Capítulo 12

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Cada dia mais minha vida parece sempre despertar de um pesadelo terrível. Quando penso que finalmente as coisas estão começando a mudar, e que poderiam ser diferentes daqui para frente vejo que isso não passa de uma mera vontade, e que por sinal é muito diferente da minha realidade.

Desço para o café da manhã como se nada de errado houvesse acontecido noite passada, aliás, quem acreditaria que meu pai está vivo?

Provavelmente todos achariam que eu estava louca. Mas o que vi vai além de muita insanidade. Se meu pai está vivo porque ainda não foi preso? E o que ele quis dizer com : "Ninguém pode prender um morto?"

"Bom dia." –Digo a Niall.

E como sempre ele está tomando café sozinho, com certeza Júlio e Rebeca já saíram.

"Bom dia Amanda. Quando você chegou? Pensei que você ainda estivesse fora." –Niall diz-me.

"Cheguei ontem à noite, e como todos estavam dormindo não quis incomodá-los." –Falo.

"Entendi. Hey, quais os planos para hoje?" –Niall me pergunta animado.

"Na verdade pensei em passar o resto do dia em casa, ainda estou um pouco cansada da viagem." –Na realidade estou exausta, não apenas fisicamente, mas também mentalmente.

"Não pode está a falar sério, olha lá fora como está lindo, o dia vai ser incrível. Mas se mudares de ideia eu e os meninos vamos está no cinema e quem sabe depois no parque." –Niall me informa antes de se despedir para sair.

Termino o café, e volto ao quarto para terminar alguns deveres escolares para amanhã.

Acho que a definição de "dia incrível" do Niall não contava com esta chuva. Agora sim o dia está maravilhoso para mim, amo a chuva de alguma forma ela me acalma, deixa meus pensamentos mais leves.

Está só em casa parece algo tão estranho não só pelo fato de Rebeca dar o dia de folga para a empregada, mas porque sempre costumava ficar com minha mãe em casa, éramos uma família.

E hoje só sobraram ruínas do que um dia foi de verdade. Mas quer saber?! Vou fazer meu próprio edifício, colocando pedra sobre pedra, vou construir minha fortaleza.

Eu vou ser forte, vou ser o suficiente para descobrir de fato o que acabou com as nossas vidas. Isso eu prometo.

Ver a chuva escorrer pela janela é como se ela carregasse segredos junto com si, e que luta desesperadamente para se libertar, porém não conseguindo, acham um alívio nas muitas regiões que atingem. Como se estivesse em busca de algo que libertasse de sua angústia.

O som da campainha me faz sobressaltar por ser pega de surpresa. Quem será?

Dirijo-me até a porta e a destranco revelando a imagem daquele rapaz completamente encharcado pela chuva.

"Precisamos conversar." –Harry diz ao dar um passo para dentro da casa.

"Tudo bem." –Suspiro. Eu já sabia que mais cedo ou mais tarde essa conversa viria a torna.

"Que raios aconteceu naquele lugar que você estava noite passada? E que história foi aquela que seu pai biológico estava lá?" –Harry pergunta tudo aquilo que eu temia.

"Aquela era a minha casa Harry. Até que uma noite meu pai chegou em casa bêbado e esfaqueou a minha mãe, eu acordei com os gritos por socorro dela. Fiquei tão assustada aquela noite, quando encontrei minha mãe sem vida no chão e o meu pai coberto de sangue dela e com uma faca machada com sangue na mão. Eu estava com tanto medo, que só pensava em sair daquele lugar, quando eu consegui sair para rua, gritei por socorro várias vezes, mas ninguém aparecia, foi então que eu percebi que aquele que eu já não conhecia ser meu pai estava atrás de mim, ele gritava e meu nome, era horrível tudo aquilo. Até que em determinado momento ele parou, e cravou a faca no pescoço, e em seguida caiu no asfalto, depois disso, só me lembro de acordar três meses depois do que aconteceu. E foi assim que conheci Júlio e sua família. Como eu não tinha mais ninguém era provável que me mandassem para um orfanato por eu ser menor de idade, porém a família do Niall me acolheu com muito carinho. E depois de dois meses morando aqui pensei que finalmente estava tudo indo bem, e para seguir mesmo em frente eu precisava visitar o túmulo dos meus pais, por isso fui ontem para lá, mas foi então que descobri que só havia o túmulo da minha mãe, e do meu pai não havia." –Eu precisava desabafar, só não esperava que fosse com Harry.

"E então o que aconteceu com o seu pai?" –Harry questiona ao lhe entregar uma toalha para que se seque.

"Quando você estava perto de chegar o meu pai entrou na casa, ele estava completamente diferente, foi então que liguei para você, mas ele pegou o celular, mas graças a Deus você chegou e ele percebeu que vinha alguém e fugiu pela janela." –Digo o que aconteceu, menos o que Richard me contou que não era o meu pai.

"E já contou isso para mais alguém?" –Harry pergunta.

"Não, por favor, não conta nada a eles." –Imploro.

"Mas porque não, se ele matou alguém, a sua mãe, ele tem que pagar por isso, não concorda? Meu pai é policial, posso pedir para ele te ajudar." –Harry oferece.

"Claro que eu concordo, mas do que ia adiantar? Ninguém iria acreditar em mim mesmo." –Falo.

"Eu acredito." –Diz-me.

"Obrigada Harry, obrigada por tudo, principalmente por está aqui comigo." –Abraço-o.

Continua no próximo capítulo...

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Espero que gostem princesas, próximo capítulo vai ser HOT. *O*


Mary

Shadow (Harry Styles)Onde histórias criam vida. Descubra agora