Capítulo 04

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    Não, não pode ser. Aliás, pode ser sim, desde aquele dia eu sabia que uma hora ou outra ele iria aparecer. Ninguém vai fazer uma merda tão grande na sua vida e desaparece assim. Tudo nessa vida me assombra. Esqueço que eu estou no telefone, quando eu ouço uma suave voz:
    - Harry? Está aí chuchu?
    - Ahn, estou, eu acho. Mas que merda você quer? Huh? A minha vida? Minha conta bancária? Minha familia? Ah é, você já levou tudo nesses últimos 4 anos!!!
    - Oh my baby. Acho melhor você não falar assim comigo, eu matei a sua família e posso muito bem te matar também. - eu congelo com duas palavras ditas com um tom irônico e ouço sua risada doentia. Ele prossegue - Mas seria um grande desperdício, porque você é muito lindo e gostoso, fica ainda mais bonito quando está com medo usando essa calça de moletom cinza que está vestindo agora, com as suas tatuagens, esse cabelo bagunçado... Ops, acho que perdi o foco, e sim my love eu posso ver que você está com medo. Porque aliás eu estou te vendo.
    Ao ouvir suas palavras me viro automaticamente,  e o vejo pela janela que está em minha calçada olhando para mim com um sorrisinho no seu belo e maldito rosto. Ele caminha até a porta e pelo telefone me avisa:
     - Acho melhor você abrir a porta, você não vai querer que eu faça uma bagunça na sua sala de estar né?
     Seguro na mão de Deus e vou. Desligo o telefone e vou em direção a porta de entrada que fica no mesmo cômodo, na sala. Pego na maçaneta, crio coragem e giro a. Vejo seus olhos azuis se levantando, me olha de cima a baixo, noto que ele dá uma leve mordidinha em seu fino lábio inferior, em seguida me olha nos olhos e eu olho em seus olhos também. Porém, fiquei intimidado com seu olhar de, desejo talvez, até que ele me olha com um rosto franzino e indaga:
      - Não vai me convidar para entrar docinho?
     Dou passagem para que ele entre, e assim que seu pequeno corpo passa por mim, fecho a porta e me sento no sofá de frente a ele, que está sentado em minha poltrona.
      Ouve-se apenas o silêncio. Resolvo me pronunciar então:
      - Então Tomlinson...
     - Por favor, me chame de Louis. Não, esquece, Tomlinson está ótimo. Desculpe, continue sim?!
    - Continuando, o que você quer de mim dessa vez?
   - Bom, primeiramente, senti saudades também. E segundo, você acha mesmo que eu já deixar você em paz? Ah baby, você está muito enganado - disse piscando e com o seu famoso sarcasmo. Cansei dele ser sarcástico comigo, vou retribuir a sua ironia na mesma moeda.
    - Não meu bem, não sou tão ingênuo a ponto de pensar dessa maneira - disse piscando, acho que chegou a minha vez de ser irônico, pensava isso antes de me arrepender, já que ele muito rapidamente coloca uma arma na minha cabeça e diz com um tom feroz, cerrando os dentes:
    - Apenas escute sim?! Você diz que não é ingênuo, mas acabou de ser achando que pode falar assim
comigo e achar que não aconteceria nada contigo. Quer saber? Cansei de ser bonzinho, vim aqui para conversar, sem precisar usar a minha agressão, digamos assim, mas minha paciência acabou. Levante, VAMOS, EM DIREÇÃO DA PORTA AGORA!
     Faço o que ele manda, já que ele realmente não está em seu juízo perfeito. Se é que ele já esteve algum dia, apenas digo:
     - Okay - vou até a porta como mandado.
    - Ótimo. - ele disse atrás de mim, apontando a arma ainda em contato com meu corpo, agora em minha costa.
     - Okay - digo em um tom irônico .
    Ele apenas deu uma leve risada. Saindo da minha casa sou direcionado a caminhar até o fim de meu jardim, que vem depois da entrada da frente, e paramos ao lado de um carro preto, dei graças a Deus por não ter ninguém na rua a essa hora, porque se tivesse provavelmente levaria apenas um tiro. Ele para em frente o carro e diz:
      - Malik, ou, Payne. Abre está porra de porta rápido! - disse ele com um tom autoritário.
     - Sim senhor. - ouço a resposta que aparentemente vem de dentro do carro.
    Reconheço essa voz, se não me engano era de um capanga dele. Que no momento, estava com um cigarro que suspeito que seja maconha. Entretanto, acabei tendo certeza a respeito do meu pensamento anterior  quando ele saiu do carro, subindo o cheiro da erva. Em seguida ele disse se referindo a Louis e a mim:
      - Senhores, podem entrar - falou com um sorrisinho no rosto. Tenho que admitir, esses caras são muito atraentes.
    -Sem gracinhas Zayn Malik - disse Louis com uma face, um tanto digamos irritada, mas como seus traços são graciosos, essa expressão apenas valoriza mais o que ele tem de bom, aliás, a única coisa que ele tem de bom.
     Ao entrarmos no carro, noto que Zayn está dirigindo e que no banco do passageiro reconheço que é o gordo do dia em que houve aquela chacina, sugiro que esse seja o tal do Payne. Louis e eu entramos nos bancos traseiros. Assim que entro, pergunto um pouco assustado a Louis:
     - Onde vamos ?
    Ele me lança um olhar e um sorriso malicioso, que me deixa um pouco mais nervoso que antes, acho que minha coragem sumiu:
     - Você vai ver.
   Vejo que todos estão com sorrisos maldosos no rosto, e isso me deixa com um puta medo.  Seja o que Deus quiser, sobreviver, ou viver, vou precisar de sorte. De muita sorte!

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O que vocês acharam ? Digam nos comentários se vocês gostaram ou não meus amores!!!

Até a próxima.

Revenge Of Love || L.S em correção Onde histórias criam vida. Descubra agora