F i v e

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MARTINA

"O problema é que eu aceito. Qualquer migalhinha eu aceito. Prefiro ter pouco de você do que não ter nada." H.

Nunca gostei da família real do meu país, sempre os achei muito privilegiados de ostentação ou poder absoluto contra as outras pessoas, o que seria uma definição real ao termo "família real", porém mesmo não concordando o único que eu admirava lá no fundo era o Lorenzo.

No reality show que havia demostrando alguns dias com eles ou até mesmo em entrevista, ele transmitia um conceito de ser ponderoso ou que é provido de poder e ninguém poderia tirar isso dele, afinal, ele era o príncipe herdeiro, quem não se gabaria por isso?!

Recordo-me de minha avó:

— Uau! O Lorenzo está cada dia mais charmoso, não acha Martina? – dizia enquanto assistíamos ao "Show da Elite".

Todo domingo a noite havia esse show no qual era obrigatório que apenas demonstra a interessante vida da família real e como queremos cometer suicídio por refletir em como nossa vida é injusta.

— Mas é óbvio que não! Ele é apenas um metido que se acha apenas por que irá ter a coroa em sua cabeça daqui uns anos. Quem deseja ter tamanha responsabilidade? – negava cruzando os braços e bufando revoltada.
— Eu tenho a breve impressão que um dia vocês irão se conhecer e provavelmente começarão a se interessar um no outro. – dizia.

Eu gargalhava sem acreditar em suas palavras.

— Ele é um príncipe, nunca olharia para mim e também não há como eu começar a me interessar por ele, de jeito algum.
— Minha criança, você é maravilhosa tenho certeza que quando ele bater os olhos em ti se encantará com tanta belezura e não jugue as pessoas antes de conhece-las. – as lembranças das palavras de meu avô são tão nítidas em minha cabeça como se ele estivesse ao meu lado me dizendo tais palavras.

Agora posso ver que meu avô tinha completa razão no que falava. Eu me interesso pelo Lorenzo, percebi isso enquanto ele cantava. Sua voz, seu jeito, algo me fazia querer conhecer mais sobre sua personalidade, descobrir seus segredos mais profundos e... ser amada por ele.

Depois de dizer meu adorável e sem som, sim, eu menti que estava cansada e que precisava deitar.

— Continue a treinar, Christopher. – digo me dirigindo para a porta de saída e agradeço por nenhum deles me impedir.

Fui para meu quarto e tomei um banho bastante demorado. Ao sair vesti um vestido leve beje dourado e calcei um salto. Decidi usar meu coturno apenas de dia. Sento na pequena mesa de acrílico na sacada e fecho os olhos me acalmando e respirando fundo. Depois vou até o o piano preto e toco uma música que definia o que eu sentia dentro do mim. Acabei perdendo a noção do tempo, pois quando notei já era o jantar.

— Tina! – vejo Clarisse entrar no quarto apressada, fico quieta esperando ela dizer algo. — Está na hora do jantar, a rainha exige que você jante com eles.

Clarisse me ajudou em meu cabelo e maquiagem. Deixou meu cabelo solto prendendo as laterais do cabelo com um prendedor dourado. Passou um batom cor de boca e eu estava pronta.

— Obrigada, Clarisse. – agradeço me levantando da penteadeira com um sorriso.
— Não faço mais que minha obrigação e você já é maravilhosa naturalmente, Tina.
— Clarisse, você também é magnífica! – falo a fitando.

Simplesmente princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora