Capítulo 9 - Desistir não está em meus planos.

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 E mesmo depois de receber a notícia negativa, Benjamin não desanimou, nem entristeceu. Ele sabe que nada será fácil daqui para frente, mas a sua insistência faz com que as coisas sejam menos difíceis. É como  a sua avó lhe disse uma vez: "Tudo que vem fácil, vai fácil. Então nunca se contente com a facilidade, almeje sempre as coisas mais difíceis. O difícil vale a pena". É por isso que Benjamin sempre acredita no impossível, porque o impossível é extremamente difícil. Na verdade, o impossível não é totalmente impossível, é apenas algo difícil a se almejar, mas nunca impossível.

Depois de algumas horas preso à seus pensamentos, Benjamin decidiu pegar seu telescópio, e passou uma boa parte da noite apreciando o céu e imaginando como serão as coisas a partir de agora. Uma coisa, pelo menos, era certeza para Benjamin: ele não iria desistir do seu sonho. Isso é bom, porque se há insistência, há esperanças, e se há esperanças, ainda há um sonho. Um sonho que poderá, de fato, tornar-se realidade. Logo após pensar, pensar e pensar, Benjamin decidiu tentar dormir um pouco, ele nem havia dormido na noite passada, ele estava realmente exausto.

Na manhã seguinte, Benjamin acordou bastante indisposto, até pensou em faltar a escola, mas todos estavam o elogiando por ele ter melhorado o rendimento na escola e tudo mais, e também havia prometido ao amigo Thomas que não iria mais faltar aulas, e promessa é divida. Ele já estava farto de desapontar as pessoas, e não seria uma pequena indisposição que iria fazer o velho Benjamin ir embora novamente... Ele não queria que isso acontecesse. Nem ele e nem ninguém. E depois de pensar mais um pouco, enfim deixou a preguiça e indisposição de lado, levantou, se arrumou, e foi para a escola tentando fingir estar disposto a passar horas assistindo aulas chatas.

Chegando na escola, Benjamin encontra Thomas e mais dois colegas na porta da sala de aulas, e quando ele ia abrir a boca para cumprimentar todos, seu professor de artes já estava chamando todos para entrar. E depois de algumas horas prestando atenção naquela aula extremamente chata, Benjamin enfim conseguiu conversar com Thomas:

- E aí, tudo nos conformes? - Benjamin pergunta.

- E aí, cara. Está tudo tranquilinho. E com você, tudo bem?

- É... tô bem! Um pouco cansado, mas bem. Ah, lembra da ligação lá?

- Lembro sim! E aí, qual foi a resposta do amigo do seu padrasto? - Thomas fica curioso.

- Então, acredita que o cara se demitiu do trabalho lá tem uns meses?! O cara se demitiu da NASA, como assim? Creio eu que seja um dos melhores trabalhos, independente da função que faça.

- Como assim? Me explica isso direito. - Thomas fica confuso.

- O amigo do meu padrasto não trabalha mais lá na NASA, ou seja, ele não pode fazer nada por mim. Mas ele disse ao meu padrasto que todo mês a NASA abre inscrições para algo relacionado à visitas e tal. E disse também que poderia nos passar alguns contatos influentes que possam, talvez, me ajudar. Pois é. Mas tudo bem, eu sabia que nada seria tão fácil. Gosto das coisas difíceis.

- Menos mal, cara. Pelo menos ainda há esperanças, não é mesmo?

- Com certeza! Há muito mais que esperanças, há possibilidades. E se há possibilidades, o rei das causas impossíveis aqui nunca irá desistir. - Benjamin responde, sorrindo. 




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