"O que acha que vim fazer? Eu vim ver como você está." -Responde-me.
"Estou exatamente como me ver, presa em uma cama agora, e pro resto da minha vida. Talvez se eu tivesse morrido naquele acidente, fosse melhor..." –Digo a meio a prantos.
"Não diga isso, vamos dá um jeito nisso, ok?! Assim como dávamos quando você era criança e se machucava, você sempre vinha primeiro falar comigo, e agora não vai ser diferente, vou cuidar de você minha frágil menininha. Sei que talvez nunca me perdoe pelo que fiz com a sua mãe. Mas o que posso fazer? Quando ela pediu o divorcio eu não quis aceitar, eu surtei completamente, disse como você era de menor ainda, você viria morar comigo. Foi então que ela jogou na minha cara que você não era minha filha, eu fiquei fora de mim. Sai de casa naquele dia, sem direção alguma, eu havia perdido tudo, haviam tirado o meu chão, a coisa mais preciosa que tinha, não era realmente minha.
Passei horas em um bar, até não saber realmente quem eu era. E bom o resto você já sabe. Eu ainda não estava bem quando te vi pela última vez, mas todo esse tempo eu percebi que não importa se você não tem o meu sangue em suas veias, eu sempre saberei que você é parte de mim, a melhor parte de mim. Quero cuidar de você. Me permite isso por favor?
Podemos procurar a opinião de outros médicos. Eu nunca desistirei de você até te ver em pé outra vez." –Diz-me segurando minha mão.
"Me tira daqui, por favor, pai." –Com certeza eu não devia aceitar a ajuda dele, mas não podemos voltar no tempo o mudar o nosso passado, e apesar de tudo ele sempre será o meu pai de verdade que sempre me amou e cuidou de mim. Posso está completamente enganada, mas não há mais nada que eu possa perder.
"Tudo bem, pequenina. Mas antes de irmos você quer se despedir da família que te acolheu?" –Diz-me ao levantar da cadeira próxima a minha cama.
"Não, só trouxe sofrimento aquela família, fizeram tanto por mim. Deixarei uma carta explicando tudo a eles." –Digo pegando uma folha de papel perto de mim, e ele me entrega uma caneta. Ele então sai do quarto e eu começo a escrever. Não tenho muito o que dizer na verdade a eles, então escrevo.
Escutem essa música:
'Sinto muito por ter causado tantos problemas na vida de todos vocês, pessoas de corações bons que me acolheram como parte da família.
Queria agradecer a todos, Júlio, Rebeca e Niall, que sempre me apoiaram no momento em que eu mais precisei. Mas agora não quero ser um peso na vida de ninguém. Peço que não procurem por mim, eu ficarei bem.
Mesmo que presa a uma cadeira de rodas, aliás não é o fim do mundo. Serei eternamente grata a todos, e quem sabe algum dia eu possa agradecer tudo o que fizeram por mim pessoalmente. Obrigada...
E Harry espero que você seja muito feliz, seja com a Olívia ou com qualquer outra...
Adeus.
Amanda Cretow.'
Deixo a carta sobre a cama. Quando meu pai chega com uma cadeira de rodas, sinto um peso no meu coração. Ele me carrega nos braços até ela. E então saímos, pegamos o elevador de serviços, e saímos pelos fundos do hospital onde há uma van nos esperando.
~Flashback off~
Desculpa se já não consigo chorar, não foi minha escolha sofrer demais.
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Espero que gostem...*-*
É isso aí. Bjss.. :* :*
Mary