas em todos cantos. Uma luz fraca vindo do alto. Luz que pisca constantemente, devido à má instalação. Varios corpos ao chão, e na minha frente está uma menina com manchas avermelhadas no corpo e segurando uma faca e uma arma. Eu estou todo coberto de vermelho, com uma pistola em mão.
- Olhe ao seu redor Albert!
- Por que você está me chamando de Robert? Me diga isso agora Sofia.
- Primeiro olhe pro chão e veja quantas pessoas você matou novamente! E o pior é que você me convenceu a matar pra te ajudar...
Era verdade o que ela dizia? Eu não duvidava que poderia ter feito aquilo!
- ... Agora sim posso lhe dizer o que voc quer saber: Eu te chamei do jeito que seu pai te chamava, para lhe dar um recado que ele me pediu para entregar.
Deu uma pausa, sorriu para mim e disse:
- Querido Albert, sou seu paie acredite em mim. Se tiver duvidas peça a seu tio. Mas minha vontade sobre você é: Pare a guerra!Abro os olhos. Sento-me na cama. Por que Sofia insistia em me enviar mensagens, usando minha mente e meus sonhos? Por que insistia em infiltrar-se em meus sonhos para repitir sempre a mesma mensagem? Me mostrando tudo que eu já sei sobre meus atos. Revelando os erros neles. Me mostrando o que meu pai quer. Me julgando. Sim, era isso que ela queria! Me julgar, hoje é meu julgamento! Me levanto e me apronto para o julgamento. Coloco toda minha farda. Logo meu filho entra:
- Pai, já está quase na hora de seu julgamento. Porém antes de irmos, como eu sou seu advogado de defesa hoje, o senhor deseja algum recurso para a seção de hoje?
- Sim, a filmagem do dia que Knozzi me atacou e me torturou naquele quarto; o Soldado Daniel, que estava na equipe de buscas naquele dia em que mataram Sofia;o uso de polígrafo em mim e no Eduardo; e exijo que todos depoimentos comprovados como verdadeiros pelo polígrafo presenteiem à pessoa um aumento de patente com mérito por compromisso com a verdade.
- Sim, senhor! Me acompanhe até o local da audiência que em seguida vou providenciar tudo...
- Ah é, quase ia me esquecendo. Seu tio-avô deve depor também!
- Sim.
E assim saímos escoltados em direção a sala onde ia ser o julgamento. Eram quatro soldados à nossa volta, nos vigiando o suficiente para que não pudessemos trocar as palavras que queriamos. Apenas andavamos retos e de cabeças erguidas, em direção ao meu futuro, e talvez o de toda São Paulo. Depois de uns 10 minutos, finalmente chegamos ao local, onde me mandaram se sentar de frente ao juíz. A minha direita, meu filho e meu tio. Enquanto na direita estava Knozzi e sua testemunha, um assasino que trabalhava para ele nesses tempos de guerra. Ele já havia matado mais de 100 pessoas de uma tal lista negra do Knox. O nome dele era algo desconhecido entre todos, seu codinome era Soldado X, um assasino que poderia ser qualquer pessoa. Além disso, o "X" em seu nome era devido ao fato de que, tudo que ele faz ele usa como base o número dez. Ele só matava alguma pessoa pelo menos dez horas depois de seu ultimo crime; matava a pessoa com dez balas ou dez cortes; acendia dez velas para o morto, em um máximo dez metros de distancia do corpo. Apesar de um assasino frio e brutal, ele era totalmente calculista e sistemático.
Logo o juíz do caso anunciou o inicio da sessão. E de pronto o Soldado X se pronunciou:
- Sou Soldado X, ou simplesmente G.N., para quem não conhece as iniciais de meu primeiro nome. Sou testemunha e advogado do Senhor General Eduardo Knozzi. Quero deixar bem evidente nessa audiência que meu cliente pede que o julgamento do caso Knox versus Knozzi seja julgado na ausência de ambso.
- Isso é uma injustiça absurda! Vocês não podem aceitar esse pe...
- Silêncio, Sargento Knox! Não vim da Itália até aqui para cuidar de soldado que não sabe se portar, e sim para julgar um crime. - esse era o Major DiNatalle, vindo do derrotado exército italiano até São Paulo para julgar o caso e provevelmente liderar as tropas - O pedido está aceito, os dois serão confibados numa sala fechada, ambos algemados noa extremos opostos, enquanto o julgamento ocorre! Será Soldado X versus Cabo Augusto Knox e Major Jostein Knox.
Sendo assim, suas ordens foram brevemente cumpridas, e logo estavamos sozinhos na tal sala. Demorou muito para que alguém abrisse a boca:
- Você realmente acha que vai ganhar? O Soldado X não é só um ótimo assasino, mas também um ótimo articulador.
- Não precisamos de palavras, temos imagens que provam seus crimes.
- E quem disse que eu nã tenh...
Sendo assim, eu desenrosco minha mão da algema, pego uma sacolinha do bolso com mini-cd's:
- Essas provas?
- Filho da puta!
- Por que você tá estressado, seu advogado não era foda?
- Ele é mil vezes melhor que o seu!
- Então por que a preocupação? Será que o seu soldado não consegue salvar sua carreira sem essas provas?
- Você verá seu filho da puta! Eu vou ficar solto, e você ainda vai se ferrar muito na minha mão.
- Você é livre, Knozzi! - foi aí que eu joguei a chave da algema dele pra ele - O que você vai fazer agora? Vai me matar como sempre quis? Vai continuar essa guerra e destruir São Paulo?
- Não faço showzinho para as cameras, Sargento! Mas você ainda vai ter o que merece...
- Tudo que eu mereço é ver você morrer antes que eu morra.
Sendo assim, quatro soldados entraram para nos pegar, nos algemaram de novo e nos conduziram de volta até o julgamento. Lá chegando, fomos postos frente ao juíz, lado a lado, para ouvir a decisão:
- Boa noite, senhores! Sou o major italiano DiNatalle, e hoje fui chamado para ser juíz do caso. Iniciarei pelo acusado original, Albert Knox. O Sargento Knox está completamente livre de suas acusações, podendo voltar a ecercer seu dever de proteger o Brasil! - o alívio foi enorme - Agora ao acusador, Daniel Knozzi. General Knozzi, o senhor está condenado à dez anos de prisão pela morte e estupro da garota Sofia, à cinco anos de prisão pelo crime de tortura contra o Sargento Knox e a mais 5 pelos crimes de calunia e falsa acusação! Porém como seu cargo é de muita importância, você só cumprira pena ao fim da guerra. Final de seção.
E assim nossas algemas são soltas, e uma tiro atinge de raspão a minha barriga! Caio no chão, e vejo meu filho sacando a arma e atirando no Soldado X! Maldito Knozzi...-------------------------------------------
Não costumo falar muito no final dos capitulos, porém queria avisar que poderei demorar mais para postar a partir de agora. Além de minha vida pessoal não estar colaborando muito, estou redigindo um outro livro. Como disse no meu perfil, eu também escrevo poemas e decidi fazer um livros com poemas. Desculpa pela demora e muito obrigado por ler.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diário de guerra de Albert Knox
Mystery / ThrillerQuão difícil pode ser a vida de um soldado? Quão sofrida pode ser? Quão duvidosa? Quão atormentada por demônios? Quanto tempo um humano aguenta passar por tanta coisa? Você aguentaria viver dez dias da vida de um soldado na que talvez seja a última...