DEGUSTAÇÃO! SEGREDOS MORTAIS - Renda-se a mim.

Capítulo 3 - Desafiando você

Mia Black

Eu tentava comer sem olha-lo, mas era impossível, ele estava de frente comigo e parecia tão confortável. Como ele consegue ser tão indiferente a tudo em sua volta?

— Você está nervosa. — Ele falou sem me olhar.

— Não estou não. — Neguei.

— Então essa sua mania de bater com os pés é só um tique que você tem? — Caramba, travei minhas pernas. Ele levantou seu olhar para mim me questionando.

— É. — Respondo o encarando, já basta ele ter me feito aquilo no elevador, nunca mais vou deixa-lo me afetar assim.

— Você mente mal. Isso é bom. — Nossa, agora ele resolveu conversar?

Após um tempo de silêncio eu resolvi falar.

— Você me intimida. — Confessei.

— Isso é normal. — Muito arrogante.

— E você gosta disso. De intimidar as pessoas...

— Não posso evitar, faz parte de mim. — Podia jurar que vi o esboço de um sorriso ali. Mas acho que foi apenas impressão minha.

Aaron Prescott

Que porra eu estou fazendo aqui com essa menina? Almoçando com ela na frente de todos? Na verdade eu nem almoço aqui na empresa. Maldito Liam que me coloca em cada enrascada. Eu a vejo disfarçando e olhando pra mim enquanto comemos. Resolvi não prolongar o assunto, não quero que pense que tem intimidade comigo apenas porque trocamos essas poucas palavras. Cometi esse erro com Molly e agora ela não cala a boca quando me vê. Mas não sei por que essa menininha me desperta tanta curiosidade. Ela tem 22 anos, mas eu olho pra ela e vejo uma menina de 15. Tem um sorriso tão inocente, que me faz ter pensamentos impróprios com ela.

— Quantos anos você tem? — Perguntei apenas para confirmar.

— Fiz 22 anos semana passada. Por quê?

— Parece que tem menos. — Dei de ombros.

— Vou aceitar como um elogio. — Ela tentou descontrair.

— Mas não foi. — Falei seco. Mais uma vez o silêncio reinou ali.

— Em qual Universidade você estuda mesmo? — Porque eu estou perguntando essas coisas pra ela? Cala a boca Aaron!

Ela me mandou um olhar irritadíssimo, pude sentir a energia que emanava dela. Isso amor, adoro ver vocês bravas e intimidadas.

— Na F.I.U. — Olha, realmente é inteligente.

Resolvi calar minha boca. Ela terminou de comer, nos levantamos e voltamos para o setor. Dentro do elevador eu senti aquela sensação estranha que senti quando a toquei, o que é que essa menina tem?

— Ainda não tirou sua hora de almoço. Durante esse tempo, se quiser sair da empresa ou mexer na internet, fique a vontade.

— Sim senhor. — Ela falou em um tom de deboche.

Será que se eu mata-la alguém vai sentir falta dela? Eu duvido.

— Você mora com quem? — Perguntei para tirar essa minha dúvida.

— Sozinha. — Respondeu seca. Ótimo!

— E sua família?

— Porque o interesse? — Ela perguntou e meu sangue ferveu. Apertei o botão e o elevador parou. Ela me olhou assustada, ficando no canto do pequeno elevador. Está encurralada querida...