( Essa história não conta uma história de Horror ela é apenas triste).
Eram 3:00 da madrugada e alguém batia na porta - Quem bate na porta de alguém as 3:00 da madrugada? - calço meu chinelo e vou até a porta. Abro a porta, mas não tem ninguém. Olho pelo corredor, mas está tudo escuro. Fecho a porta e me viro para voltar ao meu quarto. Quando chego no meu quarto tem uma garotinha com os cabelos pretos e um vestido branco balançando os pés e olhando para o teto.
- Quem é você? - a garotinha me olha e sorri, mas não diz nada. Me aproximo e a garota se levanta e vai até a janela, a abre e se senta na cadeira que está em frente a janela. Pergunto mais uma vez - Oi, tudo bem? Quem é você? Cadê seus pais? - a garotinha olha para mim e do nada o rosto da garota fica parecido com de uma velha e ela responde - Mortos... Todos mortos! - me assusto, mas dou mais um passo na direção da garota, e pergunto mais uma vez - Quem é você? - ela me olha nos olhos e diz - Morrer... Você vai morrer - dou um passo para trás e a garota se levanta e em um piscar de olhos ela está na minha frente à um passo de distância, ela cheira a coisa podre. Ela olha nos meus olhos e diz - Você e seu bebê vão morrer - não consigo me controlar e dou um murro na garota, pois ninguém ameaça meu filho! A garota se levanta enquanto eu corro em direção ao berço do Lucas, quando chego lá ele está dormindo tranquilamente, olho mais uma vez para a garotinha e digo - Não ouse se aproximar de mim ou do meu filho novamente, se eu ver você novamente eu vou ligar pra polícia - a garota me olha e da uma gargalhada sombria que me faz ter arrepios! A garota da um grito estarrecedor fazendo o vidro da janela quebrar e se espalha pelo quarto inteiro, ela olha para a janela e corre na direção da janela e pula pela janela eu penso até em correr para impedi-lá mas iria cortar meus pés...
TAM TAM TAM TAM Toca o despertador. Levanto-me e corro até o berço do Lucas, ele está bem. Dorme tranquilamente. Olho para a janela e ela está intacta. Vou até a cozinha preparo meu café e um sanduíche, e a papinha do Lucas. Vida de Pai solteiro não é fácil! Tomo banho e vou até o quarto para acorda-lo! Ele dorme tão lindamente que tenho até pena de acorda-lo, mas ele precisa comer pra crescer e ficar forte. Pego ele nos braços e o levo até a cozinha, o balanço para acorda-lo.Mas ele não acorda se encolhe nos meus braços, dou um beijo na sua cabeça ele abre os olhos e sorri.
São 14:00 horas Lucas está ardendo em febre, estou indo para o Hospital. Quando chego no hospital os médicos o examinam e não dizem muito, apenas o levam para a UTI pediátrica. São 15:00 horas a doutora está vindo pelo corredor, corro em sua direção e pergunto sobre o Lucas. Ela não me olha nos olhos. Ela se senta e manda que eu me sente, ela segura minhas mãos e diz que o Lucas morreu. Sou invadido por um sentimento de tristeza e começo a chorar como uma criança e vejo a garotinha da noite passada no final do corredor. Me levanto e passo a mão no rosto e corro na direção daquela vadiazinha - eu vou mata-la! - quando estou chegando perto dela ela some. Ajoelho e começo a chorar, a doutora me olha sem entender e corre na minha direção, me abraça e diz- Calma, Deus vai lhe ajudar! - tomado pela raiva saio do abraço e repondo - Deus? Onde estava Deus quando meu filho morreu?
O enterro do Lucas foi ontem todos da família foram, mas nada me consola eu quero ver meu filho de novo nos meus braços sorrindo. Quando chego em casa não consigo fazer nada, -Não sei se vou conseguir viver sem o meu Lucas - acho que não vou suportar a dor de viver sem meu filho. Ele era tudo que eu tinha e agora não tenho mais sentido para viver.
Está tudo pronto o lençol está bem amarrado na viga e no meu pescoço quando eu chutar a cadeira está tudo acabado e poderei finalmente ver meu querido filho. Chuto a cadeira e o lençol começa a me sufocar esta tudo ficando tão quente e confortável, realmente a morte é acolhedora.
Estou no chão ao lado da cadeira -Droga! Não deu certo! Vou..- vejo a mim mesmo pendurado pelo pescoço no teto. Deu certo! Finalmente vou ver meu filho! Até que a garotinha aparece de novo e diz - Eu disse que você morreria, e você nunca mais vera seu amado filho, pôs quem se suicida nunca terá a paz do descanso!