Capítulo 2

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O carro parou em frente à um enorme casarão, mais parecia uma mansão.

- Você disse que me levaria pra casa!
- Eu não disse que a levaria pra casa, você entrou no carro porque quis. - Ele respondeu com raiva e debochado.
- Você me obrigou!
- Epa, epa! Eu disse que você poderia ficar lá se quisesse. - Ele disse abrindo a porta do carro.
- Daqui eu não saio, até você me levar pra casa-Gritei
- Então tá, se a garotinha mimada quer ficar, que fique! - Ele saiu fechando e travando as portas. Que ódio! Comecei a bater no vidro da janela, o gritando para abrir, ele já estava chegando perto da entrada da casa, quando olhou para trás e riu de canto de boca, mesmo com uma expressão nada boa. Cada vez mais eu odeio esse cara, e me odeio mais ainda por ter esquecido meu celular! Ele destravou o carro e entrou. Desci, bati a porta com toda força e entrei. A casa é espetacular! Com uma decoração típicamente rústica, mamãe com certeza ia amar. Ele já estava indo em direção à escada, mas eu não ia deixar ele brincar com a minha cara, achando que sou dependente dele.
-O que você quer de mim? Vingança? Bem que me disseram que você é do tipo vingativo! E o que não falta é motivo para manter distância de um cara como você. Galinha, babaca, vingativo, idiota, bora lá, fala mais! Um mauricinho como você, sempre teve tudo na palma da mão, sempre achando que todas são suas e você não é de ninguém, mas não é assim que a banda toca não, camarada! Seus pais devem sentir vergonha de ter um filho como você. Devem acordar todos os dias com desprezo de saber que tem um filho do seu tipo - Falei desafiadora.
- Quem te contou isso? Quem mandou você cuidar da minha vida? - Ele disse vindo em minha direção.
- Um garoto com fama de galinha sempre tem a vida mal falada - Despejei sem pensar e o fiz sair de vez do sério, me empurrando com força fazendo meu corpo chocar contra a parede, apertando meu pescoço com ódio e me deixando sem ar.
-Para... para. - senti uma lágrima cair - Jus...Justin para!
- Porque você foi fuçar minha vida? Porque você foi falar dos meus pais ? - Ele me soltou, pegando um copo de vidro que havia em um balcão de bebidas e o colidindo contra a parede, fazendo cortes em sua mão que começava a sangrar. Agora eu estava realmente assustada, ele mudou completamente ao falar dos pais... Ele subiu as escadas e eu fui junto. Entrou em um dos cômodos e fechou a porta em que parei em frante, pensando se entro ou não. Decidi entrar sem bater, o encontrando no banheiro, despejando água no seu ferimento.
-Me deixa ajudar você - falei arrependida de ter falado aquilo, ao ver aquele monte de sangue pingando.
-Sai daqui. - Ele disse seco, pegando a toalha de rosto para tentar estancar o sangramento.
- Droga, a imprestável da Madalena fica de folga quando eu mais preciso! - Ele reclamou, apertando com força o corte contra o pano, fazendo sangrar mais.
- Você está sangrando demais.
- Ah, jura ? Nem percebi. - Ele abriu um dos armários do banheiro para pegar outra toalha, quando avistei uma maleta de primeiros socorros.
-Me deixa te ajudar! - Falei pegando a maleta.
-Não! Só me faz uma coisa, pega o dinheiro que tem em cima do balcão lá na sala, e some da minha casa, desaparece da minha frente antes que eu quebre sua cara! - ele estava se segurando para não fazer o que disse, mas eu não iria deixá-lo sangrando daquele jeito e me sentir culpada depois. Peguei a meleta e puxei a sua mão, saindo do banheiro.
-EU JÁ MANDEI VOCÊ IR EMBORA DA MINHA CASA - Ele gritou furioso.
-Cala a boca e para de agir que nem um infantil! Não sabe nem cuidar de si mesmo, quanto mais fazer um curativo. - Ele estava nervoso, mas me deixou continuar. Ele sentou na cama e eu peguei sua mão novamente. Limpei o sangue que estava escorrendo, ele virou o rosto pro lado, pressionando os lábios. Sei que estava ardendo, pois mesmo que os dois cortes que formara fossem pequenos, estava profundo, mas não havia necessidade de ponto. Limpei com iodo, enrolei com faixas que haviam na maleta e deixei o curativo parecendo com de um profissional! Estava orgulhosa por dentro. Guardei os materiais na maleta e a coloquei de volta no banheiro. Quando saí, o encontrei apenas de bermuda sem camisa, mechendo no celular.
-Você poderia ligar pro táxi? - Disse tentando não olhar para aquele peitoral.
-Lá em baixo tem uma lista com números úteis. Um deles com certeza vai ser de um táxi. - Arrogante. Saí do quarto batendo a porta com força. Desci as escadas e fui preocurar a tal lista. A casa é realmente gigante e magnífica, com certeza mora mais gente aqui, mas até agora ninguém apareceu. Olhei nos balcões que havia na sala, e encontrei a tal lista, tinha vários números e muitos deles pertenciam a garotas.
-Galinha, então esses são os números úteis dele. Malena, Daisy, Camila... achei ! Mas, qual o endereço desse lugar ?! - Subi novamente até o quarto encontrei apenas de cueca box assistindo televisão. Concentração Megan, concentração!
-Porque você tirou sua roupa ? - Perguntei sem pensar, sem tirar os olhos dele.
-Eu estou na minha casa e no meu quarto. - Ele deu de ombros - Porquê a pergunta? Estou te distraindo? - Ele me olhou de cima a baixo. Percebi que sua tensão já havia passado, não estava mais com aqueles olhos que pareciam querer me fuzilar... Me recompus e lembrei o que tinha de perguntar, preferi nem ligar para o que ele disse.
- Qual o endereço desse lugar? Preciso ir embora.
- Eu te levo. - Ele disse se levantando e chegando perto de mim. Perto até demais! Aquele corpo... que corpo. Eu não sou assim!
- Então faz o favor de se vestir e ficar bem longe de mim! - Disse empurrando-o, coisa que não adiantou nada, pois ele não saiu do lugar. Saí do quarto e fui esperá-lo na sala.

POV. - Justin

Ela saiu do meu quarto, parecendo estar irritada, mas no fundo gostou de me ver assim. Tá dando uma de difícil, mas no final eu sei que ela não vai resistir, nenhuma resiste. Ela ainda vai me pagar por hoje, e a melhor forma de pagamento é se entregando a mim. Vesti uma bermuda e camiseta e desci. A encontrei de costas observando os quadros da sala. Cheguei bem pertinho dela, sem deixá-la me notar.
- Belos quadros, não? - Falei e ela pareceu tomar um susto.
- Com certeza não foi de sua escolha colocá-los aqui. Se fosse do seu gosto, teria colocado telas com nudez e com o rosto das garotas da sua lista de contatos úteis. Agora me leva pra casa, tô enojada de você.
- Que garota antipática! Quem não vê a hora de estar livre de você, sou eu. Não quero te encontrar nunca mais. - Sinceramente, eu quero me ver livre dessa problemática.
- Quem dera ! - Ela disse, mas não entendi muito e nem dei muita bola. Peguei as chaves, entramos no carro e fui para a porta do colégio, que como a desinformada disse, só sabe ir pra casa apartir de lá.
- Pronto, agora a criança sabe o caminho de casa? - Perguntei irônico.
-Que eu saiba, a criança aqui não sou eu.
- Tu não me irrita mais do que tu já me irritou por hoje, porque senão te jogo em qualquer esquina, garota !
-Vira a primeira a esquerda e depois a segunda direita, ADULTO. - Ela disse, destacando a palavra "adulto". Pisei no acelerador com vontade, chegando no destino em dois tempos.
- Preferia morrer sozinha em uma rua desconhecida do que morrer com você dentro de um carro ! - Ela disse nervosa, atropelando as palavras e me dando tapas.
- Ei, ei, ei! Quem você pensa que é, para agir desse jeito comigo? Menina, tu não sabe com quem tá mexendo... - Disse segurando firme seus pulsos. Ela me olhava intensamente, todo o meu rosto. Nós fomos se aproximando, e aquilo pra mim, estava sendo totalmente involuntário e diferente, uma sensação que eu nunca houvera sentido antes, um momento que apenas assistira nos poucos filmes que já tivera visto... um momento bom.

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Afraid To Love You - Justin Bieber FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora