Capítulo 7

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de giulialima

de giulialima

Justin surrava aquele homem como se estivesse esmurrando um saco de pancadas. Eu estava muito assustada com aquilo tudo, chorava sem parar.

- Seu covarde! Vagabundo! Filho de uma puta! - Justin gritava enquanto o homem implorava para que ele parasse.

- A garota também queria que você parasse, mas você não estava nem aí! Agora que está sentindo na pele o sofrimento, está arrependido. - Ele continuava a chutá-lo, sem piedade. O homem segurou o pé de Justin que se desequilibrou um pouco, e conseguiu fugir. Ele iria correr atrás, mas eu o chamei.

- Justin, não! Você pode se machucar. - Falei pra ele. Um sentimento de preocupação brotou em mim, e eu realmente tive medo que ele se machucasse. Ele me olhou e andou até mim.

- V-você... Você tá bem? - Ele perguntou desconcertado. As lágrimas não paravam de descer, já tinha passado aquele momento, mas eu estava abalada, com medo. Não consegui encará-lo, apenas olhava para o chão. Até que ele se aproximou e tocou o meu rosto e o ergueu até nossos olhares se cruzarem.

- Não fica assim... eu estou aqui, nada vai acontecer. - Pela primeira vez vi um Justin diferente. O Justin do coração mole, doce, meigo. Ele passou uma mão bem de leve pelo meu cabelo e com a outra pôs em minha cintura e me puxou devagar e, involuntariamente, minhas mãos subiram para os ombros dele. Era como se a gente fosse começar a dançar. Ele então me puxou ainda mais e aproximou o rosto bem devagarinho... Foi nesse momento que eu fexei os olhos e senti a boca dele se encostar na minha. Um beijo calmo, gostoso, um beijo bom. Não me lembro quanto tempo durou, não sei se foi um beijo imenso ou vários que se misturaram.
Uma hora, nós paramos para respirar.

- Eu te levo pra casa. - Ele disse ainda segurando o meu rosto. Nós entramos no carro e ele seguiu para minha casa, fomos em silêncio, apenas trocando olhares. Quando chegamos, ele parou e me encarou.

- Obrigada por me salvar daquele monstro, se não fosse você eu... - Justin me interrompeu.

- Não vamos falar disso. Passou. - Ele me abraçou. Não sei o que foi aquilo, eu realmente não estava o reconhecendo, ou melhor, eu não conhecia aquela outra personalidade dele. Claro que o fato dele demonstrar esses gestos de carinho não mudaria a minha opinião sobre ele ser um completo babaca e galinha.

- Obrigada Justin. Obrigada mesmo. - O soltei e desci do carro. Ele me olhou e saiu. Entrei em casa e subi para o quarto, precisava descansar, muito.

Sonho/ Pesadelo de Megan ON:

- Me solta, socorro!

- Ninguém vai te ouvir! - Aquele homem nojento começava a tirar suas roupas e rasgou as minhas. Estava apenas com roupas íntimas.

- Não vai doer nadinha, vadia...

Sonho/ Pesadelo de Megan OFF.

- NÃO, SOCORRO! - Acordei desesperada, até perceber que era um pesadelo. Comecei a chorar e me lembrar de hoje, se não fosse o Justin, eu nem sei o que seria de mim.

Já estava de noite, acho que dormi por muito tempo.

- Querida, o que houve? Ouvi seu grito de lá do meu quarto. - Minha mãe entrou e sentou na minha cama me abraçando.
- Nada mãe, foi só um... pesadelo. - Resolvi não contar o que tinha acontecido, não queria mais lembrar dessa história.

- Ô minha linda não fique assim, já passou. - Ele me fez um carinho, que só mãe sabe fazer. Aquele conforto transmitido por um simples abraço de mãe.

- Sim mãe, passou. Meu cavalheiro negro me salvou... - Disse baixinho enxugando as lágrimas.

- Vamos descer, seu pai fez a janta. - Ela riu

- O papai? Como assim? Vai chover! - Nós duas rimos.

Jantamos macarronada e tenho que confessar, estava ótima. Depois fomos jogar uns jogos de tabuleiro e depois assistimos filmes. Perto deles me sentia protegida de tudo, me sentia em paz.

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