22. verdade ou consequência?

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Luke

Acordei de manhã sem saber realmente porquê. Não tinha sido nenhum despertador ou raio de sol que me fizera acordar e ainda parecia relativamente cedo.
Ainda sem abrir os olhos, lembrei-me do sonho que tinha tido na noite anterior. Lembro-me de sonhar que estávamos na discoteca e que a Rachel adormeceu nos meus braços e que acabei por passar a noite com ela. Tive uma onda de desilusão quando percebi que foi tudo um sonho e que quando abrisse os olhos não ia ter à minha frente aquela rapariga que desejava ter à meses. Tomei a opção de nem os abrir e voltei para a ilusão do meu pensamento. Adormeci numa questão de segundos, desta vez com sonhos um pouco mais aleatórios.

Sem saber ao certo quantos minutos ou mesmo horas passaram, comecei a sentir alguma coisa no meu pescoço que me fez acordar.
Mordi o lábio inferior, desejando a todo o custo não estar ainda a dormir, mas era impossível estar a imaginar isto.

- Bom dia, Roberto, - a sua voz fraca falou, enquanto me ia deixando um trilho de beijos.

- B-Bom dia - gaguejei em resposta, sem saber muito bem o que fazer. A sua cara estava parcialmente tapada com o fino lençol que nos separava.

- Dormiste bem?

Pensei um pouco na resposta à pergunta.
Bem, considerando que dormi agarrado à rapariga mais sexy nesta casa, sim, podemos considerar essa hipótese.

- Sim - limitei-me a responder. - E tu?

- Também. - Respondeu, ficando depois a olhar para mim sem dizer uma palavra.
Sorri em resposta sem saber o que dizer. Não tinha nada para falar, a única pergunta que me ocorria era:

- Estavas consciente quando me pediste para ficar aqui a noite passada?

Sem me aperceber, disse aquelas palavras em voz alta e bati-me mentalmente por isso. Ela tinha adormecido a meio da dança de ontem, era óbvio que não estava consciente estúpido.
Em resposta, e para minha supresa, fez um sorriso lateral parvo que me deu a entender que sim e soltei uma gargalhada.

- Aposto que só fingiste estar bêbeda para dormir aqui com o Mr. Roberto baby. - Comentei.

Desta vez foi ela que soltou uma gargalhada, bastante adorável para ser sincero.

- Quem te dera, - comentou rindo. - Tu é que te aproveitaste logo que eu estava bêbeda para te agarrares a mim, podes admitir.

- Mentira. - Arqueei uma sobrancelha.

- Ou não. - Respondeu-me, fazendo-me uma careta de seguida.

No preciso momento em que ia argumentar ela atirou-me com a almofada à cara, e antes de eu ter tempo para pensar no facto de ela ter acabado de estragar a nossa cena, ela já se tinha posto a pé e desfeito em gargalhadas.
Lancei-lhe um daqueles olhares de confusão e ela limitou-se a encolher os ombros enquanto se ria da minha cara, e a responder:

- Não queria que tivesses razão.

Ao que eu gargalhei.

- Ou seja, segundo a tua teoria, se não estiveres a ganhar uma argumentação, atira com um objeto à cara do oponente.

- Exato, - concordou enquanto se ria.

Tenho de admitir, o sorriso dela era adorável. Os lábios dela estavam ainda vermelhos por ter acabado de acordar e ela mordia o interior da bochecha que, pelo que me tem parecido, é um tique que tem.

Não reparei que fiquei tanto tempo a olhar para os lábios dela, e só me apercebi disso quando ela se voltou a deitar ao meu lado, com a cabeça no meu peito, e perguntou um "está tudo bem?" que percebi que se referia ao facto de estar a olhar para ela à tanto tempo.

- Tens um sorriso lindo, - deixei escapar e só me quis bater mentalmente pela segunda vez. E é por isto que não arranjas namorada, Luke. - pensei.

O seu sorriso cresceu e as suas bochechas ganharam um tom mais rosado que fez com que valesse a pena ter dito aquilo. Ela provavelmente sentiu-se mais envergonhada porque depois disso baixou um pouco a cabeça, ficando tapada com uma mecha de cabelo. Por instinto peguei nesse bocado de cabelo e pus atrás da sua orelha, o que fez com que ela olhasse para mim.

- Luke, -murmurou.

- Hmhm? - Respondi, enquanto traçava círculos na face dela com o polegar.

- Tu gostas de mim? - Perguntou quase inaudivelmente, de forma tímida e evitando olhar-me nos olhos.

Parei o que estava a fazer com o dedo o olhei para ela, que mantinha agora o olhar fixo no colchão.

- Não é óbvio?

Ela olhou para mim finalmente e vi o brilho nos olhos dela. Decidi arriscar também.

- E tu, hm, gostas de mim...?

Sinto que já estávamos mesmo muito perto, e qualquer movimento em falso poderia fazer com que nos beijassemos. Não que me estivesse a queixar. Estou, desde que chegamos aqui, a desejar qualquer tipo de afeto por parte dela. Quero mesmo que isto resulte, eu sei que podemos arranjar maneira.

Ela abriu a boca para falar mas não saiu qualquer som. Em vez disso, pareceu-me vê-la aproximar-se cada vez mais.

- QUEREM JOGAR AO VERDADE OU CONSEQUÊNCIA?! - O Michael gritou assim que entrou no quarto, dando-nos apenas alguns segundos para nos afastar-mos.

Olhamos um para o outro e depois para o Michael, que se manteve ali de pé à espera de uma resposta. É a porra da terceira vez que ele interrompe alguma coisa do género. Depois de algum silêncio, a Rachel quebrou.

- Claro, porque não? - Respondeu ela, e forcei-me a mim mesmo a sorrir e a levantar-me.

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E agoraaa é o meu tradicional pedido enorme de desculpas porque não publico à 56 anos.
Não tenho uma desculpa fixa, foi simplesmente porque tenho andado muito ocupada e confusa. Já agora desculpem se está uma merda ou pequeno mas descobri ontem que a minha cadela Bella morreu e eu sinto-me muito mal mesmo. Desculpem. Anyway, espero que gostem e digam o que acham porque ya, e pronto. Juro que o próximo capitulo vai ser melhor (muito melhor u.u) e pronto, até à próxima

disconnected - 5sosOnde histórias criam vida. Descubra agora