Prostituição

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Chegou uma menina alguns minutos depois, ela tinha mais ou menos minha idade, cabelos na altura da cintura (aparentemente), tinha cara de mexicana ou indiana sei lá, cabelos de cor preto e cacheado, pele pálida e o rosto com marcas de quem tinha acabado de levar uma pela surra.

-Quem é essa?-Perguntei

-Meu nome é Giovana, Giovana Dias

-Giovana vai ensinar vocês dois todo o "ofício"-O velho riu

Tive um pouco de receio com isso pois ele fez sinal de aspas com as mãos quando falou 'ofício' e eu, particularmente, tenho um certo medo de aspas.

-Okay. -Disse a menina com cara de puta.

(PS: ops... Falei!)

A menina nos levou até um tipo de salão onde tinha adolescentes de todas as idades e de todos os sexos (se é que você me entende)

-Aqui é onde vocês vão trabalhar agora, então, se acostumem. -Disse Giovana

-Você pode me dizer que lugar é esse?-Falou Alexandre

Alexandre fez aquela pergunta com um certo tom meio de "macho" (olha as aspas aí), Então percebi que ele queria chamar a atenção da Giovana

-É aqui onde vocês e eu vamos ficar, junto com o resto que trabalha aqui.

-Que tipo de trabalho é esse? O que vamos fazer?-Perguntei

-Prostituição! Bom... Acho que você já sabe o que é para fazer não é? Inocente... -Ela riu

Peguei ela pelo pescoço e encostei-a na parede

-Escuta aqui garota! Você não me conhece! Não sabe nem quem eu sou! Eu não vou me prostituir nem morta! Escutou?

-A mocinha não quer fazer o trabalho?

Aparece um cara magro e baixinho, com uma arma na cintura e o casaco do paletó sobre os ombros.

-Temos uma teimosinha aqui Giovana?

Soltei ela e olhei para trás, Giovana deu dois passos para o lado e abaixou a cabeça para o cara como um cão perdido. Me mantive de cabeça erguida.

-Sim. Não vou me prostituir! -Eu disse

Ele sacou a arma e me deu uma coronhada forte na cabeça, Eu caí no chão.

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