Anjo da Morte

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Hoje é o dia que eu esperei o ano inteiro e não há ninguém vivo ou morto que possa me impedir... Hoje vou garantir que todas as riquezas da família sejam minhas.

A mamãe chegou, e está subindo a escada, ela me dá um abraço e vai tomar banho. Consigo abrir a porta e entrar sem que ela me ouça. Ela está dentro da banheira, minha melhor oportunidade. Vou afoga-lá, assim ela não irá fazer barulho! Empurro a cabeça dela na água e ela se debate até que para, a tiro da água. Ela está morta! Uma a mesmo pra ficar com o que é meu. O Tom chegou ele vai ser o mais fácil de me livrar. Ele está na sala assistindo TV, vou até a cozinha e pego um saco de lixo e volto até a sala. Vou sufoca-ló também! Enfio o saco na cabeça dele, sufocando-o. Ele luta, mas não consegue escapar até porque ele só tem 10 anos e eu 17, ele nunca conseguiria sair dessa vivo. Até que vejo toda a vida ir embora dele. Dois a menos, só faltam dois! Mas preciso esconder o corpo do Tom. Levo o corpo dele até o quarto e o jogo na cama.

Quando escuto a Betany chegar, fecho a porta do quarto do Tom e desço. Ela está na cozinha. Vou até lá.

Ela com toda inocência sem saber o que a espera me abraça e me dá um beijo no rosto. Acho que a única que pensei em deixar viva foi ela, mas ela pode arruinar tudo, não posso me preocupar com uma pirralha de 8 anos. Pego uma faca que está logo atrás dela e enfio na garganta dela de cima pra baixo para não me sujar de sangue. Ela não grita porque tampo a boca dela e a arrasto para a dispensa. Agora só falta o papai. Vou preparar tudo pois ele vai ser o mais difícil. Jogo gasolina no primeiro andar inteiro e na cozinha deixando apenas a sala intacta.

Ouço o barulho do carro parando, pego o cutelo, a gasolina e o isqueiro e me sento no sofá. Ele entra pela porta da frente. 

- Oi filhão, onde estão sua mãe e seus irmãos?

Tão inocente que até tenho dó, mas se ele não morrer eu nunca serei rico. Resolvo tortura-lo um pouco. - Estão mortos! - digo com toda a calma e tranquilidade do mundo. Ele me olha e se assusta - O que você disse filho? 

Olho no fundo dos olhoss dele - Estão todos mortos! - ele da um passo para trás e me pergunta- como assim? mortos filho?

Dou um passo na direção dele 

- Eu matei todos!

Ele coloca as mãos na cabeça e grita pela mamãe, pelo Tom e pela Betany, mas ninguém irá responder. Ele começa a chorar e me pergunta - Porque? 

Olho para aquela cena digna de riso e respondo - Pelo dinheiro e pelo poder! - ele olha pra mim aterrorizado.

- Pai o papo está bom, mas não posso ter testemunhas e puxo o cutelo do bolso da minha calça. Ele abaixa a cabeça como se aceitasse o destino dele, então ataco ele com o cutelo e ele se esquiva, me dá um soco e um chute na boca do estômago, toma o cutelo da minha mão e pega a gasolina. Ele joga toda a gasolina em cima de mim, olha para mim com um olhar mais sombrio que eu já vi na minha vida e diz - Te matar não trará eles de volta, nem irá aliviar a minha dor, mas você ira pagar por tudo que fez e você vai sofrer mais que eles- ele termina a frase e arranca um dedo da minha mão, solto um grito que ele abafa com a camisa dele, ele me amarrou em uma cadeira e está arrancando dedo por dedo meu.

Papai agora está na cozinha procurando fósforos. Ouço a gaveta fechar e os passos do papai voltando a sala, ele me olha nos olhos e diz - Você disse que queria poder, você vai ter poder e dinheiro... só que no inferno! 

Ele acende o fósforo e joga em mim. Sinto cada milímetro da minha pele queimar e estou quase morrendo, parece que meu plano não deu certo... A casa inteira está em chamas e o papai está lá fora junto com os policiais. Não sinto mais nada, está tudo escuro e parece que o anjo da morte veio me levar.

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