As três juntas

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Any completava nove meses, a felicidade mais do que visível. Poncho pedira suas férias pra poder ficar todo o tempo ao lado dela.


Dul com oito meses e alguns dias também já estava em casa, só se preparando pra quando seu baby chegasse ao mundo. Já Mai, com sete meses insistiu em continuar trabalhando, mesmo com Chris pedindo pra ela ficar em casa.


Estava tudo bem até ela sentir uma forte dor na base da barriga, gemeu se apoiando na bancada da cozinha, enquanto tomava seu café da manhã antes de ir ao trabalho. Sentiu um líquido escorrer por suas pernas e se assustou.


Mai: CHRIS!!!!!!! - gritou pelo marido que desceu as escadas correndo.


Chris: o que foi amor? - perguntou ao ver o rosto dela cheio de preocupação.


Mai: a bolsa Chris, a bolsa estourou. - ofegou sentindo mais uma pontada.


Chris: bolsa? A bolsa do bebê? - ela assentiu - CÉUS!!!!!!!


Ele saiu correndo, apanhou a bolsa maternidade que já estava pronta, como a enfermeira do curso havia dito, apanhou as chaves do carro e com todo cuidado guiou Mai até ele e correu pra o hospital.


Assim que chegaram enfermeiros trouxeram uma cadeira e levaram-nos ao centro de obstetrícia.


Mai: liga pras meninas amor. - apertou a mão dele.


Chris: claro amor, eu vou ligar e já sigo pro seu quarto. - beijou a testa dela.



Poncho acordou com o celular tocando.


Poncho: alô? - a voz carregada pelo sono.


Chris: Poncho é o Chris. - soltou afobado.


Poncho: fala cara. - se sentou na cama.


Chris: a Mai vai ter o bebê.


Poncho: que legal cara. - demorou um pouquinho pra entender - Pera aí, a Mai tá de quantos meses?


Chris: sete brother, acorda aí cara. - estava muito nervoso.


Poncho: A MAI VAI TER O BEBÊ! - gritou acordando a Any - A gente tá indo aí agora. - desligou o celular ainda atônito.


Any: o que foi amor? - ainda sonolenta.


Poncho: Mai entrou em trabalho de parto. - soltou num sussurro.


Any: Mai entrou... - abriu os olhos e se sentou - Mai em trabalho de parto?


Poncho: sim, temos que ir pro hospital.


Any: mas ela só tá de sete meses! - o susto foi tanto que Any sentiu a dor na base da barriga e o liquido da bolsa vazar - Amor vamos pro hospital agora! - agarrou o punho de Poncho.


Poncho: deixa eu só tomar um banho pra acordar.






Any: não Poncho! Agora é agora! - olhou pra ele - Minha bolsa rompeu!


Poncho não disse nada, apenas vestiu uma camisa e uma calça, pegou a bolsa maternidade, o celular e as chaves e ajudou Any a colocar um vestido, já que estava só de lingerie.


Correram para o hospital e foram atendidos por uma enfermeira que encaminhou Any pro mesmo quarto de Mai sem saber.


Mai: Any? - perguntou meio atordoada.


Any: oi Mai. - falou surpresa - Vim te fazer companhia. A Ju também quer nascer hoje. - sorriu.


Mai: só falta a Dul agora.



Dul: não falta mais. - chegou empurrada na cadeira - Você me deu um susto tão grande que quase caí da cama e entrei em trabalho de parto! - foi levada para a cama.


Any: somos duas Dul, comigo foi o mesmo.


Mai: as três juntas. - sorriu.



Os papais do lado de fora aguardavam os obstetras enquanto assinavam a papelada de entrada.


Poncho: até nisso elas parecem combinar.


Ucker: nem fala cara, quase tive um treco quando a Dul falou.


Poncho: e eu que tinha acabado de acordar!


Chris: pára de reclamar que o meu eu nem tava preparado. - a enfermeira se aproximou - Então, onde tá a minha mulher? - perguntou nervoso.


Enfermeira: quarto 406. Ela está dividindo com mais duas grávidas, caso queira um individual poderá solicitar na recepção, senhor.


Chris: claro que... - interrompido por Poncho.


Poncho: e a minha mulher? Ela também está grávida? - perguntou encarando-a.


Enfermeira: é uma das grávidas do 406. - virou-se pra Ucker - E creio que a outra seja a sua esposa. - ele sorriu aliviado - Vão querer quartos individuais?


Poncho: não obrigado, acho que se fizéssemos isso elas nos matariam mesmo em trabalho de parto. - riu para os amigos.


Enfermeira: certo, se quiserem entrar para acompanhar desde o início, fiquem a vontade. - deu as costas e seguiu pelo corredor.


Os três se entre olharam e correram para o quarto, ao chegar havia um enfermeiro ao lado da cama de cada uma delas.


Ucker: ei, ei, a gente tá aqui, não precisa ficar mais não. - cutucou o ombro do enfermeiro que cuidava de Dul.


Chris: é isso aí, eu seguro a mão dela. - empurrando o outro enfermeiro com o corpo.


Poncho: minha rainha não tá sozinha, eu vou ficar aqui. Pode ir. - o rosto duro, zangado para o enfermeiro.


As três se olharam segurando o riso, enquanto os enfermeiros saíam sem entender nada.


Dul: bonequinho, o que foi isso? - perguntou rindo.


Mai: é morzinho, eles só estavam checando nossa pressão. - rindo também.


Any riu: eu sei o que é. - acariciou a mão de Poncho - Eu só ía contar depois do parto, mas se a cada enfermeiro que entrar a gente for ver isso, vamos ter muito trabalho pra rir e sentir contrações ao mesmo tempo. - olhou pro marido - Aquela história da professora era uma pequena mentirinha pra dar uma forcinha pros maridos participarem dos partos. Geralmente quem fica com a grávida se o marido não quiser é uma enfermeirA! - deu ênfase no a.


Poncho: então a gente acabou de pagar um mico? - ela assentiu rindo levando as amigas as gargalhadas - Ah! Nem ligo, ele tava muito perto de você e isso me irrita de qualquer forma. - deu de ombros.


Ucker e Chris apenas concordavam, bastante envergonhados.


Mas não tiveram muito tempo pra rir e brincar. Logo as contrações das três voltaram, eles procuraram fazer exatamente o que aprenderam e parecia ajudar muito apesar da dor continuar.


Não demorou para os três obstetras chegarem e se certificarem que a dilatação já estava boa o suficiente para o parto normal, até mesmo em Mai.


Foi uma cena linda de se ver, os três maridos, posicionados ao lado de suas esposas, acariciando, segurando a mão e dizendo palavras que inspiravam força e segurança até surgirem o primeiro, o segundo e o terceiro chorinho ecoando pelo quarto.


A ordem seguiu a natural, Julia foi a primeira a dizer oi ao mundo, seguida por Gabriel e em sequência Eduardo.


Os papais e mamães choravam, eles babões seguindo com os olhos cada passo que as enfermeiras com seus filhos davam, elas exaustas caíram sobre a cama praticamente desmaiadas. Ao notar o olhar assustado deles o obstetra informou que era normal, pois estavam muito cansadas.


Bom pessoal, a historia está entrando em reta final...vou postar a Segunda temporada assim que finalizar essa.
Obrigada por acompanharem, comentar e favoritar. Até o próximo post!

Sempre Sua - Anahi e Alfonso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora