Capítulo 2 -- O Tiago

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Eu era uma rapariga normal, tinha 14 anos e só estava naquela escola há um ano mais ou menos.
Eu tinha um professor de matemática chamado Tiago e eu odeio do fundo do meu coração essa disciplina. Aposto que maioria de vocês que estão a ler também não gostam.
Eu não encarrilho com aquilo de maneira nenhuma e aquele stor percebeu isso. E perceber isso não era o que eu esperava, não era o que eu queria.
O Tiago começou a fazer-se a mim, acariciava-me, e quando eu ia ao quadro fazia sempre maneira de deixar cair o giz e agarrá-lo no momento em que ele passa pelo meu seio. Quando se baixava para apanhar o giz roçava a sua cabeça no meu rabo. Sim, foi bastante constragedor para mim e eu pensava que isso iria passar, mas não passou.
Eu estava a ir para casa quando um carro para no passeio e lá dentro estava ele. Perguntou-me se eu queria boleia e eu burra como sempre aceitei. Posso vos dizer que cometi o maior erro da minha vida: ele trancou as portas do carro, perguntou-me onde morava e eu não desconfiava de nada, até pararmos no semáforo e ele injetar-me uma seringa com uma substância qualquer que eu desconhecia na altura.
Não sei para onde fomos, por onde fomos e quando é que fomos... apenas sei que quando acordei tinha as minhas leggins pretas rasgadas pelas costuras, havia bocados de roupa espalhados por aquele chão de cimento frio e despido. Eu não tinha blusa, o meu sutiã que por acaso era novo, estava desgastado e sujo. Sentia-me porca, suja e estranha. Na altura não percebi mas tinha sido violada.
Levantei-me daquele chão imundo. Os meus olhos só procuravam uma porta, uma janela, um buraco... qualquer coisa, não importa o quê, desde que desse para fugir dali.
Eu estava num edifício fechado e escuro, fazia eco, por isso pensei que fosse um contentor mas era demasiado grande. Não havia nenhuma janela. E eu não via nenhuma porta. Apenas havia um pequeno fio de luz branca vinda de um candeeiro que me iluminava.

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