A chuva estragou tudo.

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- O que esta acontecendo aqui? - gritou minha mãe
- Mãe eu. Eu posso explicar.
- Saiam daqui. - gritou ela correndo para seu quarto. Nos seus olhos tinha apenas ódio e irá. Nunca presenciei algo assim.

O que eu poderia fazer? Como iria me explicar ou como poderia esquecer o que tinha acabado de acontecer. Minha mãe não poderia ver aquela cena ela não merecia me ver algemado, sem roupa com um homem e além de tudo apanhando, fazendo vários gemidos e pedindo mais. Ela não merecia. Então peguei minhas coisas da sala. Recolhe as velas e peguei algumas roupas no armário e sai com o Ariel. Chovia e fazia frio.

- O que vou fazer agora? - perguntei não contendo as lágrimas que escorriam descontroladamente
- Calma. Vai ficar tudo bem! Tudo vai se acalmar. Você vai ver. - disse ele dirigindo meu carro
- Pra onde vamos? - perguntei enquanto passava a mão no rosto na tentativa inútil de limpar as lagrima que pareciam uma cachoeira
- Vamos ficar na minha casa ao menos até as coisas se acalmarem. Depois você pensa melhor no que vai fazer.
- Eu sou horrível! Não mereço ter o que tenho. Eu só faço merda! Que ódio. Eu me odeio... - disse batendo minha cabeça no vidro na tentativa de me alto punir.
- Poderia acontecer com qualquer um.
- Eu não sou qualquer um. Alias eu sou esse tal qualquer um pois aconteceu logo comigo.
- Você tem que se controlar! - disse Ariel gritando e olhando em meus olhos, segurando meu rosto com uma das mãos.
- Não vou me controlar! Não quero me controlar. Tudo que eu quero é morrer.
- Nem pense nisso. Pois se algo acontecer com um fio de cabelo seu nem sei o que serei capaz de fazer. Uma loucura.
- Não vou fazer nenhuma bobagem.
- Promete?
- Prometo. - disse em tom mais baixo

Chegamos em poucos instantes e fui direto para o quarto onde não consegui pensar em outra coisa. O Ariel estava preparando algo para comer-mós e tudo que me vinha na cabeça era a cara da minha mãe me olhando com uma cara desprezo eu nunca me senti tão péssimo e não quero passar por algo parecido na minha vida nunca mais. Ainda bem que eu tinha o Ariel pois ele estava me ajudando muito naquele momento difícil. Ele realmente gosta de mim.

- Fonso aqui esta nossa comida.
- Não estou com fome. Obrigado.
- Você tem que comer ao menos um pouco.
- Não estou com cabeça pra nada. Tudo que eu quero é dormir e rezar para que amanhã as coisas melhorem.
- Vão melhorar. Basta você acreditar e você tem a mim.

Aquelas palavras me conformaram muito. Era bom saber que tenho alguém para cuidar de mim. Ficamos ali deitados um de frente para o outro, sem muitos toques. Apenas olha-vamos um para o outro e acredite aquele olhar era tudo que eu precisava naquele momento. Ficamos juntos até que eu dormir.

Quando tudo acabar.Onde histórias criam vida. Descubra agora