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MARTINA

"Amor é quando não hesita em entregar a própria vida pelo bem do outro que ama."

  Abro os olhos lentamente deixando a luz solar penetra-me. Pisco algumas vezes até conseguir enxergar tudo nítido novamente.

  Eu estava em meu quarto, deitada na cama. As longas cortinas estavam tampando parte da luz deixando o quarto um pouco escuro. Mas, pela falta do sol deveria estar anoitecendo.

— Martina! Você acordou! Como se sente? – ouço a voz de Jennifer e só então percebo que ela estava no quarto.

Ela estava sentada na poltrona com um caderno nas mãos, que deveria ser um esboço de seus maravilhosos desenhos.

— Estou bem, apenas sinto uma dor na cabeça. – digo levando a mão até a mesma percebendo que estava com um inchaço e minha testa tinha um curativo pequeno.
— Você foi atingida na cabeça, é comum que sentisse dor na região. – ela deixa o caderno no local onde estava sentada e caminha até a mesa de centro enchendo um copo d'água e depois vindo na minha direção. — Beba, você precisa se hidratar.

  Peguei o copo bebericando a água lentamente.

— O-o que aconteceu? – perguntei receosa da resposta.
— Um ataque rebelde. – responde como se fosse normal. — Deixaram prejuízo, mas ninguém além de alguns soldados e uma criada, morreram.

  Engulo mais um pouco da água.

  A criada. Vi seu corpo perdendo a vida e indo em direção à morte. Como um flash a imagem da tatuagem de fogo do homem vem à minha cabeça. Tento me levantar, mas Jennifer me impede.

— Você ainda não está totalmente recuperada. Precisa descansar. – reflete.

  Finjo obedecer e acabo minha água alegando estar com estômago vazio e assim que ela sai para trazer a comida eu me levanto da cama calçando meus tênis. Tirei a camisola meio transparente e coloquei um vestido simples. Me olhei no espelho e vi que não estava tão mal.

  Abro a porta olhando ao redor quando percebo que não havia ninguém para me impedir saio com passos silenciosos e rápidos em direção ao trono real. Olhava ao redor a cada passo com medo de alguém fazer algo. Eu tinha que falar com o rei sobre isso.

  Aquele homem não era normal. Ele matava por prazer e tinha algo estranho nele, parecia que estava conectado ao fogo.

— Opa! Me desculpe. –  digo após bater de frente com alguém.
— Você não deveria estar em repouso?

  A voz grossa da pessoa à minha frente me chama atenção fazendo com que eu o encarasse.

— Phillip, eu preciso conversar com o rei.

  Ele arqueia uma sobrancelha.

— Sobre o ataque? – pergunta e eu afirmo com a cabeça um pouco impaciente. — Poderia eu ter acesso à essas informações?

  Penso um pouco, olho para os lados raciocinando. Confio em Phillip, mas quanto menos gente souber sobre isso, melhor.

— Não é tão importante, me dê licença.

Saio dali apressadamente antes que ele me impeça. Bato na porta do trono e segundos depois a grande porta é aberta, mas em vez de ver o rei no seu devido lugar quem está ali é a última pessoa que eu desejava ver, Lorenzo. Ele estava sentado no trono menor e ao seu lado em pé, seu melhor amigo, Alec.

Simplesmente princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora