Quando eu olhei para o corte, vi que estava muito fundo e que eu estava perdendo muito sangue, Mas ao ver aquilo eu senti uma sensação estranha, alem do medo e da dor eu estava sentindo alivio.
Percebi uma poça de sangue se formando no local em que eu estava, tentei correr para achar ajuda mais escorreguei no sangue me fazendo desmaiar com a batida da minha cabeça no chão. Quando acordei estava em uma cama de hospital e tinha uma mulher sentada na poltrona ao meu lado, quando ela viu que eu acordei veio em minha direção.
Mulher- Você esta bem?
Eu- Acho que sim. O que aconteceu? O que eu estou fazendo no hospital?
Eu não conseguia lembrar de nada ate ela me falar.
Mulher- Eu te encontrei na rua enquanto estava indo para casa, vi que você estava sangrando, então chamei a ambulância.
Quando ela me falou isso, comecei a chorar, toda a lembrança daquela noite horrível veio em minha mente em poucos segundos. Ela vendo meu estado perguntou o que aconteceu, mas eu não falava devido ao medo que eu ainda sentia, como ela viu que eu não parava de chorar foi chamar a enfermeira que meu deu um remédio para dormir, mas enquanto eu estava fechando os olhos ela falou:
Mulher- Chamei o seu pai.
Ao ouvir aquelas palavras, apenas consegui dizer NÃOOO e dormi.
Horas se passaram, ate eu abrir os olhos com dificuldade, quando eu olhei para o lado não vi a mulher que me ajudou, senti um vazio no quarto, e me lembrei do alivio que tinha sentido quando estava sangrando, então eu já olhava para a janela ate ouvi a portar bater, quando olhei senti pânico, tentei gritar mais ele veio e tampou minha boca, era o Renato, aquele que tentou me matar sem eu ter culpa de nada, ele tinha ódio em seu olhar, então nesse momento ele me ameaçou.
Renato- Olha aqui, se você contar para alguém o que aconteceu, eu vou te dar outra facada e dessa vez não vou errar!
As lagrimas já eram visíveis em meu rosto, Quando a enfermeira entrou ele fingiu estar me dando um abraço, mas foi para falar em meu ouvido:
Renato- Lembre-se do que eu te falei.
Então a enfermeira pensando que era um encontro familiar, deixou a preocupação de lado.
Enfermeira- Por favor senhor Renato, poderia me acompanhar ate a sala do medico?
Renato- Claro!
Assim que ele saiu, eu não sabia o que fazer, fiquei me perguntando o que seria da minha vida agora, eu não tinha para onde ir a não ser a casa de onde tenho péssimas lembranças. Logo depois o Renato chegou junto da enfermeira, depois de tudo que ele fez, não o chamava mais de pai.
Enfermeira- Daqui umas horas você terá alta.
Eu- Obrigado.
Continuei sozinho com aquele que um dia eu chamei de pai, pelo menos fui amado por minha mãe, sempre que me lembro dela uma lagrima desce pelo meu rosto, sinto tanta falta, talvez foi ela que me protegeu desse monstro por 12 anos. As horas pareciam não passar, cada vez me deva medo em olhar para a cara daquele homem, que pra mim era como um desconhecido. Não olhei na cara dele em nenhum momento, até que deu a hora de me darem alta, de repente entra um medico sorridente no quarto em que eu estava e veio logo falando comigo.
Medico- Ola garoto, como esta se sentindo?
Eu- Bem melhor, obrigado.
Medico- Isso é bom, haha.
Dei um sorriso.
Medico- Você terá que vim de novo daqui uma semana, certo?
Eu- Certo!
Então o Renato foi assinar uns papeis enquanto estava me arrumando para ir para casa. Quando chegamos...
Oii pessoal, espero que gostem, se gostarem votem e comentem!! quero muitos comentários :3
Quero agradecer a minha grande amiga Larissa que me ajudou nesse cap! Amiga te amo ❤✌ Querida_Lamina
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O menino e seus pulsos ✞
Novela JuvenilLucas é um garoto de 14 anos, que perdeu a mãe cedo, e seu pai era um alcoólatra que não queria ter um filho, então a unica saída do Lucas foi o caminho pela automutilação, que por meio desse caminho descobre novos sentimentos e novas pessoas que o...