Eu sabia o que estava fazendo, com quem estava mexendo desde o começo, e convenhamos que Amy não era nada demais. Agora quanto a ela, ela não deveria saber quem eu sou, ou muito menos quais são meus negócios, mas já não me importava mais, a uma hora dessas, ela já devia estar queimando no inferno, espero que ela já não esteja mais lá, quando for minha vez.Quando sai de meus pensamentos, olhei em volta, e as poucas pessoas que haviam no lugar estavam me olhando assustados e tentando ficar o mais longe possível de mim. Cheguei na bancada do caixa, debrucei-me sobre a mesma, com a arma em minha mão a escondendo, para que só o homem que estava no caixa visse que estava sendo ameaçado.
-Fica quieto, se não você vai ser o próximo! - e sai do bar pisando firme.
Fui para casa, sentei no sofá e acabei dormindo, depois de limpar e guardar minha arma.
Acordei as 6am e me troquei, coloquei uma calça jeans, uma regata branca, coloquei minha mochila nas costas e sai em direção a escola, cheguei na sala, sentei e abaixei a cabeça, pra falar a verdade estava morrendo de dor de cabeça. Senti alguém bagunçando meu cabelo.
-Não enche Mike - falei meio grossa.
-Ta de mal humor, é? O que rolou? - ele sentou e olhou pra mim.
-To com dor de cabeça, só isso.
Acordei com o barulho do irritante sinal tocando para o intervalo e Mike me chamando. Me levantei, peguei meu material, para a troca de aula, e fui com Mike até o armário dele, quando estávamos quase perto do meu armário, eu parei meio tonta, não enxergando nada por um momento, e me encostei no armário quase caindo.
-Megan, você tá bem? - ele me segurou, me olhando preocupado.
-Ãn, sim, eu vou embora, Mike.. Não vou conseguir ficar aqui desse jeito.
Sai da escola e fui direto para o clube de strip, no qual eu era dona junto com uma "amiga" minha, digamos colega de trabalho, e como esperado bem mais velha que eu. Lia devia ter seus 32 anos de idade. Chegando lá, logo vi Nate, um amigo meu, não só de trabalho. Ele veio me contar o que havia acontecido desde a última vez que estive lá, e me questionar de o porque fazer tanto tempo que não aparecia por lá.
-Desculpa, não tive muito tempo, o Matheus esteve aqui e Lauren está em coma - olhei pra ele - Sim, de novo - suspirei e fui para a sala na qual ficava o cofre.
-Lauren? Sua irmã que dá em cima da Katy, mas não admite? - rimos
-Essa puta mesmo. - rimos mais ainda.
Abri o cofre, peguei o que tinha e contei, havia 7 mil e 300 reais, para um mês? Até que estava bom.
-Hey Nate, volto depois, pode ser? Estou morrendo de dor de cabeça.
-Claro baixinha - ele sorriu e me abraçou - mas volta logo, pra podermos rir juntos desses trouxas que aparecem por aqui. Melhoras!
-Pode deixar - sorri e fui pra casa.
Acho que Nate substitui o papel de irmão que Matheus não pode fazer, quase sempre. Ele me dá atenção e carinho, mas eu tenho com ele uma conexão que não é como a minha com Mike, pelo menos, não completamente. Com Nate, é bem mais forte.
Quase ninguém sabe que tenho Nate como amigo, não sei nem se Lauren mesmo se lembra, mas se ela se lembrar, não sabe que ele trabalha no meu strip club. Não o vejo sempre, mas sempre que dá tento falar com ele, mesmo que seja por telefone ou mensagem.
Cheguei em casa e fui mexer no computador, logo na pagina inicial da Internet estava a notícia.
"... Amy Fields foi encontrada morta em um bar localizado em uma pequena cidade perto de L.A., St. Louis. Pelo que a pericia afirma foi morta com um tiro de um revolver calibre 38, logo abaixo da orelha, e foi morta no dia 15 de fevereiro de 2015. A policia irá investigar e conversar com colegas da vitima, para saber quem poderia ter sido ou o porque..."
Não fiquei surpresa, só não esperava que fosse sair na internet tão rápido. Isso já havia acontecido, sempre diziam que iriam investigar e abandonavam o caso, tenho dó da família dessas pessoas, quer saber.. Não tenho não, se morreram foi porque mereceram. Esse é o mundo, só resta aceitar.
Levantei e fui até a varanda, peguei meu cigarro, comecei a fumar, e incrível, minha dor de cabeça, passou.
Fiquei ouvindo o barulho dos carros e vendo a rua, enquanto fumava.Vi que Mike havia estacionado o carro em frente minha casa, do outro lado da rua. Ele saiu do carro com os óculos escuros dele, quando foi bater na porta de casa, vi que ele havia parado e começado a falar com um policial, que na verdade nem sei da onde surgiu. Não estava entendendo mais nada.
Entrei no meu quarto novamente e assim que deitei pude ouvir Mike batendo na porta. Abri a porta e ele logo perguntou.
-Ei Meg, está melhor? - ele disse e sorriu fraco.
-Sim - disse apressada nem ligando - o que houve? Porque estava falando com o policial?Ele entrou em casa coçando a cabeça, parecia estar nervoso.
- Nada, eles queriam saber se havia alguém em casa, acho que estavam te procurando. Estão investigando a vizinhança, não entendi direito o porque.-Hm, que estranho - disse sem coragem de lhe dizer a verdade.
Subi para meu quarto com Mike logo atrás de mim. Me joguei na cama e chamei Mike, que logo se deitou também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ao Contrário de Tudo
RandomMegan, uma garota de apenas 16 anos, porém com muita coisa vivida, ela tinha experiência, sabia como funcionava a vida, pelo menos a vida dela. E não gostava daquilo. Não foram justos com ela, ela também não seria com ninguém. Até que ao contrário d...