Epilogo

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Meses depois...

Era a época de páscoa novamente, enquanto na vila dos coelhos era considerado uma época triste de medo e perdas, pois seria o momento do ritual de páscoa e da escolha dos sacrifícios, entretanto entre os lobos era algo oposto, seria o momento de festa em que lobos solteiros poderiam encontrar a sua alma gêmea e iniciar uma família. Na vila dos lobos, no meio da floresta que rodeava a fronteira da terra dos coelhos, tinha uma grande festividade, era o ritual das estrelas... Na qual os jovens lobos pediam as estrelas, suas divindades, a possibilidade de escolher um coelho perfeito para eles. O xamã diria qual dos lobos solteiros que se ofereceram estariam aptos para participar do ritual.

Alam não entendia muito bem como era feita a escolha, na vila dos coelhos os ovos indicariam, por magia, qual dos coelhos tinham a capacidade de ter filhos e desta forma serem escolhidos a serem exilados, mas nos lobos o processo era mais complexo. O xamã conversa individualmente com cada lobo trançando um perfil deles, depois, de acordo com os coelhos escolhidos pelo o ritual de páscoa o xamã indicava aquele entre os que se ofereceram seria o melhor par... Mas essa escolha era rodeada de algo místico. E como o chefe dos lobo sempre dizia, mesmo com essa escolha não significava que um lobo encontrasse o seu coelho pelo o destino, sem intermédio do ritual das estrelas...Pois o amor era muito maior do que os rituais. Os lobos eram bem liberais, ao contrário da sociedade dos coelhos...

– Eu gosto mais daqui...-Sussurrou Alam sentando em um troco caído na praça central da vila dos lobos, todos eram convidados a festejar e participar do evento. Lobos e coelhos cantavam e dançavam alegres por toda a parte.

" E imaginar que do outro lado da floresta...Hoje é um dia mórbido!" Pensou com relação a vila dos coelhos.

– Ufa... –Suspirou Stern sentado ao seu lado, o loiro vestia a roupa de xamã, túnica roxa, com desenhos costurados e forma de lobos. Alam tinha ficado surpreso de saber, no início, depois de terem casado, que Stern era filho do xamã atual e desta forma ajudava no evento.

–Já acabou as entrevistas? –Perguntou o coelhinho, curioso.

–Sim... Hoje tivemos mais lobos se voluntariando do que no ano passado...Contudo você sabe que nem todos são escolhidos! –Disse limpando o suor de seu rosto. Era uma fato, poucos eram os coelhos escolhidos pelo o ritual de páscoa em comparação a quantidade de lobos solteiros. Aquilo, de certa forma , era meio triste...Agora Alam entendia por que Stern ficara tão feliz de ser escolhido para o ritual e ter encontrado o seu coelhinho. Aquilo era uma dádiva, um entre centenas poderia receber a possibilidade de ter um amante e iniciar uma família.

–Papa! Papa! –Erwin foi mostrar uma pedra brilhante que tinha achado, Arturo o acompanhava lentamente, estava ainda se acostumado a andar –Olha o que eu e altulo encontlamos!

–Lindo! –Sorriu Alam pegando a pedra.

–Pa o Bebê! –O lobinho apontou para a barriga já proeminente do coelho.

–Oh! Esse é um presente para o seu irmãozinho? –Sorriu Alam os dois filhotes fazem que "sim" com a cabeça –Obrigado! – Abraça os dois menores e beija a cabeça deles que sorriem e riem animados.

–Papa...Você acha que o tio Volk vai vir? –Perguntou o coelhinho.

–Ora...-Alam olhou para Stern que observava a cena com um sorriso bobo de papai orgulhoso –Eu não sei!

–Ele vai vir... Não só ele, Varg também!

– Então será um evento muito divertido! –Riu Alam.

– Yo! Casal maravilha! –A voz de Volk já anunciou a sua presença, a família de Stern observa a outra família se aproximando. Edgan carregava Ema e logo atrás vinha Aubert carregando uma cesta com comida.

Meu querido coelho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora