capítulo 8

379 19 15
                                    

Pov >>Nicholas <<

Estava indo para casa de tio Paul, e quando ia passando pelo meu antigo Colégio vi uma garota sentada na calçada com a cabeça baixa, estranho isso...

Quando cheguei mais perto vi que parecia muito a Ely, aliás era ela mesmo.

Desci do carro e fui ao encontro dela. Assim que a chamei ela se virou e parecia muito que ela estava chorando.
Ela me encarou por alguns segundos e não disse nada, de repente ela começou se beliscar.

- Pode parar de se beliscar Ly, isso não é um sonho. - eu disse num tom brincalhão.

- Para! - Ela disse dando um sorrisinho de tirar um fôlego, poxa... aquelas covinhas dela!!! Ela era muito linda mesmo! Pelo menos eu já peguei ela.

- E por que está com essa carinha de choro? - perguntei.

Ela suspirou e escorreu mais uma lágrima dos olhos dela.
Não sei o que deu um mim, mas num impulso eu puxei ela para um abraço.
E por incrível que pareça, nossos corpos era tipo: a letra e a melodia! Se colava, parecia aquelas frases clichês dos livros e filmes:"nossos corpos pareciam moldurados um no outro".

Mas é claro que eu não me iludiria com isso.


Pov >> Ely <<

Nova York está me deixando muito chorona, isso é coisa de criança, eu não era assim antes.

Eu tentei evitar, mas a maldita lágrima foi cair.

E quando ele me envolveu naquele abraço eu me arrependi de ter chamado a lágrima de maldita... foi por causa dela que eu estava abraçada com ele.
Eu estava precisando de um abraço daquele! E nos braços dele eu me senti completa, parecia que o meu lugar era ali, parecia até que nossos corpos foram feitos um para o outro, parecia duas peças de um quebra-cabeças se encaixando.

Depois de alguns minutos percebi o quanto eu estava abraçando ele forte, então me soltei e dei um passo para trás visivelmente envergonhada.

- Obrigado! Você não sabe o quanto isso me aliviou, faz tempo que não ganhava um abraço desses. - eu disse, e fui me afastando, fiz um tchau com a mão e virei para ir embora.

- Você não vai para aula? - ele perguntou me segurando.

- Não me deixaram entrar, cheguei atrasada.

- Que coisa feia! Se atrasando no primeiro dia de aula. - ele disse brincando. - Mas vamos comigo, eu estou indo para casa do meu tio mesmo.

Ele ia me dar carona?! Oh my God!

- Ah nao preci...

- Precisa sim, vamos. - ele disse e ja me puxou para o carro.

Entrei no carro, e sentei no banco do lado do motorista.
Assim que ele começou a dirigir, um silêncio constrangedor atingiu o carro, deitei a cabeça no vidro e fiquei observando a paisagem.

- O que você aprontou que atrasou logo no primeiro dia? - ele perguntou, quebrando o silêncio.

- Ah nem eu sei, acho que não ouvi o despertador tocar. E ainda tive que vir a pé.

Um amor na hora errada Onde histórias criam vida. Descubra agora