prólogo

530 129 242
                                    

Correr... Era tudo que eu mais queria naquele momento, afastar-me daquelas pessoas, dos sorrisos falsos e dos comentários irônicos. Começo a andar o mais rápido que consigo em direção ao jardim dos fundos, sorrio para as pessoas que falam comigo pelo caminho, desvio dos garçons e, quando vejo as portas de vidro que dão acesso para os fundos, sinto um enorme alívio.

Antes de abrir a porta, olho em volta para verificar se ninguém está me seguindo — preciso ficar sozinha — todos parecem estar muito ocupados para notar a minha fuga.

Giro a maçaneta com cautela para não fazer barulho e passo pelas portas de vidro. Caminho o mais depressa que consigo até chegar à parte mais escura do jardim e me encosto no fundo de uma estátua para que ninguém note minha presença. Frente a um labirinto pouco iluminado, escuto o barulho da água do chafariz caindo e vejo alguns pontos de luz penetrando a escuridão da mesma.

Uma forte brisa balança meus cabelos. Apesar de baixo, começo a escutar os sons dos animais. Apenas alguns minutos afastada e já estava muito mais leve, e impressionante o quanto as últimas semanas tem sido sufocante.

Escuto a porta se abrindo. Mais já?. Olho para trás e vejo a silhueta da pessoa. Afoita, me encolho novamente. Começo a buscar um esconderijo mais seguro, mas é vão. A única saída é seguir em uma das entradas do labirinto; encaro-o com medo.

— Olá? Tem alguém aí? — a voz rouca pergunta a alguns metros de distância.

"É agora ou nunca", falo para mim mesma. Fecho os olhos, dou uma longa respirada e me enfio entre as árvores dos vasos que sinalizam a entrada.

Está complicado correr, meus pés perdem o equilíbrio entre os parelepipedos que cobrem o chão. Meu vestido é grande e pesado, dificultando minha corrida ainda mais. Durante quase todo trajeto, tenho que desviar de paredes de folhas e pedras, viro-me para trás algumas vezes, mas parece que a pessoa não se arriscou a acompanhar-me.

Alguns minutos de correria e, finalmente, chego ao centro, minha respiração está ofegante e me sinto um pouco tonta. O labirinto não está completamente escuro por causa das luzes do palácio,e algumas lanternas espalhadas no seu interior, ainda assim, a visibilidade não é tão grande, o que é um pouco assustador. Fecho os olhos e começo a respirar fundo para me acalmar. Forçando minha mente a lembrar que estou segura, e não existe motivos para esse medo irracional, e lembro que é bom ter esse momento de paz.

Escuto um barulho estranho que me faz arregalar os olhos buscando de onde ele veio, agarrar um galho da enorme árvore que ocupa o centro do labirinto um pouco fino demais para fazer algum  mal. Escuto sua risada baixa aproximando-se de um canto escuro.

—Tudo bem, eu me rendo — a ele diz levantando os braços.

— Você... me seguiu? – pergunto soltando o pedaço de madeira com alívio por não precisar usá-lo.

— Não, estou aqui desde o início da festa, a música estava muito alta. — ele caminha para perto de mim. — Pena que não adiantou muito.

Ele está certo, ainda dava para escutar a melodia dos instrumentos.

—Vejo que não sou o único que estou fugindo. — ele me encara com um sorriso.

— Eu só precisava ficar um pouco sozinha — admito.

— Mas desse jeito você nao vai aproveitar a compendiado convidados  — sussurra ao meu lado. — E principalmente as danças.

— Eu não sou muito boa nisso — digo com um sorriso sem graça evitando olhá-lo nos olhos e me afastando.

— Em ficar na companhia das pessoas? — Ele pergunta com uma sobrancelha arqueada.

—Não... — Sinto meu rosto ficar vermelho. — Em valsa, nunca consegui corretamente.

Encaro meu vestido verde, que agora está com a bainha cheia de terra.

— Mas você não tem aula disso? — Ele cruza os braços, confuso. — Como é possível?

— Digamos que não era meu forte — confesso enquanto lembro das inúmeras vezes que pisei no pé do meu parceiro.

— Então vamos resolver isso agora — responde, puxando-me antes que eu possa dizer não.

Ele posiciona uma de suas mãos sobre a minha e ajeita a outra em minha cintura.

— É fácil, é só me acompanhar – complementa.

Contenho meus impulsos de olhar para meus pés, mantenho minha concentração em seu rosto agora não terei como evitá-lo, quando levanto a cabeça encarou seus penetrantes olhos verdes.

Ele solta a minha mão e coloca a sua junto a outra na minha cintura. E eu coloco a minha em seu ombro, deito minha cabeça em seu peito e me concentro nas batidas fortes de seu coração.

Eu o encaro novamente, mas agora olhando para seus lábios, perguntando se ele também estaria sentindo o mesmo desejo que eu de beijá-lo. Ele abaixa a cabeça, posicionando sua boca em minha orelha e sussurra:

— Pronto, já pode dizer que aprendeu a dançar. — Assim que suas palavras saem de sua boca, ele solta minha cintura rapidamente e caminha para fora da floresta.

!! gostaram ? querem descobrir quem e o famoso amor de allegra? então continue lendo, deixe sua ESTRELINHA NÃO ESQUECE ajuda muito, gosto do prólogo? achou chato? preciso melhorar alguma coisa? pf me avisem também, pode ser aqui nos comentários ou...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


!! gostaram ? querem descobrir quem e o famoso amor de allegra? então continue lendo, deixe sua ESTRELINHA NÃO ESQUECE ajuda muito, gosto do prólogo? achou chato? preciso melhorar alguma coisa? pf me avisem também, pode ser aqui nos comentários ou no privado, afinal criticas são produtivas !!

⚠️revisão⚠️ Sem Escolha- Todos tem um segredo profundoOnde histórias criam vida. Descubra agora